quinta-feira, 29 de setembro de 2011

BERÇO DA FORMAÇÃO

O berço da formação permite que pessoas se transformem
com uma diferença que muitas vezes passa despercebida pelos que a analisam, causando surpresa que algumas se sobressaiam de maneira significativa enquanto outras permanecem num outro patamar.
Pessoas que nascem protegidas por famílias de posses, ricas ou de classe média não conseguem competir com outras nascidas na pobreza que, pelas dificuldades enfrentadas, de repente, como um pinheiro que nasce no pé de árvores já adultas, as ultrapasse e surja altaneiro produzindo frutos.
É natural que tenhamos pessoas nascidas em "berço de ouro" que se sobressaiam mais no conjunto, mas não significa que em algum momento não surjam descendentes nascidos "debaixo de um máu tempo" que cheguem com uma fôrça difícil de compreender.
Veja-se o caso de Leonel de Moura Brizola, Sarney, Collor, Fernando Henrique Cardoso, José Alencar, Lula, Dilma, partidos políticos, imprensa brasileira.
"Quem nasce aos seus não degenera".
Quando se vê a trajetória de Brizola, muitas pessoas não entendem a paixão pela educação que sempre norteou as administrações na luta politica, como deputado e governador.
Brizola nasceu no pequeno distrito de Cruzinha, no município de Carazinho, Rio Grande do Sul, em um pequeno sítio de família pobre. Dona Oniva, mãe de Brizola, apesar da pouca instrução, desejando dar ao filho uma oportunidade maior na vida, entendia que só com educação o filho poderia alcançar um patamar mais elevado do que em que viviam.
Permitiu que Brizola fosse morar na casa de um pastor metodista em Carazinho, e pela demonstração de uma inteligência diferenciada, líderes comunitários do município resolveram mandá-lo para estudar em Pôrto Alegre, pagando-lhe uma passagem de trem, o transporte mais adequado na época.
Brizola cresceu lutando em situação de dificuldade, se sobressaindo através do estudo, da luta dos tempos de escola, dos embates políticos.
Não fugiu a sua origem humilde, priorizando a educação em seus governos porque entendeu que não seria o que foi se não tivesse estudado, sempre defendeu aos que mais precisavam.
Sarney e Collor foram remascentes dos anos da "ditadura das elites", o primeiro galgado à Presidência pelo falecimento de Tancredo Neves, criou o "Plano Cruzado" por estar passando por uma crise política grave, as lideranças do País estavam se organizando para eleger alguém que administrasse com competência.
Lembro que estiveram reunidos no Rio durante o carnaval, Covas, Brizola e outras personalidades politicas nacionais, e com o plano criado, equivocadamente, abandonaram o projeto e o PMDB se favoreceu, elegeu 23 governadores. Mas olhávamos o plano de Sarney com desconfiança, para nós estava muito bom, os preços congelados e o salário aumentava normalmente, mesmo assim, não entendendo muito bem porque, não acreditávamos e de repente, em um momento de reflexão, lembramos que o plano de um remanescente dos "anos de chumbo" não poderia dar certo, não tinham a visão para resolver, só para enganar, como realmente aconteceu.
A imagem de Collor foi desenhada para evitar que Brizola e Lula ganhassem a eleição, medo muito mais de Brizola do que de Lula, tanto é que quando a "grande mídia", Globo, Estadão, Fôlha de SP, revista Veja entendeu que a eleição de Collor estava garantida começaram a favorecer a candidatura de Lula para levá-lo para o 2º turno em detrimento de Brizola, o que aconteceu.
Mas Collor não tinha a confiança da elite brasileira, da grande mídia e trataram de derrubá-lo assim que encontraram motivos para tal, com a denúncia do irmão da corrupção junto com PC Farias.
Fernando Henrique Cardoso nasceu de classe média alta, formou-se na Sorbonne, dizia-se comunista, não acreditava em Deus, tinha um discurso de extrema esquerda mas ao assumir o governo retornou às suas origens administrou de acordo com os interesses do capitalismo, dos neo-liberais, aliando-se a partidos originários da Arena, PDS, o DEM, PPS, PTB.
Jose Alencar nasceu de família pobre, estudou só até o quinto primário e, mercê de uma força extraordinária, a mesma que demonstrou em sua luta por anos e anos contra o câncer, formou um dos maiores conglomerados empresariais do País, terminando por merecer o respeito de todos os brasileiros, e convidado por Lula aceitou a candidatura à vice-presidência, contribuindo para o sucesso do governo nas questões sociais.
A origem de Lula é paupérrima, conheceu a sêca e a miséria com que viviam seus conterrâneos, veio de "pau de arara" com sua família do nordeste para São Paulo.
A família travou uma batalha para conseguir sobreviver nos primeiros anos, Lula, trabalhando, conseguiu sobressair-se por sua inteligência e foi líder do movimento dos trabalhadores, sendo o encarregado das negociações com os grandes empresários conquistando o respeito deles.
Como José Alencar, teve pouca instrução, estudou um pouco mais, até o sétimo ano do elementar, mas as negociações com os patrões o fez ganhar uma experiência ímpar, que lhe proporcionou tornar-se no Presidente da República mais prestigiado no Brasil, 80% de avaliação positiva, e no exterior, onde recebeu vários títulos de "Doutor Honoris Causa", tem muitos já oferecidos no Brasil e libertou nosso País do FMI, as crises nos EUA quem pagava era o povo brasileiro através dos "gatilhos" que permitiam que os juros fosse elevados de acordo com os interesses americanos.
Se Lula não tivesse fortalecido o estado brasileiro como fez, o Brasil não teria conseguido entrar na por último e sair na frente na crise de 2008, auxiliando a economia com diminuição de impostos para estimular o comércio, solicitando às grandes emprêsas que não demitissem e colocando a Caixa Economica Federal e o Banco do Brasil com as portas abertas na oferta de financiamentos.
Lula não esqueceu de seus conterrâneos e do povo brasileiro que mais necessitava.
A origem da Presidente Dilma Roussef é de classe média, mas desde os tempos de estudante destacou-se por defender um País mais justo ao combater a "ditadura das elites", que não deixava falar, censurava a imprensa, quem falasse contra era considerado subversivo e sujeito a prisão, tortura e até a morte.
Seu pensamento de esquerda fez com que se filiasse ao PDT de Brizola e posteriormente se transferisse para o PT, sob o qual elegeu-se Presidente da República, tendo demonstrado que não vai tolerar corrupção, aquele que for denunciado terá que se explicar, provando ser inocente ou cái.
O que escrevemos aqui ratifica "QUEM SAI AOS SEUS NÃO DEGENERA".

terça-feira, 27 de setembro de 2011

A HISTORIA SE REPETINDO...

A invisibilidade dos “indignados”

26/9/2011 17:10,  Por Gilson Caroni Filho - do Rio de Janeiro
  PIG - Partido da Imprensa Golpista
O jogo é repleto de velhos subterfúgios. A grande imprensa, na tentativa de desconstruir o legado do governo Lula, organiza o movimento, mas não pode revelar o sujeito do enunciado. As últimas manifestações contra a corrupção, urdidas nas oficinas do Instituto Millenium, não evidenciam apenas o vazio de uma oposição sem projeto. Vão além. Seus verdadeiros objetivos são por demais ambiciosos para serem expostos à luz do dia. Na verdade, o que se tem em mente é o combate às políticas de redistribuição de renda e os diversos programas de inclusão social levados a cabo nos últimos nove anos de governo petista.
Para tanto, as redações interagem com os “indignados” das redes sociais, apresentados como  protagonistas de uma nova esfera pública singular. Sem organicidade, enraizamento e ojeriza a qualquer coisa que coisa que remeta a práticas políticas transformadoras, os “movimentos espontâneos” são a imagem espelhada de tantos setores que endossam a verdadeira corrupção a ser combatida: aquela que promove a concentração de renda, de terras e a exclusão social, além de assegurar os privilégios das corporações midiáticas.

Mais uma vez, é preciso voltar no tempo para apreender a dinâmica do ocultamento das taxonomias, pressuposto básico para a eficácia do poder simbólico, da capacidade, cada vez mais limitada, de formatar antigas agendas.
Terça-feira, 20 de março de 2007. Mais uma vez, “empenhado” em repor a verdade factual de episódio recente da política brasileira, Ali Kamel, diretor-executivo de jornalismo da TV Globo, voltava à página de “Opinião” do jornal da família Marinho. Desta vez escreveu um artigo que tinha por título “Collor”. Como de hábito, uma redação formalmente correta, escorreita e elegante. Como sempre, uma petição de meias verdades. Algo como um Legacy com problemas no mapa aeronáutico e no painel do tranponder. Se a história tomasse a forma de um Boeing, uma colisão inevitável teria que desaparecer do noticiário do Jornal Nacional.
Dizendo-se chocado com a “reação do Senado ao discurso de estréia de Fernando Collor” na quinta-feira (15/3), o jornalista abria o artigo manifestando indignação com a forma como o ex-presidente classificou seu impeachment: “Uma litania de abusos e preconceitos, uma sucessão de ultrajes e acúmulo de violações das mais comezinhas normas legais”.
Para Kamel, a passividade dos senadores deu margem a uma perigosa releitura da história. Segundo ele, o que Collor queria caracterizar como momento de arbítrio, foi, na verdade, “um exemplo pleno do funcionamento de nossa democracia”. Até aqui não havia o que objetar ao texto do segundo cargo de maior importância na hierarquia da Central Globo de Jornalismo. Os problemas começavam quando, após relato detalhado do funcionamento da CPI e do julgamento de Collor pelo STF, Kamel explicitava o que o levou a escrever o artigo: “A preocupação com os jovens, que não conhecem essa história”. Se a motivação fosse sincera, deveria, então, contar o processo histórico inteiro, não se atendo apenas a seus momentos finais.

Teria que recordar que o ex-presidente foi uma aposta de Roberto Marinho para dar início à desconstrução do Estado, conforme solicitava o receituário neoliberal. O criador do maior conglomerado de mídia e entretenimento do Brasil não hesitou em jogar sujo para assegurar a vitória do “caçador de marajás” em 1989.
A apresentação do debate de Fernando Collor e Luiz Inácio Lula da Silva, às vésperas do segundo turno da eleição presidencial de 1989, é um exemplo dos métodos empregados por Roberto Marinho quando resolvia intervir na política. Em matéria para o Estado de S.Paulo (8/8/2003), José Maria Mayrink revela que…
“…Roberto Marinho não gostou da edição que a Rede Globo fez no noticiário da tarde e determinou que o diretor de jornalismo, Alberico Souza Cruz, reeditasse o material. Seu argumento era que estava parecendo que Lula ganhara o debate quando, de fato, o vencedor havia sido Collor. O episódio provocou uma crise interna na emissora e levou o candidato do PT a dizer que perdeu a eleição por causa da TV Globo“.
Em sua dissertação de mestrado, “Marajás e Caras-Pintadas: a memória do governo Collor nas páginas de O Globo“, o professor e jornalista Luis Felipe Oliveira mostra como a mídia construiu representações identitárias que marcaram o período Collor, da ascensão ao impeachment. Da necessidade de apresentar, acatando a agenda do neoliberalismo ascendente, o serviço público como algo oneroso, inoperante e injusto, nasceu a funcionalidade do “marajá”. Um construto tão eficaz quanto simplificadora.
Para os fins deste artigo, é interessante reproduzir como a Globo afirma suas representações negando o princípio do contraditório. Segundo Luis Felipe…
“…no esforço de representar o marajá, foi preciso evitar que as pessoas identificadas como tal pudessem apresentar ao leitor a sua versão. Nas poucas oportunidades em que permitiu aos acusados o direito de se manifestar, O Globo selecionou e redigiu de tal forma as informações que elas acabavam por corroborar as denúncias das quais os servidores estariam se defendendo. Recursos como este não foram usados apenas com os supostos marajás. Os governadores que não aderiram à caça também eram apresentados nas matérias de O Globo de tal maneira que suas intervenções não faziam efeito”.
O protagonismo da Globo na consolidação da imagem de Collor junto a parcela expressiva do eleitorado foi inegável. Marinho nunca ocultou que escondeu suas cartas. Foi enfático quando declarou à imprensa que “até as acusações, o Collor era para mim motivo de orgulho” (Estado de S.Paulo, 12/9/1992).
Deixemos claro que entre a Globo e Collor não houve relação de causalidade. Um precisava do outro para atingir seus fins. Era um típico caso de afinidade eletiva, formatado do princípio ao fim.
Convém lembrar que as Organizações Globo só abriram espaços para as manifestações públicas quando a sustentabilidade de Collor se tornou inviável. Em momento algum houve inflexão ética. Imolaram um personagem para manter intacto o projeto. Na mobilização pelo impeachment, a conhecida antecipação histórica de Roberto Marinho se fez presente. Os caras-pintadas eram o retorno do movimento estudantil como farsa. A ação política teatralizada neutralizava qualquer possibilidade contra-hegemônica. O espetáculo sobrepujava as contradições históricas. A TV Globo aparecia como vanguarda de um processo que, inicialmente, buscou esvaziar.
Já era possível antever, em meados de 1992, que o saldo final do movimento seria favorável às forças conservadoras. O clamor pela ética, quando acompanhado de vazio político, sempre produz um vaudeville burguês. A edição doJornal Nacional de 2/10/1992, dia do impeachment, foi o modelo acabado da informação espetacularizada. Mostrou multidões concentradas em diversas capitais e terminou ao som de Alegria, Alegria, de Caetano Veloso.
Ainda que reposta parcialmente, a história da Globo e seu candidato talvez explique melhor porque, segundo Kamel, “este é um país em que o decoro pode ser quebrado sem infringir o Código Penal”. Sem meias verdades, encontraremos as digitais do império de Roberto Marinho no que há de mais indecoroso no Brasil. Quem sabe, até o próprio DNA do monopólio informativo.
E que nenhum leitor pense que, passados 18 anos, a Globo atualizou seus métodos. Continua fiel seguidora da velha sentença de Nélson Rodrigues: “Se as versões contrariam os fatos, pior para os fatos.”  Nos critérios de noticiabilidade da emissora não há lugar para fiascos.
Pior para os gatos-pingados que, no vazio de suas palavras de ordem, perdidos no centro do Rio de Janeiro, ficaram no limbo das editorias que tanto apostaram no êxito das articulações. Os caras-pintadas de 20 de setembro de 2011 conheceram a invisibilidade do próprio fracasso.Foi patético, mas de um didatismo exemplar.
Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista de Carta Maior e colaborador do Correio do Brasil e do Jornal do Brasil.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

GOVERNO LULA É REFERÊNCIA

DO BLOG DE LUIZ CARLOS AZENHA
25 de setembro de 2011 às 12:14

Valor: Lula mais popular depois de deixar o governo

Maioria prefere que Lula concorra à Presidência

Por Cristian Klein

De São Paulo, no Valor Econômico, sugestão do MVM
A maioria da população brasileira (57%) gostaria que a presidente Dilma Rousseff desistisse de tentar uma reeleição para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se candidatasse em seu lugar. Apenas 29% preferem que Dilma busque um novo mandato em 2014. Esse é um dos principais resultados de pesquisa do Instituto Análise, que entrevistou 2 mil pessoas entre os dias 5 e 11 deste mês, em cem municípios de todas as regiões do país.
A pesquisa mostra como, depois de oito meses de governo Dilma, a boa lembrança de Lula e sua administração predomina a avaliação do eleitorado e pode influenciar o tabuleiro político e eleitoral.
Para o cientista político Alberto Almeida, coordenador do instituto, um dos dados que chamam mais atenção é a permanência da popularidade de Lula – o que o torna um fator de extremo desequilíbrio no jogo presidencial.
No auge de sua popularidade, Lula alcançou 80% de aprovação (ótimo + bom), quando a campanha de Dilma Rousseff divulgava os feitos de seu governo. Agora, depois de cair um pouco pela falta de exposição na mídia, a aprovação do ex-presidente, de acordo com a pesquisa, chegaria a 82%.
“Isso significa não apenas um reconhecimento de bom desempenho, mas também que parte importante do eleitorado está com ’saudades de Lula’”, afirma Alberto Almeida.
A aprovação ao governo Dilma Rousseff é exatamente a metade da de seu antecessor: 41% de respostas “ótimo” e “bom”. A desaprovação é ainda mais contrastante: enquanto apenas 3% dos entrevistados consideram que o governo Lula foi ruim ou péssimo, 16% avaliam a administração Dilma como tal. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais.
Outro fator que reforçaria a imagem e o peso de Lula é a transformação de seu governo numa espécie de referência à qual a população toma como medida. Ao serem questionados por que avaliam a administração Dilma Rousseff boa ou ótima, a principal justificativa (25%) dos entrevistados é que a presidente “está dando continuidade ao que o Lula fez”. A manutenção do Bolsa-Família é a segunda razão e apareceu em 14% das respostas.
O modelo desenvolvimentista, marca do segundo mandato Lula, também ressurge como uma preferência do eleitorado. Em três questões, os entrevistados se mostraram mais tolerantes, em relação a pesquisa feita no ano passado, com um leve aumento da inflação desde que isso gere mais empregos (62% a 46%), com o risco de crescimento da inflação, se isso acelerar a geração de empregos (56% a 45%) ou se implicar mais gastos na solução dos problemas sociais (45% a 32%). Os resultados deste ano são semelhantes aos de 2009.
A pesquisa também traça cenários eleitorais para a disputa presidencial de 2014 nas quais Lula aparece na liderança absoluta, seja com que candidato for.
Enquanto Dilma, numa simulação de segundo turno, venceria o senador Aécio Neves (PSDB-MG) por 57% a 18% (diferença de 39 pontos percentuais), Lula elevaria essa vantagem para 65 pontos percentuais: 76% a 11%.
Numa hipotética disputa entre Lula e Dilma, criador venceria criatura por 65% a 18%.
Almeida afirma que pesquisas com comparações como estas serão cada vez mais comuns e, caso os resultados se mantenham, farão com que cresçam as pressões para que Lula volte a disputar a Presidência da República, mesmo que Dilma Rousseff esteja bem avaliada pela opinião pública.
“O importante para o cálculo dos políticos é a expectativa de poder. A candidatura Lula significa minimizar os riscos”, diz.
Para Almeida, a pressão virá de governadores, deputados federais e estaduais, que preferirão ter Lula como seu puxador de votos do que a presidente Dilma.
Por outro lado, diz o cientista político, a enorme popularidade de Lula, que põe o PT em situação confortável para 2014, permite a ela mais margem de manobra no governo, seja para arriscar mais, ou pelo, contrário, para adotar um estilo mais conservador.

NEGOCIATA : MERVAL PEREIRA

Merval Pereira e a “negociata” da ABL

DO CORREIO DO BRASIL
25/9/2011 9:24,  Por Altamiro Borges - de São Paulo
Em mais um triste momento da sua história, a Academia Brasileira de Letras (ABL) elegeu o “calunista” da TV Globo, Merval Pereira, como o novo titular da cadeira 31, desocupada com a morte do escritor Moacyr Scliar. A deprimente escolha confirma o servilismo da chamada “elite da literatura” brasileira à ditadura midiática.
Entre o escritor Antônio Torres, autor reconhecido no mundo inteiro por sua vasta obra literária – em 1999, o governo francês concedeu a ele o título de “Cavaleiro das Artes e das Letras” – e o jornalista global, os “imortais” da ABL preferiram premiar o segundo. Merval publicou dois livros: um em 1979, feito a quatro mãos, e outro do ano passado, que reúne artigos publicados no jornal O Globo – a maioria de oposição raivosa e golpista ao governo Lula.
“Uma cloaca de fazenda”
Como aponta Luis Nassif, a escolha de Merval Pereira evidencia a pequenez da “elite” literária do país. “A ABL, a casa de Machado de Assis, que deveria ser a guardiã implacável dos valores da literatura, a defensora intransigente da meritocracia, a defensora dos escritores, o selo de qualidade, o passaporte final para a posteridade, é uma casa menor, em alguns momentos parecendo mais uma cloaca de fazenda do que um lugar de luzes e de letras”.
Na prática, os “imortais” fizeram uma negociata com a “cadeira” da ABL num escambo dos mais vergonhosos. Afinal, como diz Luis Nassif, “Merval tem a visibilidade e o poder proporcionados pela Rede Globo. Tem moeda de troca – o espaço na TV Globo, podendo abastecer o ego dos seus pares e as demandas da ABL. Poderia até ganhar prêmios jornalísticos, jamais a maior condecoração da literatura brasileira”.“Calunista” do mercado e da direita.
Como lembra Mário Augusto Jakobskind, esta não é a primeira vez que a ABL serve aos poderosos. Em pleno regime militar, ela elegeu como “imortal” o general Aurélio Lira Tavares, ministro do Exército da ditadura. Agora, ela escolhe Merval Pereira, um dos colunistas preferidos do “deus-mercado”, inimigo golpista do ex-presidente Lula e amiguinho dos “milicos de pijama” e da direita nativa. Na campanha eleitoral do ano passado, o “calunista” global virou estrela no Clube Militar e nos debates do Instituto Millenium. Agora, passará a freqüentar as festanças dos “imortais”, destilando o seu veneno elitista contra tudo o que há de progressista na sociedade. A Academia Brasileira de Letras se apequenou ainda mais com este lamentável escolha!
Altamiro Borges é jornalista.

sábado, 24 de setembro de 2011

VERGONHA, VERGONHA, VERGONHA...

BRASIL - O PAÍS DO FAZ DE CONTA...
 
É incrível o que vem acontecendo em nosso Brasil, a cada dia nos surpreendemos com mais e mais absurdos.
"Desleixo e falta de compromisso (eu diria "falta de respeito") com eleitores", dizem especialistas, esta é manchete em "O Globo" de hoje sobre a aprovação de 118 projetos na Câmara dos Deputados.
Há pouco tempo a imprensa noticiou e mostrou na TV os deputados assinando o ponto na Câmara e logo após embarcando no aeroporto para as suas cidades de origem, eles fazem que trabalham e o povo finge que acredita.
Na última quinta feira os senhores deputados aprovaram os projetos acima, com apenas dois deputados, com os demais 33 apenas comprovando a presença através de assinaturas.
Os 33 deputados, cuja lista esta no Globo de hoje, que assinaram presença cometeram um ato falho da máxima gravidade? Cometeram, mas os que não compareceram igualmente deveriam estar lá presentes, são pagos para isto com o dinheiro do povo, não são menos pecadores.
Diz o deputado que presidiu a sessão que o regimento permite que se aja assim, mas a ética foi, como tem sido em outras circunstâncias, JOGADA NO LIXO.
O problema do Brasil esta vinculado muito mais ao Congresso Nacional do que no Executivo, pois o executivo se troca com até uma certa facilidade, mas a Câmara e o Senado Federal permanecem os mesmos, gozando com a cara dos brasileiros, passa eleição e mais eleição e só se trocam alguns mas a atitude é a mesma.
Já disseram alguns anos atrás que o Congresso tinha "300 picaretas", será que é só isto?
É preciso que a imprensa coloque repórteres na Câmara e no Senado e façam uma verificação constante, denunciando os que não trabalham pelo menos 3 dias por semana, terça, quarta e quinta, que já é lugar comum mesmo não estando correto, se um trabalhador tem que trabalhar 5 ou 6 dias por semana porque o deputado e o senador não precisam?
Os movimentos contra a corrupção devem ser convocados para promover uma luta contra atos como este e neste aspecto a grande imprensa se faz necessária.
 
A GRANDE MÍDIA, O PIG...
 
Se faz muitas críticas contra a grande imprensa, e ela se faz de desentendida quando se defende do Governo, que estaria tentando criar leis para imedi-la de agir.
O que a opinião publica deseja é que as Organizações Globo, RBS, Estadão, Folha de São Paulo, Veja e outras não façam é política partidária, a exemplo da página de "Opinião do leitor" do Globo, que pinça nas opiniões só o que esta de acordo com o pensamento da direção do jornal mas deve continuar levantando os casos de corrupção, como o fez com Palocci, Ministério dos Transportes e do Turismo, permitindo que a Presidente Dilma tomasse a iniciativa de cobrar de seus comandados, esperando uma explicação e, não vindo, fossem afastados.
 
TRANSPORTE COLETIVO NO RIO DE JANEIRO
 
Já fomos tomar um ônibus coletivo no Terminal de Passageiros na Alvorada, na Barra da Tijuca e jamais encontramos um com o elevador funcionando para permitir o acesso de uma pessoa com cadeira de rodas, tivemos que ser carregados pelos funcionários das emprêsas, diga-se de passagem, com muito boa vontade.
Agora, se vê ônibus e mais ônibus no Rio de Janeiro circulando com os emblemas característicos do portador de necessidades especiais que se locomove em cadeira de rodas, só que na realidade isto significa "ônibus que tem lugares para pessoas deficientes, desde que possa embarcar".
Pela lei já deveriam estar circulando um número mínimo de ônibus para atender a demanda das Pessoas com Necessidades Especiais, com as renovações de frota com as adaptações pertinentes, MAS ONDE ESTA A  FISCALIZAÇÃO DA PREFEITURA? ONDE ESTÃO OS POLÍTICOS QUE DEVERIAM DEFENDER TODOS OS CIDADÃOS?
É importante que todos nós, os sem mídia, nos mobilizemos e denunciemos tudo aquilo com o que não concordamos, precisamos votar certo.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A IMPRENSA FACCIOSA, FALSA...

 
Do blog de Luiz Carlos Azenha
 
 
19 de setembro de 2011 às 16:35

Humberto Costa: Meios de comunicação não querem que a verdade sobre a mídia seja debatida

por Conceição Lemes
Na semana passada, três fatos  tinham tudo para ser notícia na mídia. Porém, foram praticamente ignorados.
Roberto Jefferson nega ao STF a existência do mensalão
“Empresário” pede desculpas ao PT por mentiras no Jornal Nacional
Repórter da Veja realmente tentou violar o quarto de José Dirceu em hotel
Hoje, mais cedo entrevistei o senador Humberto Costa (PT-PE) sobre esses fatos.
Viomundo –  O ex-deputado Roberto Jefferson, presidente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), afirmou em sua defesa ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não houve o mensalão, denunciado, em 2005,  por ele à Folha de S. Paulo e que o restante da mídia corporativa embarcou.  Foi só “pura retórica”, “modo de dizer”. O que o senhor dessa posição agora?
Humberto Costa — Na verdade, é uma estratégia da defesa do ex-deputado.  Naquele momento, muito marcado pela raiva que estava destilando contra o PT, contra o presidente Lula, ele apresentou aquela versão dos fatos, acabou produzindo muitos desgastes, inclusive a criação de uma CPI, que quase leva à derrubada do governo Lula.
Agora, depois de seis anos, retira o que disse. Tudo isso, repito, como uma estratégia de defesa, mesmo porque ele precisaria provar à Justiça a defesa do que ele havia formulado.
Então, perde força a própria denúncia. E perde força ele como pessoa dotada de credibilidade, para se manifestar em relação a temas semelhantes.

Viomundo — Rubnei Quicoli pediu desculpas ao PT nos processos que a direção nacional move contra ele em Brasília. Quicoli é aquele “empresário”, todo vestido de preto que, durante a campanha eleitoral de 2010, apareceu no Jornal Nacional fazendo graves denúncias à então candidata Dilma Rousseff e ao PT. Na época, apesar da razoável ficha corrida – já havia sido preso por receptação de carga roubada, entre outros crimes –, foi levado às instalações da TV Globo, onde gravou seu “depoimento”. Qual a sua opinião sobre esse “pedido de desculpas”?
Humberto Costa – Do ponto de vista de comunicação esse caso é ainda mais grave, pois uma emissora de TV deu ares de credibilidade a alguém que reconhecidamente não tinha credibilidade.
Houve manipulação, uma utilização desse cidadão, que, sem ter provas, acusou o PT. Isso gerou prejuízo eleitoral na campanha da presidenta Dilma.
Eu defendo que o simples pedido de desculpas não deva encerrar esse processo, porque  os prejuízos, os danos à imagem do partido, à própria candidatura e à própria presidenta foram flagrantes. Esse processo tem de continuar.
Viomundo – O terceiro fato que foi notícia, mas a mídia ignorou foi a conclusão da Polícia Civil do Distrito Federal  sobre a tentativa de invasão do quarto de José Dirceu. O delegado confirmou que o jornalista Gustavo Ribeiro, da revista Veja, realmente tentou violar o apartamento José Dirceu, no Hotel Naoum, em Brasília, no dia 24 de agosto.  O que o senhor tem a dizer sobre esse caso?

Humberto Costa – Para mim, é um episódio também da maior gravidade. Quem quer que tenha sido espionado dessa forma, que tenha tido a sua privacidade invadida, sofreu um prejuízo expressivo. As próprias pessoas que ali estiveram — não cabe a ninguém fazer qualquer tipo de prejulgamento — também tiveram a suas imagens associadas a algum tipo de delito, que não aconteceu. Na verdade, o delito ali foi praticado pelo jornalista e pela revista.
Essa conclusão que, de fato, houve essa tentativa de invasão, denota uma atividade ilegal.  Isso macula muito a credibilidade de revista e coloca em debate a necessidade de a sociedade ter instrumentos para se defender em situações como essa, assim como das duas anteriores.
Viomundo – Senador, quem vai pagar a conta pelos prejuízos que o PT alega ter sofrido?
Humberto Costa — Esse é um dos grandes problemas que nós temos em relação às leis brasileiras, especialmente as leis que dizem respeito ao funcionamento das empresas de comunicação.
Na verdade, quando se fala em democratização dos meios de comunicação muita gente quer passar a leitura de que se está falando em cerceamento da liberdade de imprensa, tentativa de intromissão no conteúdo das matérias jornalísticas. Quando, na verdade, não é nada disso.
Uma das razões pelas quais estamos propondo a democratização dos meios de comunicação é para que, em situações como essas, as pessoas e instituições que tenham sido caluniadas, que tenham sido vítimas de mentira, possam ter um espaço semelhante na mídia  àquele que tiveram os seus detratores, os seus acusadores.
No caso do mensalão, o prejuízo que tivemos não pode ser reparado totalmente. No entanto, nós vamos tentar dar divulgação à posição do ex-deputado. O próprio Supremo Tribunal Federal receberá e analisará essa defesa.Tenho certeza que a sociedade saberá entender o que, de fato, aconteceu.
Viomundo – E no caso da Globo que deu a palavra a uma pessoa sem a menor credibilidade, como fica?
Humberto Costa – O que acontece com uma instituição de comunicação que, sem o devido cuidado, leva aos seus estúdios dando áreas de credibilidade uma pessoa, sem provas e que se disponha a fazer acusações?
Sem dúvida, isso não dá mais para ser reparado . Por isso  acho que os processos movidos contra o tal ‘empresário’ devam ser mantidos. Fica claro  também que é preciso aperfeiçoar a legislação que trata dos órgãos de comunicação no Brasil.
Viomundo – Nos três episódios, a mídia esteve envolvida. Como levar essa discussão para sociedade, já que mídia diz que a regulação dos meios de comunicação seria uma forma de cercear a liberdade de imprensa?
Humberto Costa – Teremos de fazer todos os esclarecimentos à sociedade. Mas já sabemos que será uma tarefa difícil. Há uma tentativa clara de impedir qualquer discussão sobre a democratização dos meios de comunicação, tachando esse debate como cerceamento à liberdade de imprensa, quando na verdade não é.
Nós temos de discutir o que fazer em situações como essas apontadas por você, quando há calúnia ou quando uma notícia mal investigada se transforma em uma denúncia, acarretando prejuízos os mais diversos.
Nós temos de discutir como fica o direito de resposta. A indenização a pessoas e instituições que tenham sido vítimas desse tipo de atividade ilegal e criminosa, como no caso da tentativa de invasão ao quarto de José Dirceu, não deve ser simbólica; a indenização deve ser expressiva.
Outra coisa que faz parte dessa discussão é questionar se é justo, correto, que uma única empresa detenha a propriedade de rádio, televisão, jornais, redes sociais. Também se isso não  representa uma concentração negativa em relação à democracia dos meios de comunicação.
É importante discutir também se é justo que políticos tenham direito a ter rádios e televisões. Eu acho que eles não deveriam ter, a legislação deveria coibir isso.
São essas questões que tem de ser discutidas e não nenhum tipo de proibição à expressão do pensamento, das ideias de quem quer que seja.
E isso não é fácil. A forma de se fazer esta discussão é por meio dos meios de comunicação e eles se fecham inteiramente à possibilidade de a verdade ser colocada  nesse debate.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

CAUSA INDIGNAÇÃO O SILÊNCIO DO PIG

 
Temos dito em nossas matérias que Roberto "corrupto" Jefferson apelidou o Caixa 2 do PT de "mensalão" para criar impacto, se dissesse que era caixa 2  diriam "todos os partidos fazem".
Assim como não foi mensalão o de Eduardo Azeredo (PSDB) de Minas Gerais, onde Marcos Valério especializou-se no assunto, não foi também mensalão o de Arruda (DEM) em Brasília, não foi mensalão o do PT em 2005.
Mas é impressionante a "grande mídia", após ficar 6 anos condenando o mensalão quase todos os dias, no momento em que Roberto Jefferson diz que não existiu "que era uma figura de retórica", ninguém fala nada.
Onde está Noblat que não cita o fato em seu blog? Merval Pereira que não comenta nada em sua coluna? Onde estão as organizações Globo, Veja, Estadão e Folha de São Paulo que calaram?
E querem ainda dizer que refletem a opinião pública?
Erraram quando respaldaram a denúncia de Roberto Jefferson, sem provas, e erram agora quando ficam com os "rabos entre as pernas" e não noticiam a retirada da acusação pelo presidente do PTB.
Com um "olhar de paisagem" fazem que o assunto não é com eles.
Quem esta noticiando a reviravolta no caso são os blogs independentes, que não são pagos por ninguém, não são funcionários das empresas jornalisticas, é a internet livre.
Isto é uma vergonha.
É preciso que não só em assuntos como este, mas em todos os casos em que estão tentando formar a opinão publica com mentiras, nós, os "sem mídia", coloquemos a "boca no trombone", produzindo e repassando matérias para recolocar a verdade no ar.

INTERNET ASSUSTA OS PODEROSOS

15 de setembro de 2011 às 11:37
Laurindo Lalo Leal: Internet assusta os poderosos
À medida em que um número maior de pessoas vai tendo acesso à internet, fica cada vez mais difícil para os meios tradicionais de comunicação realizar desvios na produção de notícias. Estão sendo levantados os véus de interesses que recobrem o noticiário divulgado por grandes meios de comunicação, não só no Brasil mas em várias outras partes do mundo.
por Laurindo Lalo Leal Filho, em Revista do Brasil, via Carta Maior

Numa noite de sábado o Jornal Nacional surpreendeu os telespectadores. Depois de um intervalo comercial, os apresentadores titulares do programa (que geralmente não trabalham aos sábados) passaram a ler o princípios editoriais das Organizações Globo. Muita gente ficou intrigada. Porque aquilo naquela hora? Não havia mais nenhuma notícia importante no mundo a ser dada? E porque só agora, depois de 86 anos de existência, a empresa resolveu divulgar na TV suas normas de trabalho?
Milhões de telespectadores em todo o Brasil ficaram sem respostas. Só quem tem acesso à internet soube do que se tratava. A explicação para o inusitado texto lido no Jornal Nacional estava no blogue “O Escrevinhador”, de Rodrigo Vianna. Nele eram reproduzidas informações de um jornalista da Globo sobre como a emissora pretendia cobrir a indicação do embaixador Celso Amorim para o Ministério da Defesa.
Durante os oito anos do governo Lula em que esteve à frente do Ministério das Relações Exteriores, Amorim sempre foi visto com desagrado pelas Organizações Globo. A empresa não engolia as posições do ministro em defesa da soberania nacional, principalmente quando elas não coincidiam com os interesses dos Estados Unidos.
A volta de Amorim ao primeiro escalão do governo foi uma afronta para a Globo. Segundo o jornalista mencionado no blogue a orientação da empresa era clara: “os pauteiros devem buscar entrevistados para o Jornal Nacional, Jornal da Globo e Bom dia Brasil que comprovem a tese de que a escolha de Celso Amorim vai gerar ‘turbulência’ no meio militar. Os repórteres já recebem a pauta assim, direcionada: o texto final das reportagens deve seguir essa linha. Não há escolha”.
Pena que só internautas atentos ficaram sabendo disso. Jornais e revistas não repercutiram o assunto e muita gente acabou achando que, finalmente, a Globo havia tomado a iniciativa magnânima de expor à sociedade seus princípios editoriais partindo de vontade própria.
Mas mesmo atingindo um público relativamente muito menor do que o da televisão, a internet prestou um bom serviço à sociedade. Inibiu um pouco a ação nefasta armada contra o novo ministro e mostrou que a poderosa organização não consegue mais fingir que denúncias e criticas não a atingem. A Globo sentiu o golpe e tentou responder recorrendo a princípios por ela violados várias vezes ao longo de sua história.
Esperava-se uma mudança de conduta a partir daquele momento. Não foi o que ocorreu. Na mesma edição a apresentadora do Jornal Nacional disse o seguinte: “está foragida a merendeira que pôs veneno de rato na comida de crianças e professores numa escola pública de Porto Alegre”, mostrando uma foto da moça de 23 anos.
Poderia até ser verdade, mas o Jornal Nacional baseava-se apenas numa versão da policia, negada pela acusada. Seu advogado havia divulgado a palavra dela, através da Rádio Guaíba, oito horas antes do JN ir ao ar. Mas para não perder uma notícia espetacular – envenenamento de crianças – nada disso foi levado em conta. Nem os tais princípios editoriais.
Se não fosse outra vez a internet, fatos como esse não estariam sendo contados aqui em detalhes. Foi o blogue do Mello que registrou a violação dos princípios editorais da Globo, na mesma edição em que eles foram divulgados, acompanhados da gravação do desmentido da merendeira feito através do rádio.
Dessa forma vão sendo levantados os véus de interesses que recobrem o noticiário divulgado por grandes meios de comunicação, não só no Brasil mas em várias outras partes do mundo. Parece ser um caminho sem volta.
À medida em que um número maior de pessoas vai tendo acesso à internet, fica cada vez mais difícil para os meios tradicionais de comunicação realizar desvios desse tipo.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

BRASIL, RÚSSIA, ÍNDIA E CHINA VÃO DISCUTIR CRISE MUNDIAL

JAMAIS PENSEI VER ISSO UM DIA! MAS GRAÇAS AOS GOVERNOS LULA E DILMA ESTOU VENDO!..  A EUROPA PEDINDO ESMOLAS PARA O BRASIL!
 
MAS É CLARO QUE A MIDIA (PIG) MARRON VAI ACHAR UM MODO DE INVERTER TUDO E DIZER QUE ISSO É ERRADO...

Brics vão discutir ajuda à União Europeia, diz Mantega


Nesta semana, fundo chinês informou que pode comprar títulos italianos.
Modelo poderia ser usado por Brics para ajudar UE, especulam analistas.


Os países que integram o chamado “Brics”, que são o Brasil, a Rússia, a Índia, a China e a África do Sul, vão se reunir na próxima semana em Washington (Estados Unidos) e discutir como fazer para ajudar a União Europeia, informou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta terça-feira (13). Na próxima semana, acontece na capital norte-americana a reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI).


Em um momento no qual a Itália é pressionada pelos mercados financeiros, saiu a confirmação de que o ministro italiano das Finanças, Giulio Tremonti, se reuniu na semana passada com o presidente do fundo soberano chinês CIC.

De acordo com o jornal Financial Times, as conversas abordaram a compra pela China de títulos da Itália, país que enfrenta uma crise de confiança dos mercados. Além da Itália, outros países da União Europeia, como a Espanha, a Grécia, também enfrentam problemas para pagar suas contas.
A compra de títulos de países da União Europeia, segundo analistas, poderia ser um modelo adotado pelos países integrantes do Bric para tentar ajudar a Zona do Euro. Para isso, os governos dos países emergentes poderiam lançar mão de suas reservas internacionais. Somente o Brasil, por exemplo, possui mais de US$ 350 bilhões em reservas cambiais – a maior parte aplicada em títulos do tesouro dos Estados Unidos, considerados de baixo risco.

"Surpreendente! As reviravoltas econômicas Lula/Dilma, nos surpreendem a cada instante… É estrangeiro batendo às nossas portas para pedir emprego… Agora o primeiro mundo que, historicamente, nos colonizou, escravizou, desprezou, ajoelha-se diante de nossa força… E todos integrantes do BRICS, considerados capacho das ditas grandes potências de outrora, com ética e condescendência que nunca tivemos, por parte deles, nos nossos tempos de vacas magras , correm para salvá-los, e ensinar-lhes que ninguém ganha num mundo em crise…"

ISTO NÃO SAI NA GLOBO

Empresa de parentes do governador Alckmin (PSDB) é acusada de fraudar prefeitura


Uma empresa de familiares de Lu Alckmin, mulher do governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), é investigada sob suspeita de ter se beneficiado de uma fraude de R$ 4 milhões contra a Prefeitura de São Paulo.O rombo do esquema de fraude no pagamento de outorga onerosa já totaliza R$ 41 milhões até agora.

Segundo a prefeitura, a Wall Street Empreendimentos e Participações Ltda. falsificou documentos para pagar um valor menor de outorga onerosa, uma taxa cobrada para autorizar a construção de prédios altos do edifício Royal Street, na av. Brigadeiro Faria Lima, área nobre da zona oeste paulistana.O licenciamento da obra correu na prefeitura entre 1994 e 1999, quando foi efetuado o pagamento....


Os sócios da Wall Street são Maria Paula Abreu Cesar Ribeiro, Adhemar Cesar Ribeiro Filho e Othon Cesar Ribeiro. Maria Paula é mulher de Adhemar Cesar Ribeiro, irmão de Lu Alckmin e procurador da empresa. Em 2006, ele participou da arrecadação da campanha de Alckmin à Presidência.

Alckmin é adversário político do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD). A fraude apontada teria sido efetuada na gestão do então prefeito Celso Pitta, já morto.

A prefeitura, em 2000, chegou a notificar a Polícia Civil sobre indícios de fraude, mas as investigações não avançaram. Na época, Alckmin era vice-governador.Em 2001, já na gestão de Marta Suplicy (PT), a própria prefeitura arquivou o caso.A suposta fraude voltou a ser investigada, segundo Edilson Bonfim, corregedor-geral de São Paulo, na quinta-feira, quando ele recebeu uma denúncia anônima.Ontem, em entrevista coletiva, Bonfim detalhou o esquema de fraude, mas não relacionou o caso com parentes do governador. Informou apenas o nome da empresa e o endereço do imóvel.


O ESQUEMA

De acordo com o corregedor-geral, a Wall Street fraudou o valor do metro quadrado que constava do carnê do IPTU do imóvel com o objetivo de enganar os técnicos da prefeitura e conseguir aprovar o empreendimento pagando um valor menor pela construção do prédio.

Segundo Bonfim, a empresa deveria ter recolhido R$ 4,2 milhões pelo direito de construir um prédio de 4.100 metros quadrados, mas pagou apenas R$ 184.744.O rombo do esquema de fraude no pagamento de outorga onerosa já totaliza R$ 41 milhões até agora.

Foram identificados dois tipos de fraude. A falsificação da guia do IPTU para reduzir o valor da outorga onerosa atingiu apenas a Wall Street.No outro tipo de fraude, as construtoras exibiam guias verdadeiras do pagamento da taxa, mas com a autenticação do banco falsificada.

Como a prefeitura não tem sistemas de controle eficientes e não fazia checagem dos documentos, os alvarás de aprovação das obras eram emitidos mesmo sem que o dinheiro tivesse caído na conta do município.
As construtoras acusadas de terem se beneficiado do esquema são Odebrecht, Zabo, Onoda, Porte e Marcanni.- Na Folha

DILMA É DILMA, LULA É LULA

Dilma é Dilma, Lula é Lula: cada um com as suas qualidades.

13/9/2011 7:16,  Por Altamiro Borges - de São Paulo
 
Lula e Dilma mantêm conversas constantes
O talento de Luiz Inácio Lula da Silva para lidar com as multidões; sua expertise em diálogo, adquirida nas mesas de negociação com os patrões como sindicalista; a ascendência sobre o PT, por ter sido, desde a criação do partido, a ligação entre os quadros de esquerda e as massas; e até um tendência ao pragmatismo acabaram concentrando todos os elementos de governabilidade em suas mãos, nos seus dois mandatos (2002-2010). O carisma e o talento político, e algumas apostas bem sucedidas – que permitiram a inclusão de grandes contingentes pobres à sociedade de consumo – se sobrepuseram a condições extremamente desfavoráveis do seu mandato.
Lula lidava com uma elite política rachada ao meio: na base de apoio, tinha que lidar com a política de clientela de partidos tradicionais, à direita ou ao centro; na oposição, com um udenismo que tinha grande potencial de instabilização do regime. Sem fazer o governo dos sonhos da esquerda de seu partido ou dos movimentos sociais, a guinada à direita do PSDB e o “lulismo” das bases acabaram limitando a ação dos grupos mais radicais. Seu vínculo com a CUT também neutralizou o movimento sindical.
Todo o temor dos setores de centro-esquerda nas eleições do ano passado residia no fato de a candidata ungida por Lula, Dilma Rousseff, não ter as mesmas qualidades. A presidenta eleita não tem vínculos históricos com o PT ou com os movimentos sociais, não tem prática de negociação – nem no movimento sindical, nem com os partidos políticos – e não é uma líder popular. Os primeiros nove meses de governo, todavia, mostram que, em alguns casos, ela transformou suas desvantagens em vantagens. Depois de oito anos de governo de um líder político como Lula, era obrigatória a reautonomização dos partidos e dos movimentos sociais.
A crise política e a radicalização à direita do PSDB e do PFL juntaram esses atores em torno de Lula. O governo Dilma acena para uma certa organização da vida institucional, pelo menos no que se refere às forças que deram apoio orgânico à sua candidatura. A disputa política tende a ser menor no cenário institucional e se desloca para a sociedade. Governo vira governo, partido vira partido, movimento sindical vira movimento sindical e movimentos sociais viram movimentos sociais.
O Congresso do PT, realizado no início de junho, é um exemplo. O partido saiu da toca e construiu sua própria agenda política, com itens que o governo não necessariamente assumirá, como a regulamentação da mídia. A reforma política, se comove governo e partido, está nas mãos do partido: a opinião pública precisa estar convencida disso e a luta se dá no Legislativo, entre os partidos políticos. A CUT reassumiu a bandeira da redução da jornada de trabalho sem o correspondente corte em salários. O MST aproveitou uma evidente preferência do governo por medidas destinadas ao incentivo da produção na propriedade familiar, tem sido ouvido nas suas reivindicações por crédito e tecnologia para assentados e deve colocar a reforma agrária no campo de luta social (até hoje não foi feita nenhuma desapropriação para fins de reforma agrária no governo Dilma).
Sem grandes vínculos com o partido e com os movimentos sociais historicamente ligados a Lula, Dilma tem gasto mais tempo com eles do que seu antecessor. O ex-presidente entendia esses setores como uma extensão de seu mandato. E tinha o “lulismo” como amortecedor de demandas mais radicais. Desde o episódio dos “aloprados” – em 2006, a Polícia Federal deu flagrante em petistas que tentavam comprar um dossiê contra o candidato ao governo pelo PSDB, José Serra – Lula botou a direção do PT na geladeira. O deputado Ricardo Berzoini, então presidente do partido, amargou o desgaste do episódio junto ao governo até o fim de seu mandato na presidência do PT. Quando José Eduardo Dutra, quadro da confiança de Lula, assumiu a presidência petista, a campanha eleitoral já estava em andamento. O PT se concentrou nas eleições; Lula, no governo e nas eleições.
Com uma composição muito elástica da base parlamentar, Lula evitou conversar diretamente com os movimentos sociais. O que garantiu um certo controle sobre os movimentos mais radicais foi a radicalização à direita da oposição. Não havia interesse desses setores de enfraquecer o governo, depois de terem sofrido um período negro de criminalização nos governos tucanos. A CUT também perdeu o poder de ação, embora os trabalhadores do setor público tenham mantido alguma militância.
Dilma devolveu poder à direção do PT, ao abrir um contato direto com o atual presidente da agremiação, Rui Falcão. Abriu sua agenda para políticos. E, além de ter conversado pessoalmente com líderes de movimentos sociais, manteve o canal aberto com esses setores via Gilberto Carvalho, nomeado secretário-geral, que tem um diálogo inquestionável com eles.
O racha do DEM, o PSD, também foi um grande presente para a presidenta. Com uma base parlamentar muito grande, os pequenos partidos de direita tendem a ser neutralizados com os novos integrantes da base. O governo também pode se dar ao luxo de abrir mão de parte dos votos do PMDB para aprovar matérias de seu interesse. Tanto é assim que a presidenta tem feito as mudanças no Ministério a cada escândalo, devolvendo aos partidos da base o ônus pelo desgaste dos malfeitos dos titulares das pastas por eles indicados.
É certo que muita água vai correr debaixo da ponte até terminar o primeiro mandato de Dilma – e mais água ainda se ela conseguir a reeleição. Mas o fato é que os primeiros meses de seu governo mostram que Dilma é Dilma e Lula é Lula. Cada um lida com as dificuldades de governo com as qualidades que possui.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

SOCIALISMO NÃO CRIA CRISES INTERNACIONAIS

Os grandes "opiniáticos" internacionais, FMI, economistas e grandes instituiçoes financeiras que passavam o tempo nos dizendo como deviamos nos comportar estão comprovando após a crise de 2008 que não eram os donos da verdade, muito pelo contrário.
E quem salvou o mundo da debacle geral foi o Estado forte, que socorreu o colapso financeiro iniciado nos EUA e que se alastrou por todo o planeta. 

Seminário em São Paulo debate colapso do neoliberalismo

12/9/2011 9:06,  Por Redação, com Carta Maior - de São Paulo
 
Pochmann participa do seminário que discute os efeitos do neoliberalismo sobre a economia mundial
A agência brasileira de notícias Carta Maior realizou, nesta segunda, um seminário para debater os dilemas diante da crise internacional. O debate reuniu Luiz Gonzaga Belluzzo, Maryse Farhi, Ignacy Sachs, Ladislau Dowbor, Marcio Pochmann, Paulo Kliass, Samuel Pinheiro Guimarães e Emir Sader. Eles analisaram quatro grandes temas: a singularidade da crise financeira, o panorama geopolítico, Brasil e os canais de transmissão da crise, desafios e trunfos da América Latina.
Desde a eclosão da crise imobiliária nos EUA, a partir de 2007, os fatos se precipitaram a uma velocidade que não deixa dúvida: a história apertou o passo. Na ventania desordenada surgem os contornos de uma crise sistêmica. Restrita aos seus próprios termos, a engrenagem das finanças desreguladas não dispõe de uma alternativa para o próprio colapso.
A desigualdade construída em trinta anos de supremacia dos mercados financeiros sobre o escrutínio da sociedade cobra sua fatura. Populações asfixiadas acodem às ruas. Estados falidos se escudam em mais arrocho.
Anulada no seu relevo institucional por governantes e partidos majoritariamente ortodoxos e tíbios, a democracia representativa também se apequena. O sentido transformador da política passa a ser jogado nas ruas.
Sucessivas injeções de dinheiro nos mercados hibernam no caixa de bancos e empresas, sem ativar o metabolismo da produção e do consumo.
Exaurido pelo socorro às finanças, o caixa fiscal dos Estados encontra-se emparedado. Demandas sociais crescentes colidem com um endividamento inexcedível a juros cada vez mais calibrados pela desconfiança.
Organismos outrora estruturadores dessa hegemonia, como o FMI, rastejam sua esférica desimportância. Demonstrações de obscurantismo fiscal para ‘acalmar os mercados’ pontuam a deriva da social-democracia europeia.
Para debater esse longo crepúsculo histórico, a Carta Maior promove o seminário:
Neoliberalismo: um colapso inconcluso’, que se desdobrará em quatro mesas:
- A singularidade da crise financeira mundial – Luiz Gonzaga Belluzzo e Maryse Farhi
- Panorama geopolítico: novos atores e novas agendas – Ignacy Sachs e Ladislau Dowbor
- O Brasil e os canais de transmissão da crise – Márcio Pochmann e Paulo Kliass
- Desafios e trunfos da América Latina – Samuel Pinheiro Guimarães e Emir Sader
Serviço do evento:
- Data – 12 de setembro de 2011
- Horário – das 14 às 19 horas
- Local – TUCARENA, na PUC/SP, Rua Bartira, esquina Rua Monte Alegre, nº 1024, Perdizes, PUC/SP.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

BOLSA FAMÍLIA - Para quem não conhece...

Temos observado que algumas pessoas não conhecem o programa "Bolsa Família" e entendem que a falta de mão de obra de que se ressente é ocasionada pela mesma.
Abaixo anexamos uma matéria do Ministério do Desenvolvimento Social, que nos diz que uma família que perceba menos de R$ 140,00 mensais tem direito ao benefício, de R$ 32,00 á R$ 242,00, dependendo do número de filhos.
Dá para perceber que o valor é muito aquém das necessidades de uma família para comer, vestir, pagar aluguel, etc e manter uma criança na escola, mas é o que o Governo entende que pode dar.
Temos a convicção de que um chefe de família destas ou a espôsa, devem fazer "bicos", trabalhos eventuais, que lhes permite pelo menos viver, porque um casal que perceba os R$ 140,00 mais R$ 32,00 por filho não conseguiria sobreviver.
Dentro deste raciocínio é impossível que alguém rejeite um trabalho por que ganha esta "fortuna".
E para quem vai dizer que o plano não tem porta de saída, não é verdade, para os chefes da família, pai e mãe provavelmente não tem mesmo mas para os filhos sim, objetos do programa.

 

Info do Ministério do Desenvolvimento Social
Bolsa Família
O Bolsa Família é um programa de transferência direta de renda com condicionalidades, que beneficia famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza. O Programa integra o Fome Zero que tem como objetivo assegurar o direito humano à alimentação adequada, promovendo a segurança alimentar e nutricional e contribuindo para a conquista da cidadania pela população mais vulnerável à fome.

O Bolsa Família atende mais de 12 milhões de famílias em todo território nacional. A depender da renda familiar por pessoa (limitada a R$ 140), do número e da idade dos filhos, o valor do benefício recebido pela família pode variar entre R$ 32 a R$ 242. Esses valores são o resultado do reajuste anunciado em 1º de março e vigoram a partir dos benefícios pagos em abril de 2011.
Diversos estudos apontam para a contribuição do Programa na redução das desigualdades sociais e da pobreza. O 4° Relatório Nacional de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio aponta queda da pobreza extrema de 12% em 2003 para 4,8% em 2008.
O Programa possui três eixos principais: transferência de renda, condicionalidades e programas complementares. A transferência de renda promove o alívio imediato da pobreza. As condicionalidades reforçam o acesso a direitos sociais básicos nas áreas de educação, saúde e assistência social. Já os programas complementares objetivam o desenvolvimento das famílias, de modo que os beneficiários consigam superar a situação de vulnerabilidade.
A gestão do Bolsa família é descentralizada e compartilhada por União, estados, Distrito Federal e municípios. Os três entes federados trabalham em conjunto para aperfeiçoar, ampliar e fiscalizar a execução do Programa, instituído pela Lei 10.836/04 e regulamentado pelo Decreto nº 5.209/04. A lista de beneficiários é pública e pode ser acessada por qualquer cidadão.

domingo, 11 de setembro de 2011

BASTIDORES DO VOTO DISTRITAL

Brizola Neto, FrancoAtirador e Anônimo: A campanha pelo voto distrital

Dize-me com quem andas e direi o que queres

Por Brizola Neto, deputado federal, no Tijolaço, via FrancoAtirador

O movimento pelo voto distrital vai ganhando, a cada dia, ações de propaganda que revelam, para quem quiser ver, a sua origem e intenção política.
Depois de José Serra, a Veja. E, agora, Merval Pereira, em O Globo. Que trinca!
Toda a respeitavel discussão sobre a conveniência deste sistema eleitoral desparece ante a insinceridade dos objetivos.
Seus organizadores são apresentados com um distanciamento das paixões partidárias que quase faz supor terem chegado ontem de Marte. São “a sociedade”, embora sejam apenas uma parte dela.
Agora o movimento, que era “espontâneo”, embora tivesse nascido usando um domínio de internet pertencente à Associação Comercial de São Paulo, ligada ao kassabo-serrista Guilherme Afif Domingos, é patrocinado por uma outra instituição, o Centro de Liderança Política, instituição mantida, entre outros voluntários, pelo Itau, Santander, Pão de Açúcar, Vivo e Arab Bank.
Nada de ilegal nisso.
Desde que não nos queiram vender a ideia de que o movimento não tem, por detrás de si, senão um simpático grupo de caras-pintadas, idealistas, que estão ganhando tanta acolhida na mídia conservadora por sua expressão na sociedade.
Porque o que acontece é exatamente o contrário: é a mídia conservadora que está lhe dando seus 15 minutos de glória.

Caras Amigas e Amigos!
A matéria acima, do deputado federal Brizola Neto, é a representação da "opinião pública" tão evocada por Merval Pereira em sua coluna.
Qualquer expressão de pensamento da Veja, de Serra e de Merval representam, sempre, uma opinião partidária, defendendo os interesses da direita retrógrada, cuja incapacidade administrativa ficou evidenciada no governo FHC.
Assim como houve época em que as opiniões de economistas brasileiros e internacionais precisavam passar por uma "peneira" para verificar o que estavam tentando acobertar, hoje a grande mídia de nosso País também perdeu a credibilidade por defender o direcionamento de nossas questões em favor da minoria reacionária, contra o povo, sem se preocupar com a área social.
A grande mídia brasileira já conseguiu eleger e derrubar presidentes, fazer a base da "pirâmide" se mover de acordo com seus interesses, mas hoje não consegue mais, a participação popular esta muito mais ativa, veja-se o caso da passeata de Brasília que não admitiu partidos políticos, em uma clara mensagem de que ninguém é mais ou é menos culpado do momento em que vivemos, tem muito acusador com mais pecados do que aqueles que desejam inculpar.
Um abraço
Nelson
   

sábado, 10 de setembro de 2011

LEGALIDADE - 50 ANOS DEPOIS

Fez exatamente 50 anos, na semana passada, que o então presidente Jânio Quadros renunciou jogando o Brasil em uma das mais profundas crises institucionais de nossa história. O vice-presidente João Goulart estava em viagem oficial na China, era época de viagens internacionais difíceis e demoradas. Naquele tempo, o Presidente da República era eleito separadamente do Vice-Presidente: João Goulart era de outro partido e com propostas completamente diferentes do partido e do programa de Jânio.
A instabilidade levou os chefes militares a romperem com a Constituição. João Goulart não aceitou o ultimato para exilar-se e decidiu regressar, enfrentando todos os riscos.
Foi então que ocorreu uma das mais belas páginas da mobilização cívica no Brasil: a Campanha da Legalidade, liderada por Leonel Brizola; usando uma precária rede de rádios, a Rede da Legalidade, mobilizou o país.
O Grito da Legalidade venceu, João Goulart tomou posse, mesmo submetendo-se a adoção do Parlamentarismo que reduziu substancialmente o seu poder de Presidente.
Mas a Campanha da Legalidade ficou interrompida, porque não visava apenas dar posse ao eleito constitucionalmente, mas também fazer, dentro do marco constitucional, as reformas que o país ansiava há séculos.
A reforma ética e técnica da máquina de Governo, para eliminar a corrupção e tornar o Estado eficiente. A reforma agrária era necessária: economicamente, para permitir o uso da terra de forma produtiva; e, socialmente, para superar a miséria em que vivia a maior parte da população rural do país.
A reforma bancária, que buscava colocar o sistema financeiro a serviço da economia produtiva e da população, tirando-o da especulação a que se dedicava.
A reforma que levaria à erradicação do analfabetismo. A reforma da educação de base que permitisse colocar todas as crianças brasileiras em escolas com qualidade. E a reforma do ensino superior que era prisioneiro do bacharelismo isolado do setor produtivo, sem qualquer capacidade de inovar.
Uma reforma que permitisse criar um eficiente sistema de saúde pública e eliminasse as filas, levando atendimento a todos com a mesma qualidade.
A reforma que levaria o Brasil a se transformar em um país industrializado.
De lá para cá, alguns desses temas perderam atualidade do ponto de vista político e econômico. Mas a Legalidade não foi completada. Ela não aboliu a corrupção, nem fez a reforma política que precisamos. O número de analfabetos é hoje maior do que há 50 anos. Pior do que a ilegalidade é termos construído a imoralidade: uma pessoa morre ou vive de acordo com o acesso que consegue aos serviços de saúde; desenvolve ou não seu potencial intelectual de acordo com o acesso que consegue aos serviços educacionais. A agricultura substituiu latifúndios improdutivos pela eficiência do agronegócio, mas a economia continua baseada na exportação de commodities.
A nossa saúde e a nossa educação de qualidade continuam hoje, 50 anos depois, com acesso limitado aos poucos que podem pagar. A educação está restrita a apenas 40% que terminam o ensino médio e, destes, menos da metade recebe uma formação satisfatória para as exigências do mundo atual. O ensino superior, que aumentou substancialmente o número de alunos, não foi capaz de elevar-se conforme as exigências do mundo atual.
Em parte como consequência desse atraso educacional, nossa indústria, que avançou de maneira muito positiva nesses 50 anos, não consegue dar o salto que o século XXI exige, nem sair dos produtos tradicionais para os de bens e serviços de alta inovação científica e tecnológica.
A luta da Legalidade precisa continuar para construirmos o Brasil que queremos. Um país sem corrupção, nem miséria; com um Estado eficiente e uma política decente; com a mesma educação assegurada a qualquer criança do Brasil, independente da renda de sua família; com a garantia de que todos os brasileiros terão os serviços de saúde com a mesma qualidade; com uma economia capaz de inovar e adaptar-se ao novo tempo em que o capital é o conhecimento.
A Campanha da Legalidade se faz hoje usando as redes sociais, com manifestações contra a corrupção no comportamento dos políticos e contra a corrupção nas prioridades das políticas que desviam recursos dos projetos prioritários para o povo e para o país, em beneficio de minorias já privilegiadas.
A Legalidade não foi completada, por isso não ficou desnecessária, e esta é a razão que leva jovens às ruas, 50 anos depois de ser sido iniciada no Rio Grande do Sul.
* Cristovam Buarque é professor da UnB e senador pelo PDT do Distrito Federal

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

MENSALÃO

Na eleição para o governo de Minas Gerais, Eduardo Azeredo (PSDB), foi denunciado e esta sendo processado por ter armado um esquema para arrecadação de recursos para a campanha eleitoral, em um projeto elaborado e conduzido por Marcos Valério.
Os recursos financeiros viriam de empresas que tinham contratos com o governo e seriam destinados para os candidatos da coligação, deputados federais, estaduais, senadores e para a candidatura de Eduardo Azeredo.
Em Brasilia o governador Arruda (DEM) também conduziu um processo similar, visando apoiar os candidatos que o apoiavam, com diversos possíveis candidatos filmados recebendo propina e até rezando para agradecer o ato que causou repulsa ao Brasil inteiro.
Em 2005 Roberto "corrupto" Jefferson, por incrível que possa parecer cassado mas ainda eleito presidente do PTB, foi denunciado por ter montado uma operação de arrecadação de recursos através de empresas que dominava por indicações dos diretores, tendo na época estourado o escândalo dos Correios e denúncias de que o mesmo processo acontecia em Furnas.
Entendendo que José Dirceu estaria por detrás da investigação que o pegou com a "boca na  botija", denunciou o Caixa 2 do PT e o apelidou de "Mensalão", projeto elaborado também por Marcos Valério nos mesmos moldes que o de Minas Gerais.
O projeto de Marcos Valério para atender o candidato a governador Eduardo Azeredo foi para atender despesas de campanha, porque a candidatura não vingou e pagas as contas foi extinto por não existir mais razão de ser.
No caso de Arruda do DEM do Distrito Federal aconteceu um projeto praticamente copiado do que foi elaborado para Minas Gerais, inclusive Jaqueline Roriz, flagrada recebendo propina nem deputada era, o que prova a inexistência do interesse no voto para aprovar projetos do governo.
Mas se não havia interesse no voto de ninguem em Minas Gerais e no Distrito Federal porque dizer que era "mensalão"? Apenas para a grande mídia poder denunciar como mensalão também o projeto montado por Marcos Valério para atender os compromissos de campanha dos candidatos da base aliada.
A "grande mídia" denuncia o aparelhamento do governo que visa obter o apoio de projetos do governo da Presidente Dilma, assim como aconteceu com Lula, porque precisariam pagar alguem para votar se o que acontece simplesmente é que os partidos fazem indicações para os ministérios e são atendidos em contrapartida ao apoio dos programas instituidos pelo executivo?
Qualquer Presidente da Republica, Governador ou Prefeito ao assumir convoca para assumir os cargos pessoas dos partidos que os apoiam, e digo "todos", dizer que isto é "aparelhamento" é criticar Sarney, Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e todos os governos brasileiros de todos os tempos.

Mensalão e duende só existem nas imaginações férteis ou maldosas.   

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

AS LIÇÕES DA PASSEATA DE BRASILIA

Os mesmos que desejam a imprensa livre são aqueles que fazem com que a grande mídia não tenha credibilidade, não tenha o respeito da população esclarecida brasileira.
As participações da grande imprensa em eleições, as Organizações Globo participando junto com a Proconsult nas eleições em que Brizola foi eleito pela primeira vez como Governador do Estado do Rio de Janeiro, tentando roubar e eleger Moreira Franco.
A eleição de Fernando Collor de Melo, de triste lembrança, patrocinada pela Globo.
A derrubada de Collor pela mesma Globo.
As participações da grande mídia nas campanhas eleitorais, como na de Serra, Alkmin e de Serra novamente, com acusações até de partidários da coligação PSDB/DEM/PPS, como o governador de São Paulo Claudio Lembo que declarou "o que causa intranquilidade é os jornais apoiarem uma candidatura, no caso Serra", e é preciso que se diga que a campanha do ano passado foi a mais suja que vi, a oposição pisou tanto na bola que teve o resultado que merecia, perdeu e perderia muito mais feio não fossem as acusações infundadas que tentaram imputar à candidatura da Presidente eleita, que não tiveram o efeito desejado.
O povo na passeata que fez ontem em Brasília demonstrou uma maturidade ímpar, não permitindo bandeiras de partidos politicos, com um recado direto de que não tem ninguém menos culpado nos casos de corrupção neste País, todos os partidos que assumiram cargos executivos promoveram escândalos, alguns descobertos outros não, e nosso Congresso não tem feito por merecer a confiança popular, além de ser "o mais caro do mundo", devendo muito aos seus eleitores, inclusive justificando o preço que custam ao Brasil.
A população não deseja que a imprensa deixe de denunciar mas com fundamento, baseadas na verdade, que tenham responsabilidade naquilo que divulgam e que os culpados, sejam afastados, investigados e presos se assim for o que apurarem os órgãos competentes e que não tentem conduzir as campanhas eleitorais, sejam imparciais, e não é pedir muito.
Quem assistiu como eu a sessão em que o Senado derrubou a CPMF sabe que foi uma agressão ao povo brasileiro, uma tomada de posição por questões político-eleitoreiras, capitaneadas por Arthur Virgilio e senadores do DEM, cujo resultado teve a contrariedade do Senador Pedro Simon na tentativa de dar o prazo que o Governo pedia para se comprometer com a aplicação total na área da saúde, sem sucesso.
Quem fala que Lula e Dilma aparelharam o governo com políticos vinculados aos partidos da aliança, omite o fato de que o PSDB/DEM também usou de todos os artifícios para comandar o Congresso Nacional, ao ponto de não deixarem que fossem instaladas CPIs de interesse da oposição, e isto é o que a grande imprensa divulga porque é comandada pelas elites que não se interessa por questões sociais, só é contra a CPMF porque sabe que pobre não paga CPMF, quem paga são os ricos que daí não têm possibilidade de sonegar, cada vez que sacam pagam.
Merval fala hoje em sua coluna critica a Presidente Dilma por ter parado com a faxina, o colunista quer que a Presidente agarre uma vassoura e deixe de trabalhar, de defender os interesses do povo brasileiro.
Quem deve denunciar é a imprensa, a oposição e todos aqueles que souberem de algum fato que mereça a atenção da Presidente Dilma, não acusações infundadas só para perturbar um governo que tem a responsabilidade de tratar de coisas sérias.
A Presidente Dilma não deixará de tomar as atitudes necessárias para atacar todos aqueles que mal se comportarem nas ações de governo, como tem feito e fará.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

AS VERDADES QUE VÃO SURGINDO...

Redação Conversa Afiada

RedaçãoConversa Afiada

O preconceito de classe da imprensa e da Justiça. A aula do Caco

    Publicado em 02/09/2011


E ela gozava, Excelência ?

O incomparável repórter Caco Barcellos, da Globo, participou do Seminário “Poder Judiciário e Imprensa”, promovido pela Escola de Magistratura da Justiça Federal da Terceira Região.

Caco deu uma aula magna.

Aqui se tenta reproduzí-la de forma não literal.

Há uma diferença essencial entre o jornalismo “investigativo” e o jornalismo “declaratório”, começou Caco.

O investigativo é o do repórter ativo, com luz própria, que investiga antes de a informação se tornar pública.

Que ouve os envolvidos e, a partir das declarações, começa a investigar, confrontar a declaração com os fatos que apurou.

Declaratório é o jornalismo praticado na maioria das redações brasileiras.

Basta uma fonte da área publica ou privada e isso, por si só, se torna uma notícia.

(Frequentemente, a fonte é anônima – PHA.)

Ao ouvir o “outro lado”, o que esse jornalismo declaratório consegue, na melhor das hipóteses é criar uma polêmica.

E se as duas declarações contiverem mentiras ?

Como agir ?

Investigar depois de colher as declarações.

Caco deu dois exemplos desastrosos de jornalismo declaratório.

Um ocorreu no lado direito do espectro político e outro, no lado esquerdo.

No lado direito, o impeachment do Presidente Collor se iniciou na imprensa com a entrevista de um irmão ressentido.

A imprensa não provou uma linha do que ele disse.

Collor sofreu uma punição política, mas não se provou nada contra ele.

A denúncia judicial e a denúncia de imprensa devem ter sido, portanto, incompetentes.

No lado esquerdo, se fala de um mensalão.

A partir de uma declaração de um deputado advogado criminalista que disse existir um mensalão.

Cadê a prova ?

A imprensa não conseguiu produzir uma prova de que havia um mensalão.

(Ou como diz o Mino Carta, o mensalão ainda está por provar-se – PHA).

É no que dá o jornalismo “declaratório”.

Caco, em seguida, falou do preconceito de classe na Justiça e na imprensa.

Por exemplo, quando se denúncia corruptos e não se identifica, nunca, os corruptores.

(Quem corrompia o PC Farias ? Quem botava grana no valeriodantas ?– pergunta este ansioso blogueiro ao PiG (*). Ele sabe resposta …)

No Brasil existe o que se chama na linguagem policial – e da imprensa policial – o “auto de resistência”, explicou Caco.

É como se registra a morte de um civil que teoricamente entrou em confronto armado com a polícia.

Um em cada cinco mortos em São Paulo, numa pesquisa do Caco, morreu em “auto de resistência”, em tiroteio com policiais.

Outra maneira de se nomear os atos que resultam em autos de resistência, diz Caco, seria usar a expressão “esquadrão da morte”  – que todo brasileiro conhece.

A imprensa esconde os autos de resistência das estatísticas.

E as vítimas também.

Num levantamento que o Caco fez, de 4 mil e 200 vítimas da Policia de São Paulo, três eram de classe média.

Todos os outros, trabalhadores de São Paulo.

Nos últimos anos, no Rio, houve 5 mil mortes nas mesmas circunstâncias.

20% das mortes no Grande Rio são autos de resistência.

Os autores dos autos de resistência são provavelmente os autores da morte da Juíza de Niterói.

Caco desafiou a plateia:

Dê o nome de uma única vitima de um auto de resistência.

Dê o nome de um dos 5 mil.

Estamos diante de uma manifestação de preconceito de classe, disse Caco.

O regime militar que tanto lamentamos matou 400 pessoas.

Em quatro meses, no Rio, as tropas de elite mataram 500 pessoas.

E ninguém sabe quem morreu.

Dê o nome de um único morto.

Você não verá na imprensa nem na Justiça.

(Aplausos !)

Em tempo: Caco contou que um Juiz se ofereceu para lhe dar uma informação em off. Dessas informações tão comuns na imprensa brasileira: quando alguém destrói o caráter de outro, sem sujar as mãos. O Juiz disse que a Juíza ia aos presídios de Niterói para ter relações sexuais com presos. Caco perguntou, também em voz baixa, no ouvido do Juiz: e ela gozava ?
Clique aqui para ler “PHA em Escola da Magistratura: a censura agora é na Justiça !
Paulo Henrique Amorim

sábado, 3 de setembro de 2011

CPMF : O IMPOSTO QUE NÃO TEM COMO SONEGAR

 

DO BLOG DE PAULO HENRIQUE AMORIM


“CPMF” de rico vem aí. Metrô do Cerra vai fechar.



“Financiamento da saúde opõe PT a PMDB”

Petistas são favoráveis à criação da Contribuição Social da Saúde (CSS) para financiar a Emenda 29 que trata da Saúde e pemedebistas são contra.

O “imposto do cheque” só não foi aprovado ainda na Câmara por causa de um destaque do DEMO, que tira a base de financiamento do tributo.

A CPMF caiu no Senado com um trabalho generoso do Farol de Alexandria (que a criou em seu Governo), do então líder dos tucanos Arthur Virgilio Cardoso (que disse que ia dar uma surra no Lula e perdeu a eleição para o Senado, no Amazonas) e o presidente da FIE P (*).
Foram esses três que tiraram o remédio da boca das crianças.
Foi a maior vitória dos DEMO-tucanos contra o Nunca Dantes no Congresso.
E não se vê um único DEMO ou tucano se vangloriar de tal feito.
O Padim Pade Cerra (des)governava São Paulo e realizou algumas obras inesquecíveis.
O Robanel dos Tunganos, com a ajuda providencial do Paulo Preto.
E o metrô, que o Ministério Público estadual quer mandar fechar (leia o Em tempo).
O Padim sabia que a CPMF era necessária ao seu próprio Governo.
E ficou em cima do muro.
Rico no Brasil não paga imposto, como demonstrou no Tijolaço o Fernando Brito.
Rico no Brasil paga menos imposto que nos Estados Unidos.
O mega-rico Warren Buffett escreveu no New York Times que era uma vergonha: que rico americano tinha que pagar mais imposto.
Aqui, vai pagar.
A Emenda 29 vai ser aprovada com uma “CPMF só para rico”.
Até para que a Receita Federal e a Polícia Federal possam localizar o “bahani”, como se diz em São Paulo, o “por fora”.
Com o fim da CPMF, por obra do Farol, do Virgilio (vou dar uma surra no Lula) e do presidente da FIE P, ficou mais fácil lavar o “bahani”.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

LOYOLA, O JUIZ DA CREDIBILIDADE DO BC



No tal “mercado” existem dois personagens distintos: os economistas, que fazem apostas com cenários; e os tesoureiros, que fazem apostas com dinheiro. Os primeiros trabalham em um mundo imaginário, que pode ou não coincidir com o real; os segundos, com o mundo real, onde cada aposta errada significa perda direta.
Há dias os tesoureiros apostavam na queda das taxas de juros. Esse quadro era nítido nas últimas semanas com as quedas das taxas nos mercados futuros de juros. Esse movimento tornou-se mais forte depois da redução de meio ponto na Selic.
O terrorismo do mercado contra o BC não se prende a esse meio ponto de redução. É manobra preventiva, para evitar os cortes maiores que estão no horizonte. Uma vez perguntei a um desses economistas qual a razão de um tremendo barulho que havia feito em relação a uma decisão tímida do BC. Ele explicou: a porta começa a fecha e pode bater no meu dedo; antes de bater saio gritando.
Vamos à análise de algumas matérias que saíram hoje nos jornais, para identificar como se dá esse jogo terrorista.
Ex-presidente do BC, Gustavo Loyolla – no Estadão – aposta que a credibilidade do BC está em xeque (clique aqui). No início de 1995, houve uma corrida contra o real. O então presidente do BC Pérsio Arida chutou as taxas de juros para 45% ao ano. Em qualquer país civilizado, havendo corrida contra a moeda, elevam-se as taxas de juros. Passada a corrida, reduzem-se imediatamente para evitar impactos na dívida pública.
Pérsio caiu do BC e foi substituído por Loyola. A  partir daí a queda foi lentíssima e gradual sustentada em algumas declarações de senso comum que envergonhariam qualquer economista acadêmico sério: não poderia derrubar mais rapidamente os juros porque se tivesse que subir novamente pegaria mal, mostraria indecisão. Então a lógica seria subir de elevador e descer de escadas – imagem que usava no período. Quebrou o Estado brasileiro. O mal que causou as contas públicas emperrou quinze anos de crescimento do país. E esse bordão foi aceito acriticamente pela mídia (com algumas notáveis exceções) por refletia o senso comum criado para sustentar a excrescência dos juros altos. Loyola, aliás, gostava de se denominar de "jurista" - defensor dos juros altos em qualquer circunstância.
Não ficou nisso. Mais à frente, no seu trabalho de consultor, participamos juntos de um conjunto de palestras em Federações de Indústria de todo o país. Era outubro de 1998. O Brasil já tinha feito o acordo com o FMI e, mesmo assim, os dólares estavam em fuga do país. Em cada uma dessas palestras, Loyolla apresentava uma miríade de números e estatísticas (sem nenhuma correlação entre si) para dar ares científicos às suas conclusões. No final, era taxativo: "de acordo com nossas análises (da Tendências) no ano que vem o real irá se desvalorizar no máximo 6%".  Jogava com a vida de centenas de empresas representadas pelos empresários presentes.
Obrigava-me a um exercício danado para anular o conselho mortal. Abria minha palestra elogiando  o "brilhantismo" de Loyolla mas lembrava os empresários que era apenas uma opinião, que muitos outros analistas – entre os quais me incluía – apostavam que o câmbio não resistiria seis meses. Explodiu três meses depois. Uma semana antes da explosão do câmbio, Loyolla garantia na Globonews que não haveria mudanças cambiais. Os dois pequenos bancos que quebraram na virada do câmbio - um  dos quais era o Marka - eram seus clientes.
Pergunto: qual o currículo para se outorgar o papel de juiz da credibilidade do BC?

Nosso comentário : 90% dos economistas brasileiros criticavam a alta Taxa Selic, jogando no governo a responsabilidade. No momento em que o Banco Central, supostamente atendendo determinação da Presidente Dilma Roussef baixa em 0,5 pontos percentuais a Selic, vêem os mesmos economistas junto com a grande mídia condenar a iniciativa. Todos os brasileiros têm a convicção que os juros devem alcançar um digíto o mais rapidamente possível mas se sabe que existem outros componentes desta equação que devem ser considerados.
Vem a imprensa agora, como sempre, dizer que o Banco Central perdeu a autonomia e perguntamos: Que autonomia?
Se fazem de desentendidos, a economia é responsabilidade do Governo Federal, da Presidente Dilma Roussef, sobre quem recairá qualquer julgamento caso alguma coisa der errado.
Se a nomeação do Presidente do Banco Central é incumbência da Presidente da República se Tombini falhar será exonerado e pronto, pois possíveis insucessos, como dissemos, recairá sobre a Presidente da República.