segunda-feira, 27 de maio de 2013

JOAQUIM BARBOSA DESGASTADO

Barbosa se desgasta e Dilma escolhe Barroso para rever erros do ‘mensalão’

26/5/2013 15:34
Por Redação - de Brasília e Londres

Joaquim Barbosa
Joaquim Barbosa começa a ser desgastado pela mesma mídia conservadora que o incensou
A escolha do jurista Luís Roberto Barroso para o Supremo Tribunal Federal (STF) foi a solução encontrada pela presidenta Dilma Roussef para corrigir os erros apontados por advogados e especialistas políticos no julgamento da Ação Penal (AP) 470, conhecido como ‘mensalão’. A análise é do jornalista Paulo Nogueira, baseado em Londres, fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo, em artigo publicado neste domingo.
O editor questiona: “O que você faz para resolver um problema e não criar outro?” E responde:
“Bem, no caso do STF, você nomeia Luís Roberto Barroso.
“Barroso resolve o problema do ‘mensalão’. Sua chegada ao Supremo muda o cenário no momento fundamental dos recursos.
“Desfaz-se o estado de espírito anti-réus que dominou o STF, e que por um momento pareceu que levaria Zé Dirceu à cadeia.
“(Quem não se lembra do relato de Mônica Bergamo, na Folha, sobre o dia em que Dirceu fez as malas à espera de que o levassem pela madrugada?)
“Joaquim Barbosa, o grande derrotado na nomeação, agora é minoritário, e é uma benção que seja assim, tamanha a inépcia grosseira, pedante e autoritária do ex-Batman.
“A segunda etapa do julgamento – aquela, sabemos agora, que será a definitiva – quase que começa do zero. Dirceu pode desfazer a mala, se já não desfez.
“As sentenças extraordinariamente rigorosas comandadas por Barbosa, e alinhadas com a mídia, vão sofrer uma enorme redução.
“Teses como a Teoria do Domínio do Fato, pela qual você pune sem provas, voltarão ao ostracismo.
“Será difícil, como aconteceu, condenar alguém com base em denúncias de jornais e revistas – a maior parte delas sem comprovação.
“Barroso trouxe isso a Dilma – a certeza de que ela não terá que aturar a expressão de sarcasmo vitorioso de Barbosa, tão bem captada por um fotógrafo no funeral de Niemeyer.
“Para os repórteres, Dilma disse que a nomeação nada teve a ver com o ‘mensalão’, mas chamo aqui Wellington para comentar: quem acredita nisso acredita em tudo.
“É um pastelão, é verdade – mas o final é melhor que o começo, tamanhas as barbaridades dos juízes no ‘mensalão’.
“Dilma, com Barroso, resolve também um problema, como foi dito acima.
“Ela poderia enfrentar muitas críticas da mídia com a indicação. Com Barroso, ela neutralizou o maior foco das críticas: as Organizações Globo. Monopolista como a Globo é, você ganha a aprovação dela e o resto está feito no capítulo das relações com a mídia.
“Barroso é amigo da Globo. Foi advogado da Abert, a associação que defende os interesses da Globo. Conforme mostrei num artigo anterior, chegou a escrever um artigo em que defendia a reserva de mercado para a Globo. (Os argumentos eram ridículos: até Mao Tsetung era invocado como um risco. Mas o fato é que ele escreveu o artigo e ele foi publicado no Globo.)
“Portanto: você não vai ver Jabor, Merval, Ali Kamel, Míriam Leitão ou quem quer que seja na Globoatacando Barroso agora ou, um pouco depois, em suas intervenções no julgamento dos recursos.
“A família Marinho gosta dele: então seus vassalos também gostam. Gostam muito.
“São todos papistas, para usar a expressão pusilânime e servil com que o ex-diretor do GloboEvandro de Andrade se insinuou a Roberto Marinho quando quis o cargo.
“Faço o que o senhor mandar, disse Evandro. É o que todos ali fazem, basicamente.
“Barroso só não resolve o problema dos brasileiros de ter um Supremo patético – mas nada é perfeito”, afirma o articulista.
Desgastado
Antes elogiado pela mídia conservadora e pautado em capas e reportagens laudatórias nos principais veículos ligados à direita brasileira, o presidente do STF e relator da AP 470 começa a ver sua imagem pública começar a ser desgastada por este mesmo caudal de notícias. O diário conservador paulistano Estado de S. Paulo, neste domingo, aponta esta tendência ao afirmar que Joaquim Barbosa teria comprado uma briga com “bancos, partidos políticos, parlamentares, juízes, associações de classe, advogados, imprensa e os colegas de tribunal”. Segundo o diário, Barbosa “espargiu, em seis meses de mandato, críticas a várias instituições. Recebeu apoio em algumas dessas críticas, mas, ao mesmo tempo, coleciona notas de desagravo, embates em plenário e censuras, mesmo que reservadas, de colegas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e de ministros do Supremo”.
“De novembro, quando assumiu a presidência do tribunal e do Conselho Nacional de Justiça, até agora, perguntou jocosamente se os advogados não acordam apenas às 11h da manhã, afirmou que bancos são lenientes ao combater a lavagem de dinheiro, disse que associações juízes agiram de forma sorrateira ao apoiar a criação de novos tribunais federais e reclamou que os grandes jornais brasileiros são conservadores. Isso sem falar na última estocada ao Congresso e aos partidos políticos ‘de mentirinha’. Em resposta, coleciona notas de associações da magistratura e da advocacia, e críticas de parlamentares. São adjetivos como ‘preconceituoso’, ‘generalista’, ‘superficial’ e ‘desrespeitoso’, ou afirmações de que ‘não tem apreço pela democracia brasileira’, ‘não tem equilíbrio’, ‘não tem condições de presidir o Supremo’. Reservadamente, um dos colegas disse que Joaquim Barbosa quer ser a ‘palmatória do mundo’. No CNJ, conselheiros afirmam que as críticas do presidente não deixam transparecer as dificuldades de sua gestão”, afirma o jornal.
Ainda segundo o texto, publicado neste domingo, “alguns programas, como a Estratégia Nacional de Segurança Pública, que visa a combater a impunidade nos casos de homicídio, estão em marcha lenta. Os atritos com o Congresso e o centralismo de suas decisões o deixaram à margem da tramitação de propostas do interesse do Judiciário. Ele mesmo reclamou que não sabia do projeto que criava três novos tribunais no País. Com isso, outros ministros têm ocupado o espaço por ele deixado. Integrantes do governo mantêm diálogo direto, por exemplo, com Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski”.
– Temos partidos de mentirinha. Nós não nos identificamos com partidos que nos representam no Congresso, nem tampouco esses partidos e seus líderes têm interesse em ter consistência programática ou ideológica. Querem o poder pelo poder. O Congresso é inteiramente dominado pelo Poder Executivo. As maiorias, as lideranças do Executivo que operam fazem com que a deliberação prioritária do Congresso seja sobre matérias do interesse do Executivo – disse Barbosa em palestra, na última segunda-feira. E estendeu as críticas ao Legislativo.
“As reações foram imediatas”, lembra o artigo, “e partiram dos presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Barbosa tentou amenizar as críticas, dizendo que falava como professor, mas não conseguiu. Até porque este não era seu primeiro ataque ao Parlamento. ‘Interna corporis’. Ao longo do julgamento do mensalão, acusou o colega, Ricardo Lewandowski, de ser advogado de defesa dos réus e protagonizou discussões com outros colegas. E voltou suas críticas para a própria Corte.
– Cada país tem o modelo e o tipo de Justiça que merece. Justiça que se deixa agredir, se deixa ameaçar por uma guilda ou membro de determinada guilda, já sabe qual é o fim que lhe é reservado. (…) Lamento que nós, como brasileiros, tenhamos que carregar ainda certas taras antropológicas como essa do bacharelismo – afirmou o ‘crítico-geral da Nação’, como o classifica agora o diário ligado à direita.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

CONQUISTAS BRASILEIRAS


Disputando com inúmeros países, o Brasil conquistou o direito de realizar a Copa do Mundo de Futebol de 2014 e as Olimpíadas e Paraolimpíadas de 2016, não foi "de graça", a disputa foi acirrada.
O Brasil acaba de emplacar Roberto Azevedo para a Organização Mundial do Comércio - OMC, com quase 100 votos do total de 159, a África votando em peso com nosso País, além da Ásia e América Latina, contra os votos dos Estados Unidos e Europa.
Nós deixamos de ser um País de terceiro mundo, somos a sétima economia mundial, cujo sucesso vem atraindo pessoas em busca de trabalho, assim como investimentos mundiais.
Mas porque estas conquistas?
Até o governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso nós vivíamos sob a "tutela" dos Estados Unidos da América, toda nossa economia passava pelo "tio sam" e obedecíamos as orientações do FMI, que foram, com o tempo, comprovadamente perniciosas, sempre nos trouxeram prejuízos incalculáveis.
Com as mudanças acontecidas de 2003 em diante foram sendo rompidas as "amarras" e abertos mercados independentes que nos colocaram como emergentes, agindo juntamente com a Rússia, Índia e China, permitindo que, de devedores, pagando juros abusivos, nos tornássemos credores do FMI.
Os contatos que o governo brasileiro fez com a África e Ásia estão trazendo retornos comerciais e financeiros muito positivos para o Brasil, que proporcionaram a vitória de Roberto Azevedo sobre o candidato mexicano para a presidência da OMC, posição estratégica muito importante para alavancar nossa economia.
O Brasil, ao deixar de comprar nossas plataformas marítimas para a prospecção de petróleo do Japão, construindo-as aqui no Brasil, abriu um mercado de trabalho que até permitiu trazer de volta os brasileiros de origem japonesa que tinham emigrado para aquele País.
O programa "Minha Casa Minha Vida" também não esta deixando nenhum profissional da construção civil sem oportunidade de trabalho, com projetos como este o Brasil nos dias de hoje é um País com a menor taxa de desemprego de todos os tempos.
Ontem lemos uma matéria do jornalista Alexandre Garcia, onde faz uma análise diminuindo as responsabilidades das elites nos "anos de chumbo", criticando aqueles que lutaram contra a ditadura, como se os governantes que mandaram no Brasil de 1964 até a abertura foram quase "uns anjos" e a oposição "demônios".
Mas quem é Alexandre Garcia? Foi porta-voz do último governo da ditadura, do general Figueiredo e claro desde seu fim, contratado pelas Organizações Globo.
Alexandre Garcia, juntamente com Brito, que depois foi eleito governador do Rio Grande do Sul, aliás um mau administrador, apenas por ter noticiado a morte do Presidente Tancredo Neves, foi a dupla que entrevistou pela primeira vez na rede Globo o ex-governador Leonel de Moura Brizola, pressionando de forma até anti-ética, para que Brizola dissesse como resolveria os problemas do Brasil, deixados pelos golpistas, eu vi e ouvi indignado a entrevista.
Ontem o candidato do PSDB/DEM/PPS diz que o governo "se contenta com a administração da pobreza", como se nossa economia não estivesse atravessando um bom momento comparada, principalmente, com a crise que sofre a Europa e os Estados Unidos, quem não soube resolver
Mas com certeza também, as questões sociais veem sendo muito bem enfrentadas pelo governo, com o Bolsa Família e os aumentos salariais acima da inflação aumentando a demanda que faz que até o comércio atravesse um bom momento.
Discursos catastróficos não abalam o brasileiro que esta mais politizado, esta deixando de lado o "complexo de vira-lata", criticado pelo Compadre Zeno Otto.
Se desejam fugir destes que só falam mal do Brasil acessem blogs independentes e vejam o outro lado, de Nassif, Paulo Henrique Amorim, Correio do Brasil, Sr. Com do Compadre Zeno Otto, Vi o Mundo e o meu domarcondes.blogspot.com, que não ganho nada com isto mas defendo meus pensamentos por ideologia.

domingo, 12 de maio de 2013

"DO MAL" O MERVAL


Nunca vi nenhum colunista ter tanta falta de assunto como Merval Pereira, do Globo.
Se não existisse o PT, Lula e Dilma provavelmente Merval perderia o emprego nas Organizações Globo porque não tem outro assunto.
Passam dias, meses e anos e Merval sempre batendo na mesma tecla, criticando e podem conferir se tem outro assunto, 90% é falando mal do governo, desde 2002.
Não desejamos enquadrar a coluna do Merval Pereira mas, faça-nos o favor, fale de outra coisa. 
Somos favoráveis à liberdade de imprensa mas é impossível que não existam outros assuntos para analisar.
Merval é um dos mais fervorosos adeptos do PIG, com certeza.

domingo, 5 de maio de 2013

BOLSA FAMÍLIA 10 ANOS DEPOIS


O BOLSA FAMÍLIA, ao fazer 10 anos, desmistifica as críticas daqueles que não concordam com o programa.
Por incrível que pareça "O Globo" de hoje escreve uma matéria realista sobre um programa do governo Lula/Dilma.
Iniciado em 2003 passou de mãe para filha, as famílias recebiam em média R$ 73,67 e 1.150.228 estavam inscritas. Hoje a média de recebimento esta em R$ 149,71 e atendem à 13.872.243 famílias e as taxas de natalidade caíram para menos de 1,9 filhos por casal.
Uma média de recebimentos destas, não pode causar dependência, família alguma pode
sobreviver com um valor destes, ao contrário daqueles que diziam que muitos brasileiros deixavam de trabalhar para não perder o direito ao benefício.
Não há dúvida de que a distribuição de renda no Brasil alcançou um patamar elevado, com a diminuição da miséria, com menos pessoas passando fome e com o aumento do mercado nas periferias de todas as cidades brasileiras.
Lembro-me  muito bem quando Brizola dizia "temos que resolver os problemas da população carente porque os ricos não precisam de proteção, defendem-se sozinhos".
Segundo palavras do secretário nacional de Renda e Cidadania do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome declara que menos de 70% de 16 anos ou mais já trabalham ou estão à procura de emprego.
Em 10 anos o perfil de pobreza se alterou, as casas de beneficiários do programa têm paredes de barro e telhado de palha convivendo com antena parabólica, máquina de lavar e computador.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

A INTERNET E O FIM DO PENSAMENTO ÚNICO


A Internet e o fim do pensamento único

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Agência Dinheiro Vivo
07:00 (10 horas atrás)



A Internet e o fim do pensamento único



Coluna Econômica - 03/05/2013


A principal mudança trazida pela Internet no modo de produção jornalística é a interatividade – ou seja, a possibilidade do leitor-comentarista participar da construção do conhecimento.
Ontem escrevi um texto sobre a competência do Globo. No Blog, o leitor Jorge Vieira colocou comentário inteligente, completando o raciocínio.
Diz ele que faltou à Globo visão estratégica e de futuro para consolidar uma relação permanente com seu público.
São dois os pontos de crítica:
“Um monopólio de fato nessa área, perseguindo permanentemente o poder político, produz, no médio e no longo prazo, um gigante de pés de barro, cercado de ameaças por todos os lados”.
A segunda, decorrente da primeira, se prende ao fato de não diversificar os pontos de vista sobre os principais temas.
“De repente, por exemplo, ocorre um crime cometido por um menor de 18 anos que choca a todos e, aí, você vê por vários dias notícias veiculadas de crimes cometidos por menores de idade até a onda passar. Você percebe que vem uma ordem da direção: a hora é de demonizar os menores infratores”.
“A economia, como se sabe, é área da ação humana em que não se pode atingir todos os indicadores de desempenho positivos ao mesmo tempo. Há sempre a possibilidade de ocorrer o sacrifício de alguns para favorecer outros ou vice-versa. E neste jogo, eles estão sempre com a possibilidade de responsabilizar os governos pelo mau desempenho dos indicadores sacrificados”.
***
No fundo, a crítica central de Vieira é a contraposição entre a diversidade de opiniões, pela Internet, e a homogeneização da opinião pela Globo. O que se passa por lá, no entanto, é problema comum aos grandes grupos de comunicação, quando se viram confrontados com a realidade da Internet.
***
As redes sociais, o acesso amplo e irrestrito a um mundo de opiniões diversificadas, está produzindo um novo cidadão-leitor, o cidadão conectado. Ele não se conforma mais com o prato feito.
Tome-se a questão dos menores. Pela Internet é possível colher opiniões contrárias à redução da maioridade penal e opiniões a favor; opiniões que acham que a imputação penal não refreará os ímpetos do jovem criminoso; e os que julgam que bastam leis severas para reduzir a criminalidade.
Independentemente do mérito de cada um, o leitor conectado terá à sua disposição condimentos dos mais variados para poder montar o SEU prato, a SUA opinião.
***
Ao mesmo tempo que estimula o gregarismo, a Internet abre espaço inédito para as manifestações individualizadas – de pessoas ou grupos restritos de opinião.
Nenhum partido político, nenhum veículo de mídia conseguirá administrar essa realidade com a visão antiga, de condutores de povos. É uma nova realidade que exigirá, cada vez mais, o exercício permanente da negociação, dos pactos, da mediação.
Não comporta mais o poder absoluto, nem do Estado nem dos grandes grupos midiáticos, nem dos partidos políticos, nem das religiões. Quem permanecer na velha moldura se arriscará a vestir um paletó de madeira menor do que o figurino.
Como conservar o poder, abrindo mão do direcionamento da informação? Essa é a esfinge que devorará o grupo de comunicação que não conseguir decifrá-la.