segunda-feira, 12 de novembro de 2012

STF : O PASSADO NÃO PERDOA


Sob o título "Sentenças no limbo", "O Globo" de hoje comenta que as decisões de 2.632 ações do STF ficam em suspenso, entre outras coisas cita "para que a Ação Penal 470 - conhecida como a do mensalão - ou qualquer outra que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) seja dada por concluída, é indispensável a publicação do acórdão do julgamento no Diário da Justiça. Segundo o regulamento interno da Corte, 60 dias é o prazo máximo entre a decisão dos ministros e a publicação deste texto. A realidade no dia a dia do Supremo é, no entanto, bem diferente. Um total de 2.632 aguarda a publicação de seus respectivos acórdãos. Entre elas há pelo menos uma que data de maio de 2010. Os ministros explicam o atraso afirmando que o volume de trabalho em seus gabinetes é muito grande.
Por lei, sem o acórdão, documento que resume os debates travados em plenário, todas as decisões dos ministros do STF ficam em suspenso....
DEFESA PODE APRESENTAR EMBARGOS
Além de dar validade à decisão do tribunal, o acórdão é necessário para que as partes envolvidas no processo possam recorrer das decisões, apresentando embargos. Assim como em outros casos, no do mensalão, os réus e o Ministério Publico só poderão recorrer depois de terem acesso ao texto publicado", esta é a matéria no jornal de hoje, que traz também um artigo do brilhante ex-promotor publico gaúcho e atualmente professor em Novo Hamburgo-RS doutor Ivar A. Hartmann sob o título "Demora justificada?", dizendo, entre outros, "É justo que as partes e a população não sejam obrigadas a esperar anos pela publicação do resultado, uma vez que os ministros tenham julgado".
Concordamos com o Doutor Ivar, havendo a previsão de que somente no ano que vem teremos a conclusão do processo.
Então perguntamos "porque a pressa no julgamento justamente no período eleitoral"?
Infelizmente, isto só vem reforçar a suspeita generalizada de que o STF, marcou o julgamento do mensalão para o período das eleições municipais para influir no resultado, o que não foi alcançado, pelas vitórias dos partidos da base, PT e PSB.
Agora podemos esperar que o final do processo, com a publicação do acórdão no Diário de Justiça vá se estender até 2014 e chegar até o período da campanha eleitoral para a Presidência da República lá por setembro ou outubro?
Pelo que aconteceu em 2012 não será surpresa, apesar de lamentável, que aconteça de novo.
Ratificamos nosso pensamento de que corruptos e corruptores devem pagar por seus crimes  mas, infelizmente, não tem sido assim, e a imprensa deve ser livre para denunciar desde que responsavelmente a todos, não como faz nos dias de hoje criticando ferozmente os governos com os quais não concordam e não denunciando como faz quando apoia.
O custo das maiores corrupções do Brasil:
Sanguessugas : 140 milhões. Sudam : 214 milhões. Narvalha : 610 milhões. Anões do orçamento : 800 milhões. TRT de São Paulo: 923 milhões. Banco Marka : 1 bilhão e 800 milhões. Vampiros : 2 bilhões e 400 milhões. Banestado : 42 bilhões. Privataria Tucana : 100 bilhões e finalmente Mensalão : 55 milhões.
Exceto o "Mensalão", todas estas corrupções aconteceram antes de 2002, considerando que a operação Vampiro foi descoberta no governo Lula, por iniciativa do Ministro da Saúde, mas havia atravessado todo o governo FHC, com Serra no Ministério da Saúde.
E porque a "grande mídia" não fala isto? Porque o PIG se cala? Porque faz suposições como se a corrupção tivesse sido inventada depois de 2002? Porque são facciosos e por isto perdem a cada dia a credibilidade, o eleitor tem que ler e depois pesquisar para ver o que é real e o que é falso.
'Nunca antes neste País' se viu a imprensa falar tanto e todos os dias no "mensalão", denunciando, julgando e condenando.
Façam isto mas sempre, para que nós eleitores leiamos e tenhamos confiança, não só sendo forçados a ler Merval, Noblat, Magnoli, Sardenberg, Ancelmo, Globo, Estadão, Fôlha de São Paulo, etc. etc.        

sábado, 10 de novembro de 2012

VALÉRIO ENTREGA LÍDERES TUCANOS...


Valério entrega líderes tucanos para escapar de processo no STF

9/11/2012 19:30,  Por Redação - do Rio de Janeiro
STF
Marcos Valério estaria denunciando tucanos ao STF, diz advogado
Os mesmos petardos jurídicos disparados do Supremo Tribunal Federal (STF) por Joaquim Barbosa, presidente eleito da Corte e relator da Ação Penal 470, contra os principais líderes do Partido dos Trabalhadores (PT), partem agora na direção dos envolvidos na origem do escândalo que recebeu o apelido de ‘mensalão tucano’. O advogado Dino Miraglia, de Belo Horizonte, procurou a Assembleia Legislativa de Minas Gerais para pedir proteção à vida dele e de seu cliente, Nilton Antonio Monteiro, após peticionar ao Supremo para que estabeleça a conexão entre o caso conhecido como ‘lista de Furnas’ e o ‘mensalão tucano’, iniciado por Marcos Valério durante o governo do hoje senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG).
Em linha com o estilo do ministro Barbosa de detalhar as peripécias de Valério e seus cúmplices no ‘mensalão petista’, o caso da ‘lista de Furnas’, contido no inquérito 3530 do STF, acusa tucanos de alta plumagem, entre eles Azeredo, Clesio Andrade e Walfrido dos Mares Guia, de crimes como assassinato, explosões, incêndios, perseguições e até o suborno de magistrados da própria Corte Suprema. Compra de votos, no caso, seria o menor dos pecados cometidos pela quadrilha mineira. Segundo Miraglia, fitas transcritas do depoimento de outro advogado, Joaquim Engler Filho – então ligado ao PSDB mineiro – ao delegado João Otacílio Silva Neto, no Departamento Estadual de Operações Especiais da Polícia Civil de Minas Gerais, em 24 de janeiro de 2008, “comprovam o esquema montado para abafar o ‘mensalão mineiro”.
– As fitas transcritas com o depoimento de Engler Filho, que integram o inquérito 3530, denunciam a atuação do grupo político ligado ao PSDB mineiro e nacional, na tentativa de calar o denunciante do ‘mensalão tucano’, Nilton Monteiro. Ele foi igualmente responsável por trazer a público a ‘lista de Furnas’, comprovando o esquema montado por Dimas Fabiano, ex-dirigente da empresa estatal, para favorecer e financiar candidatos e campanhas eleitorais do PSDB. Nossa petição foi para que este inquérito seja juntado à Ação Penal 536, que comprova a ação ilícita ocorrida em Minas Gerais durante a gestão tucana – afirmou Miraglia aoCorreio do Brasil.
Para o advogado, o acordo de Marcos Valério para obter vantagens jurídicas com a ‘delação premiada’ não está no âmbito da AP 470, que julga o ‘mensalão petista’, mas na AP 536, da qual Barbosa também é relator.
– O Marcos Valério está entregando todo mundo do PSDB. O esquema todo, para se livrar das penas que deverá receber quando esta ação for julgada. Quanto ao ‘mensalão petista’ não há mais muito o que fazer, mas na ação contra os tucanos, ele está contando tudo o que sabe. Minas está em polvorosa, porque a AP 536, após a juntada do inquérito 3530, transforma-se em um vendaval, capaz de revelar em detalhes toda a corrupção e demais crimes cometidos p
Leia a íntegra desta matéria na Edição Digital do Correio do Brasilelo alto escalão da República, na época do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso – relata Miraglia.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

ELEIÇOES AMERICANAS E BRASILEIRAS



Barack Obama foi eleito Presidente dos Estados Unidos da América com uma proposta de lutar por um País melhor para os cidadãos americanos.
Romney, ao contrário, como candidato de direita, prometeu cortar 25% de impostos nas empresas, sem citar o que faria para as classes C, D e E.
Obama prometeu aumentar os gastos sociais, evitar ao máximo os gastos militares e retirar as tropas do Iraque.
Para o Brasil causa tranquilidade a eleição de um Presidente democrata, ao contrário de Bush, republicano, que grandes sobressaltos causou ao mundo com sua obsessão por invadir o Iraque com as acusações falsas de que Sadam teria armas químicas, supostamente só interessado no petróleo iraquiano.
George Bush transformou o Iraque em um País que vive em sobressalto, numa guerra civil sem precedentes, sem previsão de tempo para acabar, e foi um dos motivos da derrota de Romney.
As eleições nos Estados Unidos e no Brasil nos transmitem um recado claro, o eleitor esta muito preocupado com as classes menos favorecidas da população, apoiando as propostas que se preocupam com as questões sociais, evidenciadas nas campanhas de Lula/Dilma e Obama.
Parece que esta leitura não esta sendo entendida pelas oposições brasileiras, que focam em assuntos como o "mensalão", algo que o eleitor não levou em conta nestas eleições municipais porque sabe que a corrupção não tem dono, todos os grandes partidos têm contas a ajustar com a justiça.
Prova deste entendimento é o crescimento maior dos partidos da base aliada, PT e PSB, com a queda do PSDB e DEM, este vertiginosamente, e a vitória do "poste" Haddad para a prefeitura de São Paulo coloca Lula no centro de uma liderança que se firma mesmo com as  críticas da "grande mídia", do PIG.
Apesar dos líderes dos partidos de direita afirmarem que direita e esquerda não existe mais, pelo contrário, o recado do resultado destas eleições, tanto nos Estados Unidos como no Brasil, foi claro.
Não se vê nenhum membro de partidos de esquerda afirmarem isto, só partidários da direita dizem que acabou, porque sabem que o eleitorado entende o que significa "esquerda" e "direita", com o que cada um se preocupa.

VALÉRIO ACUSA...


MATÉRIA INTERESSANTE PARA QUEM ACOMPANHA O JULGAMENTO DO STFDO CORREIO DO BRASIL

Valério acusa revista de ultradireita de manipular documentos vazados da PGR

7/11/2012 13:13,  Por Redação - de São Paulo e Brasília


Valério
Valério disse que o vazamento de seu depoimento pela Veja foi “seletivo, parcial e ilícito”
O Supremo Tribunal Federal (STF), ao retomar nesta quarta-feira o processo de cálculo de penas dos 25 réus condenados por envolvimento no mensalão, interrompido no dia 25 de outubro, em meio a novo impasse entre ministros sobre o método de cálculo das punições, está diante de uma nova realidade quanto ao réu Marcos Valério. Valério foi condenado a mais de 40 anos de prisão, mas a pena poderá ser revista, como sinalizaram alguns ministros, caso ele resolva delatar mais detalhes sobre o escândalo apelidado de ‘mensalão’.
As sessões previstas para semana passada foram suspensas devido a viagem para tratamento de saúde do relator da ação penal, ministro Joaquim Barbosa, que tem um problema crônico no quadril. Os ministros deverão finalizar a definição da pena de Ramon Hollerbach, ex-sócio do publicitário Marcos Valério, apontado como principal operador do esquema de compra de apoio parlamentar ao primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Depois, deverão analisar as condenações aos demais integrantes do chamado núcleo publicitário.
A Corte retoma a análise do caso com dúvidas sobre a participação do presidente do Supremo, Carlos Ayres Britto, até o fim do processo, já que ele se aposentará compulsoriamente ao completar 70 anos, em 18 de novembro. Há ainda um pedido de cautelar da Procuradoria-Geral da República, a ser analisado pelo STF, que propõe a entrega voluntária dos passaportes dos 25 réus condenados.
“Mensalão tucano”
Valério, que deu início à prática de captação e lavagem de dinheiro público em Minas Gerais, onde foi desviada soma ainda não inteiramente apurada dos cofres do governo do Estado para irrigar a campanha do então candidato tucano ao Palácio Tiradentes, Eduardo Azeredo, estaria pronto a falar tudo o que sabe e que fez, para se livrar de uma pena mais dura no STF. Para se defender de uma espécie de confissão publicada na revista semanal de ultradireita Veja, Valério, por intermédio de seu advogado, disse ao jornalista e blogueiro Luis Nassif, nesta quarta-feira, que o vazamento de seu depoimento à PGR, tanto na Veja quanto no diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo, ocorreu de forma “seletiva, parcial e ilícita”, mas não revela suas suspeitas sobre quem vazou o teor dos documentos.
Os documentos enviados por Valério em julho de 2005 “foram essenciais para as investigações da AP 470″, afirmou Nassif. “Tudo isto possibilitou as investigações da Polícia Federal e viabilizou a denúncia do Procurador Geral da República que, apesar do exagero dos 40 acusados, não foi além dos nomes e dados fornecidos naquela atitude de colaboração com a Justiça, o que assegura direito à redução de pena. Não há nada de novo sobre este assunto, até porque a instrução na AP 470 está encerrada faz tempo”, alegou o advogado, em sua resposta ao jornalista.
O chamado “mensalão tucano” ou “mensalão mineiro”, como também é conhecido, segundo Nassif, está em fase “bem mais adiantada do que se imagina”. O advogado o informou que o ex-Procurador Geral da República, Antonio Fernando, “ao oferecer denúncia no caso chamado de ‘mensalão mineiro’ contra Eduardo Azeredo (hoje deputado federal), Clésio Andrade (hoje Senador) e outras 14 pessoas, deixou de propor ação penal contra os deputados e ex-deputados que receberam os valores, porque entendeu, expressamente, que o fato seria apenas crime eleitoral (artigo 350 do Código Eleitoral – “caixa dois de campanha”), que já estava prescrito. Este entendimento não foi adotado no oferecimento da denúncia e no julgamento da AP 470?.
Segundo escreveu Nassif em seu blog, “na defesa que fez de Marcos Valério, no julgamento do ‘mensalão’, o advogado mineiro Marcelo Leonardo demonstrou enorme competência. Não abusou da retórica, tão a grado dos advogados e magistrados. Foi objetivo ao descrever as acusações e ao rebater o mérito. Escrevi na época que me pareceu o mais brilhante dos advogados que atuaram no processo. Ser bem sucedido ou não na defesa não depende apenas do advogado, mas do próprio estado de espírito dos julgadores. Agora, dá seu lance mais ousado, ao orientar um cliente desorientado a adotar uma linha de defesa de alto risco”.
- Diriam os operadores de direito que é papel do advogado recorrer a todos os instrumentos em defesa do seu cliente. Digo eu: é possível que Leonardo esteja colocando em risco até a vida do seu cliente para defender outros possíveis clientes mineiros. A lógica é simples:
- 1. Há dois processos envolvendo Marcos Valério: o mensalão petista, que está no fim; e o mensalão mineiro, que está no começo. Valério já contou tudo o que podia sobre o mensalão petista e tem tudo a contar sobre o mensalão mineiro. Qualquer pedido de delação premiada, portanto, deveria ser em relação ao mensalão mineiro, que não foi julgado.
- 2. Qual a explicação para um advogado experiente, como Leonardo, solicitar a delação premiada e, mais, a proteção da vida do seu cliente, em cima de um depoimento fantasioso, referente ao processo que já está no fim? Qual a lógica de insistir em uma estratégia na qual aparentemente seu cliente tem muito pouco a ganhar, em termos de redução de pena; e deixa de lado a outra, na qual seu cliente poderá sofrer novas condenações, com agravantes?
- 3. Em Belo Horizonte, há mortes que se tentam relacionar com o “mensalão mineiro”. Há uma modelo que foi assassinada e um advogado que diz ter sido vítima de atentado. Pode ser verdade, pode ser algo tão fantasioso quanto as versões criadas em torno da morte de Celso Daniel. De qualquer modo, durante algum tempo, Marcos Valério mostrou uma preocupação genuína ao enfatizar que jamais delataria alguém. Para quem ele falava? Para os réus do mensalão petista ou do mensalão mineiro?
- 4. Agora, analise a seguinte hipótese: uma peça relevante na montagem do esquema Valério em Minas, alguém que sinta-se ameaçado por futuras delações de Valério sobre o mensalão mineiro, que já tenha sido indiciado ou que ainda não tenha aparecido nas investigações. Tem-se uma ameaça potencial – Marcos Valério -, que já se diz ameaçado e lança as suspeitas de ameaça sobre o lado petista. Qualquer atentado que sofra será debitado automaticamente ao lado petista. Não é prato cheio?
- 5. É apenas uma hipótese que estou formulando, mas perfeitamente factível. Ao tornar público o pedido de proteção a Valério, insinuando que sua vida está em risco, e ao direcionar as suspeitas para o caso Celso Daniel, Marcelo Leonardo expõe seu cliente a possíveis atentados.
- 6. Aguardo uma explicação de Marcelo Leonardo, pelo respeito que dedico, até agora, à sua competência de advogado.
A resposta
Diante dos questionamentos, o advogado de Valério enviou a seguinte mensagem:
Prezado Luis Nassif,
Em primeiro lugar agradeço as referências elogiosas feitas ao meu trabalho profissional. Fiquei lisonjeado.
Sobre matérias veiculadas pela revista Veja e pelo jornal Estadão, contendo referências a suposto pedido de delação premiada, suposto pedido de proteção pessoal e suposto depoimento de Marcos Valério em setembro do corrente ano, não tenho nada a declarar, uma vez que tenho por hábito cumprir meus deveres ético-profissionais. Se alguém “vazou” de forma seletiva, parcial e ilicitamente alguma providência jurídico-processual que está sujeita a sigilo, eu não tenho absolutamente nada a dizer, a confirmar ou não confirmar. Obviamente, não tornei público nada sobre este tema sobre o qual não falei a nenhum veículo de comunicação.
Quanto a AP 470 o processo já se encontra em fase final de julgamento. A defesa de Marcos Valério desde suas alegações finais escritas, apresentadas em setembro do ano passado, vem pleiteando a redução de suas penas, em caso de condenação, pela sua condição de “réu colaborador”, em face das atitudes tomadas pelo mesmo desde as suas primeiras declarações ao Ministério Público, em julho de 2005, em virtude de haver fornecido, voluntariamente a lista com nomes e valores de todos os beneficiários dos repasses feitos a pedido de partido político para integrantes da base aliada e fornecedores da campanha eleitoral de 2002, acompanhada dos respectivos documentos e recibos, bem como, na mesma época, ter fornecido as informações e dados sobre os empréstimos bancários. Tudo isto possibilitou as investigações da Polícia Federal e viabilizou a denúncia do Procurador Geral da República que, apesar do exagero dos quarenta acusados, não foi além dos nomes e dados fornecidos naquela atitude de colaboração com a Justiça, o que assegura direito à redução de pena. Não há nada de novo sobre este assunto, até porque a instrução na AP 470 está encerrada faz tempo.
Quanto ao chamado “mensalão mineiro”, o andamento do caso está em fase bem mais adiantada do que se imagina. A etapa das investigações já foi concluída e nela Marcos Valério forneceu todas as informações , inclusive os nomes dos políticos ligados ao PSDB (deputados e ex-deputados) que receberam, em contas bancárias pessoais, recursos financeiros para custear as despesas do segundo turno da tentativa de reeleição do então Governador Eduardo Azeredo, em 1998, tendo entregue as cópias dos depósitos bancários realizados.
É importante saber que o ex-Procurador Geral da República, Dr. Antônio Fernando, ao oferecer denúncia no caso chamado de “mensalão mineiro” contra Eduardo Azeredo (hoje deputado federal), Clésio Andrade (hoje Senador) e outras quatorze pessoas, deixou de propor ação penal contra os deputados e ex-deputados que receberam os valores, porque entendeu, expressamente, que o fato seria apenas crime eleitoral (artigo 350 do Código Eleitoral – “caixa dois de campanha”), que já estava prescrito. Este entendimento não foi adotado no oferecimento da denúncia e no julgamento da AP 470.
Sobre o “mensalão mineiro”, atualmente, correm três ações penais distintas. Duas no STF, uma contra Eduardo Azeredo e outra contra Clésio Andrade. A terceira, na qual é acusado Marcos Valério, tramita perante a 9ª Vara Criminal da Comarca de Belo Horizonte (Justiça Estadual), contra todos os demais denunciados que não tem foro por prerrogativa de função, pois neste caso o STF deferiu o pedido de desmembramento do processo, o que não ocorreu na AP 470. Aquela última ação penal encontra-se na etapa adiantada destinada a inquirição de testemunhas de defesa. Nela meu único cliente é Marcos Valério. Não atuo na defesa de qualquer outro acusado em nenhuma destas ações.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

AUXÍLIO RECLUSÃO


Em todas as críticas que circulam pela internet ao atual governo, principalmente as que têm origem nos economistas "chatos de galocha" que defendem a "direita", é citado o "Auxílio Reclusão", que imediatamente é   entendido como se fosse criação atual.
O Auxílio Reclusão foi criado pela Câmara Federal através da Lei 8213 de 24/07/1991 e sancionada pelo Presidente Fernando Collor de Mello, passando pelos governos de Fernando Henrique Cardoso, chegando aos dias de hoje.
Não entramos no mérito da questão, se é justa ou não, apenas entendemos que se deve esclarecer.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

A ODIENTA GRANDE MÍDIA


MERVAL, SARDENBERG, ROBERTO FREIRE, NINGUÉM MERECE...

Incrível o que colunistas da "grande mídia" e políticos de direita escrevem na tentativa de enganar a população.
Custam a entender que a consciência política do povo esta mais apurada, motivo pelo qual a "base da pirâmide" não se move mais obedecendo ao que tentam disseminar como verdadeiro.
MERVAL PEREIRA
O "imortal" Merval escreve em "O Globo" de hoje, não bastando o ataque aos "mensaleiros" e a defesa do ministro Joaquim Barbosa, comentando o fato de que Genoíno poderá assumir uma cadeira na Câmara Federal, apesar de que de acordo com a lei.
Todos os acusados mereceram ataques impiedosos de Merval, de toda a mídia de direita, e agora ainda tem a "petulância raivosa" de tentar mudar o regimento da Câmara para impedir o direito de José Genoíno mesmo que condenado, justa ou injustamente.
CARLOS ALBERTO SARDENBERG
O jornalista e economista destila o seu costumeiro mau humor com respeito a qualquer governo de centro-esquerda que se instalar e julga qualquer propaganda de órgãos governamentais como "enganosa".
Ataca a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil por anunciarem a queda dos juros, o que realmente aconteceu, causando a impressão de que não quer o prejuízo dos bancos privados que, com este anúncio, foram obrigados a baixar os seus juros também, para não perderem clientes.
Para justificar seus argumentos fala que os órgãos financeiros estatais recebem dinheiro publico "de graça", por isto são diferentes, omitindo propositadamente que os bancos também recebem vultuosas somas dos clientes, "de graça também", inclusive cobrando para abertura de contas, cadastro, talões de cheque, etc.etc. e têm a concessão do Estado. 
Considera "propaganda enganosa" também o governo divulgar expectativas sobre inflação, crescimento, PIB, etc., quando se sabe que esta divulgação realmente é dependente da situação global, é feita uma análise dependente de nossa situação que pode sofrer alterações de acordo com as crises internacionais, ou não?
ROBERTO FREIRE
Artigo de Roberto Freire nem deveria merecer comentário algum, já se transferiu de Pernambuco de "mala e cuia" para São Paulo, colocando seus correligionários em cargos públicos nos governos, de direita, Estadual de Alkmin/Serra (PSDB) e na Prefeitura Municipal de Kassab (PFL/PSD).
Freire mudou-se de Recife porque não tinha mais espaço político por suas posições conflitantes, se Marcos Freire, este sim um grande político, vivo fosse, jamais aceitaria uma situação destas, deixar-se usar pela extrema direita, como se de esquerda fosse.
E vem o Deputado Federal Roberto Freire agora, auto-intitular-se de esquerda. Esquerda deputado? Jogou fora a ideologia quando entregou-se à direita de Alkmin/Serra e Kassab, PSDB, DEM e PSD.
E esta é a imprensa de tenta nos enganar, esta sim que pode ser denominada de "PROPAGANDA ENGANOSA".
Não podemos deixar-nos impregnar por esta imprensa que esta demorando demais a aprender que política é outra coisa, é demonstrar ter programas, projetos de governo, não é só criticar e condenar aos outros tendo o "rabo na estrada".
Deveremos ficar atentos também ao fato de que a direita, como sempre faz, dora a pílula de candidaturas de esquerda para tirar proveito nas eleições. Em 2010 usaram Marina Silva (PV) para levar as eleições para o segundo turno, não obtiveram o resultado esperado, Serra foi derrotado pela Presidente Dilma Roussef, mas agora estimulam a candidatura de Eduardo Campos (PSB), o partido de esquerda que mais cresceu, para favorecer a candidatura de Aécio Neves ( PSDB). 
O PSB não deve esquecer que o PSDB esta muito mais para DEM/PSD do que para a esquerda.