terça-feira, 28 de junho de 2011

DIREITA E ESQUERDA - HORA DE REFLEXÃO :: MARINA SILVA (PV)... SAÍDA ANUNCIADA ::

Após as eleições para a Presidência da República no ano passado, comentamos o fato do Partido Verde ter resolvido ficar neutro, não apoiar Serra ou Dilma, colocando Marina em cima do muro, propositadamente, para que a cúpula partidária ficasse liberada para apoiar Serra no Rio de Janeiro pela coligação com Fernando Gabeira e igualmente em São Paulo, por ter filiados ao partido compondo os governos do PSDB no Estado e do Prefeito Kassab (DEM) na Prefeitura de São Paulo.

Marina Silva, que teve uma votação expressiva como candidata do PV à Presidência da República, mais de 20 milhões de votos, jamais concordaria em coligação para apoiar José Serra, por suas raízes ideológicas e pelas posições do PSDB/DEM/PPS que sempre apoiaram a bancada ruralista que não obedece aos princípios de defesa do meio ambiente, só pensam em desmatamentos, queimadas e, gananciosamente, em lucros custe o que custar.

Nós entendíamos que Marina Silva teria tomado uma posição logo após as eleições, pela "rasteira" que sofreu, demorou, provavelmente na tentativa de modificar a atitude do partido de deixar-se cooptar, como o PPS de Roberto Freire, por cargos nos governos DEM/PSDB.
Quando Marina deixou o PT porque o partido não estaria agindo com os princípios que defendia, jamais esperava que fosse enfrentar os mesmos problemas no partido que não justifica nem o nome que tem, Partido Verde.


A direita brasileira, representada por partidos como DEM, PSDB, PPS, e outros que não se identificam apenas por interesses eleitoreiros, quando as eleições chegarem, com certeza estarão juntos, coligados, além do PSD de Kassab que esta sendo criado, em uma estratégia elaborada, premeditada, ao contrário da esquerda, que se divide e fica lutando entre sí, favorecendo às elites representadas por estes partidos.


É positivo que haja a divergência partidária, mas a esquerda esta se deixando levar por brigas internas, enquanto esquerda, que não vê pelo menos o que é menos pior.


Leonel de Moura Brizola chegou a apelidar o ex-Presidente Lula de "sapo barbudo", mas na hora do "vamos ver", por mais que tivesse divergências naturais, inclusive porque o PT teria ocupado espaços que seriam do PDT, optou pelo mais identificado com a ideologia que sempre defendeu.


Não pretendemos aqui criticar por exemplo o PSOL que foi criado pelas acusações de que foi alvo o PT nos casos de suspeita de corrupção, mas e o PSDB deixou de se coligar com o DEM dos escândalos do Distrito Federal e do Rio Grande do Sul?


É necessário que se faça uma reflexão, a direita separa-se mas esta sempre junto, e a esquerda?


Alguém vai perguntar, mas e o PMDB? Ora,a ideologia do PMDB é GOVERNO, sempre estará junto! Não foi assim nos governos Sarney, Collor, Itamar, Fernando Henrique Cardoso, duas vêzes com Lula e agora com Dilma? 70 ou 80 % do partido sempre será governo. 

quinta-feira, 23 de junho de 2011

MERCADANTE - FATOS E VERSÕES

A oposição e a grande mídia trocam "figurinhas" na tentativa de fazer o governo "sangrar até morrer", como diria Bornhausen.

Mal acabaram de "crucificar Palocci" e explorar à exaustão o caso Battisti, agora partiram para a tentativa de derrubar Mercadante, com argumentos enganosos que, para aqueles que não acompanham os fatos em maior profundidade, sofrem a "lavagem cerebral" costumeira, a mídia diz que existe um fato novo, a oposição pede CPI e assim vai, confundindo propositalmente a opinião publica.

O fato quando foi noticiado pela imprensa era que o PT teria enviado dois companheiros com um milhão e setecentos mil reais para a compra de um dossiê, que ninguém viu, com acusações ao candidato José Serra.

A versão agora é que seria o senador Mercadante o mentor do dossiê, o que invalidaria a questão da tentativa de compra, já que se o senador fosse o mentor para que comprar o dossiê que estaria nas mãos dele?

Mas como esta argumentação sofreria a análise que estamos fazendo, mudaram o fato para a versão de que  o valor pago serviria para pagar empresários da Operação Sanguessuga, em troca do depoimento dizendo que Serra estaria envolvido em fraude.

Esta mídia golpista representada pela Revista Veja, Globo, Estadão, Folha de São Paulo etc.etc., deveria é divulgar notícias responsáveis e imparciais e a oposição deveria era trabalhar apresentando projetos para melhorar nosso Brasil, deixando de lado apenas "fofócas".

Esta estratégia da mídia e oposição já deu provas de que não dá certo, não dará novamente.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

SETE ANOS SEM BRIZOLA, QUANTA FALTA ELE FAZ

Fonte: DO BLOG DE NOSSO AMIGO PEDRO PORFÍRIO

Uns dizem que ele vive. Onde? Como? Quem lhe segue os passos e preserva seu legado?

"Vi um homem chorar porque lhe negaram o direito de usar três letras do alfabeto para fins políticos. Vi uma mulher beber champanha, porque lhe deram esse direito negado ao outro.
Vi um homem rasgar o papel em que estavam escritas as três letras, que ele tanto amava. Como já vi amantes rasgarem retratos de suas amadas, na impossibilidade de rasgarem as próprias amadas.
Vi homicídios que não se praticaram, mas que foram autênticos homicídios: o gesto no ar, sem consequência, testemunhava a intenção. Vi o poder dos dedos. Mesmo sem puxar o gatilho, mesmo sem gatilho a puxar, eles consumaram a morte em pensamento.
Vi a paixão em todas as suas cores. Envolta em diferentes vestes, adornada de complementos distintos, era o mesmo núcleo desesperado, a carne viva;
E vi danças festejando a derrota do adversário, e cantos e fogos. Vi o sentido ambíguo de toda fe sta. Há sempre uma anti-festa ao lado, que não se faz sentir, e dói para dentro.
A política, vi as impurezas da política recobrindo sua pureza teórica. Ou o contrário.. Se ela é jogo, como pode ser pura. Se ela visa o bem geral, por que se nutre de combinações e até de fraudes".
Carlos Drummond de Andrade, no poema escrito quando o TSE, sob influência do general Golbery, lhe tirou o PTB, entregando-o de mão beijada a uma aliada da ditadura.

Nesta terça-feira, dia 21 de junho, o calendário registra o sétimo ano da morte de Leonel de Moura Brizola. Nesse dia, a igreja católica lembra São Luís Gonzaga, o jovem que recusou o fausto de uma vida aristocrática para dedicar-se à evangelização, tendo morrido com pouco mais de 20 anos. Daí ser o "Patrono da Juventude".  Já a literatura lembra o nascimento de Machado de Assis, em 1839.
O 21 de junho é também o Dia da Mídia, que coincidência, e, mais emblemático ainda, é o dia em que começa o inverno em nosso país, quando o frio deita e rola, como pode? Mas para este escriba inconformado, essa data é um marco dramático: depois da morte do caudilho, em circunstâncias surpreendentes, a história do Brasil sofreu um colapso fatal. Parou no tempo e no espaço. E o povo perdeu aquele que mais ousou, que fez da coragem o exemplo infelizmente abandonado.
Como Leonel de Moura Brizola não existirá mais ninguém. Ele não chegou à Presidência da República, como sua ex-pupila Dilma Rousseff, mas e daí?
Fosse o triunfo a qualquer preço o elemento de avaliação não existiria nem o cristianismo. O enviado do Deus todo poderoso foi sacrificado na cruz porque incomodava os "sábios do templo". E, segundo a Bíblia, quando os sacerdotes judeus pediram sua cabeça a Pilatos, Jesus Cristo foi abandonado por seu povo, que preferiu Barrabás, o zelota que atacava os dominadores romanos, em ações de "guerrilha".
E não existirá mais ninguém porque o mundo hoje é dos ambíguos e dos transgênicos. É o mundo em que a biruta é a referência única dos profissionais da vida pública, todos, sem exceção: os indignados rabugentos ou estão a sete palmos ou são tratados como loucos desvairados,  inconvenientes  e jurássicos.
Ninguém nestas terras ousaria mais o embate desigual contra a potência imperial, muito menos contra a mais poderosa rede midiática do mundo, inflada no auge do obscurantismo e feita guardiã implacável da lavagem cerebral massiva e da imbecilidade compulsiva, graças às quais o charme da meninada que ainda podia espernear esmaece no gáudio das prebendas, ou se esvai no delírio ensimesmado ou na fuga dos alucinógenos hodiernos.
O trágico na lembrança de Leonel de Moura Brizola foi o corte epistemológico que sua morte encerrou, como se a tirania das elites houvesse ordenado a estigmatização de seu dístico. Uma corte inquisitorial oculta vedou as portas do destino a tudo o que lhe dizia respeito: suas idéias, seu modo de ser, seus compromissos, seus sentimentos combatentes.
Lembrar Leonel de Moura Brizola hoje é apenas mandar rezar uma missa. Suas barricadas foram desmontadas, pelo menos nestes dias arrivistas. Seus "continuadores" trocaram as armas da eloquência varonil pelo pires na mão.
Em seu nome, servem a Deus e ao diabo, bastando que se lhes saciem a gula anã. Já não ousam o despojado sonho de um porvir soberano e justo. Cuidam, tão somente, de encherem suas burras com as sobras dos podres poderes.
Não acreditam mais, ou talvez nunca acreditaram, na virtude das idéias. Não diferem dos outros, todos esses empostados que lavam as mãos com alcool depois de cumprimentarem os maltrapilhos. Que se dizem em pú blico vestais dos bons modos, mas que, protegidos pela penumbra dos conluios, se jogam de cabeça na roleta das negociatas em causa própria.
Uns aindam dizem no devaneio ou na má fé que Brizola vive. Onde? Como? Quem lhe segue os passos nos confrontos com os senhores do mundo? Hoje, lamento constatar, o brizolismo que se declara como tal, de propriedade lavrada em cartório, não passa de uma troça eleitoreira destinada tão somente a catapultar os mais espertos de seus restos mortais?
Não pense que falo de um ser  sobrenatural. Longe disso. Alma camponesa, ele próprio se enredou em erros elementares, frutos de um modo de ser desconfiado. Tinha mais olhos para os oportunistas subservientes do que para os divergentes leais. Nem sempre preservou a coerência em seus atos, e olha que a coerência ainda era uma de sas virtudes.
Sua sensibilidade epidérmica o levava a reações passionais. Não era um político, n a acepção da palavra. Não gostava de ser questionado em público e falava muito mais do que ouvia. Ouvir, aliás, não era seu forte, a não ser o canto dos bajuladores. Faltava-lhe inclusive visão estratégica na compreensão do processo histórico.
Mas esse ser político tão despreparado para o jogo do poder, era, porém, até por isso, a dignidade em pessoa. O patriotismo que o moldou ainda nos pampas era mais relevante do que tudo o mais. A identificação natural com os oprimidos o fazia mais legítimo defensor das causas sociais do que qualquer teórico do mundo novo ou mesmo qualquer ativista classista.
Leonel de Moura Brizola, enfim, é alguém cujos 82 anos de lutas ainda vão ser lembrados no futuro com o relevo que seus contemporâneos negam. Será uma lembrança rica pelo caráter singular de sua personalidade, por sua combatividade insone e pelo contexto infame desses anos terríveis que a tantos emporcalham.
Será o inventário do mais injustiçado dos brasileiros, cujo destemor contará no resgate de valores incorporados à sua história e enterrados em seu sepulcro.
Nesse então, palavras como patriotismo, justiça social, soberania nacional, educação decente e respeito à dignidade humana se fundirão numa única legenda: Leonel de Moura Brizola. Permitida a reprodução e repasse desta matéria, desde que preservada sua autoria.

domingo, 19 de junho de 2011

OS FATOS E AS VERSÕES DA GRANDE MÍDIA

Para os leitores tomarem conhecimento do que é a realidade ou a ficção daquilo que a grande mídia escreve é necessário que, além de lerem as manchetes, ler a notícia em sí.

Em o Globo de hoje, a manchete diz que "Mercadante foi o mentor do dossiê dos Aloprados", esta a versão.
O dossiê nem era dos aloprados e muito menos o mentor teria sido Mercadante, no máximo o senador teria participado da tentativa de compra do dossiê, este o fato.
E tem um detalhe que sempre estas acusações deixam de esclarecer, qual era o conteúdo do dossiê?
Falando com um grande amigo esta semana ele disse "a situação da corrupção no Brasil é uma coisa de louco, nunca foi tanta", parece que desejando afirmar que a corrupção foi inventada agora, nos governos Lula e Dilma.
A corrupção tem no mínimo 2011 anos, teria sido criada por Judas, ao vender Jesus Cristo por trinta moedas de prata, preço bem módico, que só foi aumentando nestes anos todos.
Sarney recebeu as mais diversas acusações ao acabar seu governo, fez uma pesquisa que constatou que só se elegeria no Amapá, foi para lá e é senador até hoje.
Nenhum governo deixou de ser acusado de corrupção, nem nos anos de chumbo.
Collor teria nomeado PC Farias para intermediar os negócios em seu governo, caiu.
O governo FHC foi acusado da compra de votos para a reeleição e privatizações fraudulentas, nada investigado porque as CPIs pedidas foram impedidas de serem abertas pela tropa de choque do PSDB/DEM.
Caixa 2 é crime, mas qual partido que assumiu o executivo que não utilizou esta opção?
O caixa 2 do PT foi apelidado por Roberto "corrupto" Jefferson de "mensalão" para causar impacto.
O caixa 2 do PSDB de Minas Gerais foi apelidado de "mensalão" também para justificar o do PT, assim como o DEM de Brasília.
E a grande mídia começa o ano de 2011 atacando o governo da Presidente Dilma Roussef, achando que ganha as eleições para as prefeituras no ano que vem e para a Presidência em 2014 com acusações, não tendo aprendido a lição do ano passado em que ficou nisto, não mostrando projetos e programas de governo.
Acusam a Ministra das Relações Institucionais Ideli Salvatti de truculenta pela sua atuação no Senado, esquecendo-se de que lá respondia à direita raivosa de Tasso Jereissati, Heráclito Fortes, Arthur Virgilio, Mão Santa e Álvaro dias, os quatro primeiros não conseguindo se reeleger e o último continuando porque ainda tem quatro anos de mandato.
Da mesma maneira acusam a Ministra da Casa Civil Gleise Hoffmann por contestar duramente os discursos do senador Álvaro Dias, como se fosse possível agir de outra maneira.
As Organizações Globo, Estadão e Folha de São Paulo, revista Veja, etc. seguem no seu propósito de continuar atacando o governo e defendendo sempre às elites, se autodenominando de "opinião pública". Perderam a credibilidade inconteste e perderão mais, a população vê os ataques com desconfiança e analisa com isenção o que eles transmitem e escrevem.
Acham que conseguem enganar o povo contratando só jornalistas que regem por suas cartilhas?
Maria Rita Kehl foi demitida pelo Estadão no ano passado por citar, até timidamente, em uma matéria o acerto do "Bolsa Família", enquanto parabenizava o jornal por ter declarado abertamente o apoio a José Serra.
Esperamos que a mídia aja com responsabilidade, na busca da credibilidade perdida, ao mesmo tempo em que a oposição comece a fazer um discurso propositivo, monstrando um projeto de administração compatível com as aspirações do povo brasileiro.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

SUPOSTA CONSPIRAÇÃO CONTRA STRAUSS-KHAN

Esta matéria escrita por Adriano Benayon merece nossa atenção, deve ser lida por todos aqueles que ficam indignados com julgamentos ou condenações precipitadas.


Em comentário para um amigo, além de condenar outra condenação antecipada, falei sobre a acusação contra Strauss-Khan, suspeitando do fato da camareira ter entrado "casualmente" na suíte em que estava hospedado o diretor presidente do FMI, já que o costume de todos os hotéis, de uma/duas/três estrelas ou mais é o hóspede entregar a chave ao sair e a portaria comunicar à camareira que "pode limpar a suíte tal que o hóspede acaba de sair", e tive experiência ao me hospedar por três anos seguidos em hotéis e nunca uma camareira entrou em minha suíte na minha presença.
E "casualmente" também o hóspede era Strauss-Khan, que estaria contrariando os interesses de grandes banqueiros internacionais, e "casualmente" era apontado como candidato à Presidência da França, favorito na disputa contra o Presidente Sarkozy, e "casualmente" a camareira se equivoca ao entrar indevidamente na suite.
Mas, vejam vocês, "casualmente" mais uma vez, a camareira entra na suíte indevida e encontra o hóspede "cheio de amor para dar", com os instintos sexuais a flor da pele e a obriga a um sexo que jamais uma pessoa que tem amor a própria pele faria, colocando em risco uma das partes mais sensíveis, senão a mais.
Não será fácil Strauss-Khan provar sua inocência, vai depender da interpretação da justíça, mas mesmo provando, talvez os danos sofridos sejam irrecuperáveis.


Publicado no Diário da Liberdade
Publicado no Alerta Total – Jorge Serrão
A oligarquia financeira contra Strauss-Kahn ou
Conspiração não é teoria, é prato de todo dia
Adriano Benayon * – 20.05.2011


A arbitrária prisão de Strauss-Kahn, sem que tenha havido reação de monta da opinião pública mundial, é exemplo emblemático da tirania imperial anglo-americana. Há dois fatores principais a explicar a aceitação ou a indiferença diante de fato de tal gravidade: a desinformação e a covardia.


Os conduzidos pela mídia metem-se a dar opiniões. Aventam várias pretensas explicações, como: o homem teria enlouquecido; era viciado em sexo; os homens não sabem conter a libido etc.


Não pensam nas razões lógicas: 1) Strauss-Kahn foi envolvido em complô, porque incomodava os banqueiros ávidos em sugar, ainda mais, os povos da Europa, esmagados por dívidas suscitadas por esses banqueiros;  2) liderava as pesquisas para a eleição presidencial da França, muito à frente de Sarkozy, instrumento da oligarquia anglo-americana.


A muito poucos ocorre que Strauss-Kahn pode estar sendo submetido injustamente a terríveis humilhações, sofrendo danos morais e materiais, tendo sua reputação destruída, sem ter cometido falta alguma. Linchado publicamente, porque desagradou os concentradores mundiais.  


O que também contribui para que tantos descartem o óbvio e o lógico, em favor de julgamentos apriorísticos? Antipatia em relação aos que alcançaram altas posições, quando apanhados em supostos delitos. Chega a haver a exploração demagógica desse sentimento, por parte do sistema de poder - que vive só de injustiças e hipocritamente faz o povo acreditar que nos EUA figurões são punidos, e que o caso indicaria mais uma virtude do sistema de governo desse país.


Entretanto, os membros e servidores mais altos da oligarquia, regiamente pagos fizeram mil fraudes nos bancos, nas agências reguladoras, no FED e no Tesouro dos EUA e não foram punidos, mesmo tendo causado a brutal depressão que dura desde 2008. Essa se traduz na duplicação do número de desempregados, na supressão de benefícios sociais e em mais de dez milhões de pessoas perdendo suas casas para os bancos.


A falsa crença na democracia estadunidense - formada através da lavagem cerebral gigantesca por parte dos formadores de opinião -  ignora, por completo, a realidade ali  implantada, a saber, o estado policial a serviço da oligarquia.
Vamos aos fatos. Nenhum de nós é Deus para saber – hoje, ou mesmo daqui a meses – se aconteceu o suposto atentado sexual atribuído ao diretor-geral do FMI.  Quem quer que afirme ter isso realmente ocorrido não tem base alguma.


Não houve flagrante, o que já basta para demonstrar o absurdo da prisão “preventiva”. Além disso, como apontaram observadores, não é comum uma camareira de um hotel de luxo entrar num apartamento "pensando que estava vazio".  Ademais, passaram-se três horas entre o  alegado atentado e a comunicação à polícia. Depois de o advogado de Strauss-Kahn ter informado que este deixara o hotel antes do horário alegado, é que a polícia o retificou para uma hora a mais.


O jornal London Evening Standard mencionou, em 18.05.2011, que  Strauss-Kahn falara, duas semanas antes, com jornalistas do Libération, de Paris, sobre a possibilidade ser montada contra ele uma armação, em que ofereceriam, para acusá-lo, 500 mil a 1 milhão de euros a uma mulher estuprada num estacionamento, por exemplo.


Ora, como a pretensa vítima não fez queixa imediata? Por que, se Strauss-Kahn estava no hotel, não foi confrontado com a tal camareira e com eventuais testemunhas?


De fato, os EUA tornaram-se um estado policial e, já antes disso, os serviços secretos do País organizaram o assassinato do presidente John Kennedy, em 1963, o de Robert Kennedy, sagrado candidato na Convenção de seu partido (1968), e o do Papa João Paulo I (1978). Procederam, ainda, à implosão das torres gêmeas (2001), quando os aviões com islâmicos foram apenas ingrediente para fomentar o terror no seio da população e “justificar” as agressões ao Afeganistão e ao Iraque.


Ao lado do uso campeante de drogas, da prostituição disseminada, por exemplo, em toda Nova York, combinam-se, há muito tempo, nos EUA, resquícios do puritanismo com um feminismo agressivo e  fascista, de tal modo que se tornou corriqueiro mulheres simularem atentados sexuais para obter consideráveis vantagens pecuniárias.


Um conhecido – insuspeito até por não ser crítico consistente do imperialismo anglo-americano - narrou-me fato, vivido em Nova York, quando trabalhou na ONU. Estava com seu diretor, num prédio, aguardando o elevador, quando este parou no andar, nele estando somente uma mulher e de boa aparência. Meu conhecido moveu-se para o elevador, quando seu chefe segurou-o pelo braço. Só depois que o elevador passou novamente, um tanto cheio, os dois o adentraram. Explicou-lhe o diretor: se a mulher resolvesse, ao saírem, atirar-se ao solo e gritar, poderia depois exigir quantia absurdamente alta para retirar queixa de tentativa de estupro.


Atribui-se a Strauss-Kahn ser chegado a conquistas, mas se ele, com 62 anos, até hoje nunca fora acusado de tentar estuprar alguém, é inverossímil que agora o tenha feito com uma camareira de hotel, ao que se diz, pouco atraente. Altamente situado e rico, Strauss-Kahn, não deveria encontrar muita dificuldade em ter amantes. Por fim, não é plausível que se expusesse a um incidente do tipo, mormente sabendo que poderosos interesses preparavam algo contra si.


Já se podem explicitar os motivos para destituir o chefe do FMI que estava transformando a instituição. Antes, relembre-se que só têm sido envolvidas em tais escândalos personalidades que agiram em favor, seja de seu país, seja de outros povos sugados pela oligarquia.


Julien Assange também foi acusado de crime sexual, por duas mulheres, na Europa. Não está preso, mas chegou a ser, na  Inglaterra, cérebro do império. Assange não ocupa função pública, nem nacional nem internacional. É o fundador do Wikileaks. O que ele tem em comum com Strauss-Kahn? Ter contrariado a oligarquia financeira.


O mesmo que o ex-Procurador-Geral e ex-Governador do Estado de Nova York, Eliot Spitzer. Este se notabilizou por combater efetivamente as falcatruas dos financistas de sua cidade, grande centro da finança mundial, e se afastou após ter sido acusado de estar com prostitutas.


Vejam este trecho de artigo de Daniel Tencer, publicado em GLOBAL RESEARCH, 28.07.2008 (tradução minha):

“O FED (Reserva Federal) – o órgão quase autônomo que controla a oferta de moeda dos EUA – é um “esquema tipo Ponzi”, que criou bolhas após bolhas na economia dos EUA e precisa tornar-se responsável por suas ações, diz Eliot Spitzer ...
Segundo Ratigan, o FED trocou maus créditos bancários por US$ 13,9 trilhões em dinheiro, que deu aos bancos em apuros. Spítzer construiu reputação como ‘o xerife de Wall Street’, por ter, quando procurador-geral, perseguido seriamente os crimes empresariais, e depois renunciou ao cargo de governador do Estado por causa de revelações de que pagou prostitutas. Spitzer pareceu concordar com Ratigan em que o resgate daqueles bancos representa o maior roubo e a maior ocultação de crime de todos os tempos.”

A desmoralização Spitzer, Assange e agora a de Dominique Strauss-Kahn (DSK) são de grande interesse do sistema de poder tirânico da oligarquia. Desde 1945/46, quando o FMI começou a operar, nenhum de seus diretores foi vítima de escândalo desse tipo. Por que agora DSK o foi? Antes dele todos se tinham mantido dentro da rígida ortodoxia, de o FMI agir inflexivelmente com os países com dívidas infladas por regras e procedimentos fraudulentos.


Ao ser preso, de forma humilhante, dentro do avião em que seguiria para Paris, DSK ia a reunião sobre a gravíssima crise dos países europeus mais afetados pelos desmandos financeiros dos grandes bancos, que levaram esses países a elevadíssimas dívidas públicas.


Fontes bem informadas junto a serviços de inteligência dos EUA indicaram que os maiores banqueiros da Europa estariam por trás da trama contra DSK, pois este se mostrou contrário a impor privatizações e políticas que arrasariam ainda mais as economias dos países endividados, prejudicando-os com danos ainda maiores ao emprego e à produção.

Recomendo aos fluentes em inglês acessar o site “Global Research” e ler o artigo de Paul C. Roberts, de 18.05.2011, “The Strauss-Kahn Frame-up: The American Police State Strides Forward”. Roberts é excelente economista e ocupou alta posição na administração de Ronald Reagan.

Roberts cita, nesse artigo, recentes declarações de Joseph Stiglitz, prêmio Nobel, ex-diretor do Banco Mundial e notável critico dos desmandos que levaram ao colapso financeiro em 2007-2008, bem como declarações do próprio DSK, as quais implicavam sentença de morte para este último, porquanto desnudam a perversidade do sistema financeiro dominante, verdadeira bomba de nêutrons sobre as estruturas produtivas dos países.

Concluindo, a brutal e injustificável prisão de Strauss-Kahn constitui marco  decisivo na questão de se a oligarquia anglo-americana continuará  desfrutando de seu poder tirânico sem objeção efetiva de quem quer que seja. O processo na “Justiça” norte-americana é do gênero prenunciado, há mais de cem anos, por Franz Kafka, na obra “Das Prozess”, e uma reedição dos processos da tirania nazista.  


Os franceses, inclusive de outros partidos que não o de DSK, deveriam insurgir-se contra a absurda detenção do diretor-presidente de uma instituição financeira internacional, o FMI, que tem todo direito a imunidades semelhantes às diplomáticas, e só está nos EUA, por ter essa instituição sede ali.


Aliás, todos os países deveriam retirar seus diplomatas e funcionários da ONU em Nova York, por falta de garantias para estes exercerem livremente suas atividades. Os latino-americanos, além disso, teriam de retirar seus diplomatas também da OEA, sediada em Washington, DC.


Deveria haver intensa campanha na França, por parte dos verdadeiros socialistas e dos reais amantes da liberdade, para exigir a liberação de Strauss-Kahn e para insistir em que ele seja candidato, capaz que é de derrotar Sarkozy. A exposição do golpe - e de quem lucra se esse golpe policialesco tiver êxito – contribuiria para a vitória eleitoral de DSK.


Vejamos se há gente dotada de coragem e de decência ou se vai prevalecer a covardia, somada aos interesses dos rivais e de grupos que não desejam DSK à frente da França.


Em tempo: Strauss-Kahn foi liberado, sob pagamento da fiança no valor de US$ 1,6 milhão, pouco depois de ter renunciado ao cargo de diretor-geral do FMI. Antes, havia sido rejeitado o pedido nesse sentido. Não terá sido a renúncia ao cargo, a condição para poder responder ao processo em liberdade?
*  - Adriano Benayon é Doutor em Economia. Autor de “Globalização versus Desenvolvimento”, editora Escrituras. abenayon@brturbo.com.br

quinta-feira, 16 de junho de 2011

ABUSO DE CRIANÇAS... ESCRAVIDÃO... IMPUNIDADE... ATÉ QUANDO?

14/06/2011 - 07h00 - De EDSON SARDINHA
Prefeito “Amigo da Criança” acusado de explorar menores o Deputado Beto Mansur responde desde 2004 a processo por trabalho escravo, inclusive de menores de 18 anos, em sua fazenda em Goiás.

De 2004 para cá, Beto Mansur (PP-SP) concluiu sua gestão à frente da prefeitura de Santos (SP) - quando ganhou o prêmio “prefeito amigo da criança”, cumpriu um mandato inteiro de deputado, reelegeu-se e avança em seu quinto ano consecutivo na Câmara.

Neste período de intensa atividade política, ele esteve acompanhado, a todo instante, por uma denúncia que se arrasta na Justiça e parece ainda estar longe de um desfecho. Há sete anos, o deputado é acusado de ter mantido 46 trabalhadores em condição análoga à de escravo em duas fazendas no interior de Goiás. Entre eles, havia sete menores de 18 anos. Dois tinham apenas 14 anos na época. Dono da propriedade, Mansur diz que “não aprovava” se “eventualmente” algum trabalhador foi impedido de deixar a fazenda por dever alimentos comprados no serviço. E nem tinha conhecimento da presença de menores.

No Supremo Tribunal Federal (STF) desde o começo de 2007, o caso do deputado é o que está mais atrasado entre as três denúncias por trabalho escravo movidas contra parlamentares na mais alta corte do país. O inquérito (fase preliminar de investigação) a que ele responde ainda não recebeu parecer da Procuradoria-Geral da República.

A denúncia já havia sido aceita pela Justiça Estadual de Goiás em 2006, mas o processo acabou dando um passo atrás ao ser remetido para o Supremo, onde tramitam as apurações contra deputados, senadores e outras autoridades federais.


Esta é a triste realidade de nosso Brasil... escravidão e impunidade.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

ESCRAVIDÃO "ISTO É UMA VERGONHA"

"Pressionado pelos ruralistas, com receio de perder um novo embate após o Código Florestal, governo, apesar do PT, não estabelece como prioridade votação do projeto que expropria as terras de quem é acusado de escravidão."

Como diria Boris Casoy : "ISTO É UMA VERGONHA".

O bloco rural, que defende os grandes proprietários de terra pressionam o governo para adiar a votação do projeto que expropria as terras de quem é acusado de escravidão. Deveriam era estar presos por entenderem que a escravidão não é crime, pelo desejo de enriquecerem cada vez mais com a exploração da população.

É triste ver em nosso Brasil deputados e senadores agirem desta maneira, demonstrando o nível de nosso Congresso nos dias de hoje.

Por estas e por muitas outras é que alguém disse :

"O Congresso Nacional é um local que: Se gradear vira zoológico, se murar vira presídio, se colocar uma lona em cima vira circo, se colocar lanternas vermelhas vira prostíbulo 
e se der descarga não sobra ninguém."


Mas parece que eles não estão nem aí...

terça-feira, 14 de junho de 2011

DESEMPREGO E POBREZA SE ALASTRAM NOS EUA


FONTE: BLOG DE MEU AMIGO ZENO OTTO
Se esses fatos ocorressem no Brasil a “véia” mídia faria um estardalhaço gigantesco. Como eles acontecem na terra dos verdadeiros patrões dessas “viaturas de informação” e não dá para transferir a culpa ao governo dos brasileiros, o negócio é se “fazer de salame” (cara de paisagem).

Imagem Activa
desemprego empurra milhares de norte-americanos para a miséria absoluta.

As consequências da crise capitalista seguem contundentes nos Estados Unidos. De acordo com os dados divulgados pelo Departamento do Trabalho, cerca de 14 milhões de norte-americanos (é como se fosse toda a população adulta do Paraná, Santa Catarina e R.G.do Sul) encontravam-se desempregados no final da semana passada, cifra que eleva para 9,1% o total de trabalhadores naquela situação no país.

A pressionar o segundo maior índice de desemprego registrado no ano de 2011 está a fraca criação de postos de trabalho por parte do setor privado, apenas cerca de 54 mil durante o mês de maio, dizem as estatísticas oficiais.

A situação não deve melhorar durante o corrente ano, já que grandes empresas, como a Boeing, por exemplo, continuam a anunciar demissões coletivas. Só a construtora de aeronaves prevê rescindir o vínculo com mais de 500 trabalhadores, apresentando como justificativa o fim do trabalho para o programa espacial.

No setor público, por outro lado, já foram despedidos, desde 2008, aproximadamente 446 mil funcionários públicos, sobretudo na Educação, total ao qual acrescem outros 28 mil trabalhadores estatais e municipais despedidos durante o mês de maio.

Fome em Nova York
Para além do desemprego, a pobreza extrema é outro dos flagelos mais sentidos pelo povo norte-americano no quadro da crise sistêmica. Só em Nova York existem 1,4 milhões famintos, revela a Coligação Contra a Fome daquela cidade. Segundo a organização, entre estas, cerca de 40% são crianças.

A corroborar os dados da ONG, o gabinete de estatísticas local alertou que o índice de pobreza entre os nova-iorquinos cresceu 14,2 e 15,8% em 2008 e 2009, respectivamente. Números destes não se registravam desde 1992.

As vítimas da fome são cidadãos que têm perdido seus empregos ou imigrantes sem documentados que não encontram trabalho. Em condados como Queens ou em outros da grande cidade, há áreas onde se concentram os chamados trabalhadores por dia em espera de contratos para fazer qualquer tipo de trabalho. A Coalizão já tinha advertido que em 2009 um em cada oito lares na Grande Maçã foi qualificado pelo Governo Federal como “carenciado de alimento”, ou seja, que não têm dinheiro para comprar comida.

Por sua parte, o Escritório do Censo alertou que o índice de pobreza na cidade de Nova York cresceu de 14,2 por cento em 2008 a 15,8% em 2009, aumento que não se registrava em 19 anos. Estima-se que um da cada quatro hispanos não pode satisfazer suas necessidades básicas de alimentação, vestuário, moradia e saúde, enquanto mais de um de quatro meninos latinos vivem na penúria.
9/6/2011 8:25,  Correio do Brasil, com agências internacionais - de Nova York

FAZER OPOSIÇÃO É MUITO FÁCIL...

FONTE: BLOG DO MEU AMIGO ZENO OTTO
Quando a oposição não sabe fazer nem isso... é muito ruim para o Brasil.

Durante mais de 180 anos os partidos de direita governaram o Brasil, sempre com o apoio das grandes empresas de “informação”, que na realidade, nunca passaram de assessoria de imprensa desses partidos.

Mesmo assim esses partidos perderam mais do que as 3 últimas eleições presidenciais e grandes espaços nas eleições estaduais e municipais, perderam o rumo, não criaram lideranças novas e naturais e perderam as velhas. Eu diria mais: perderam o juízo!

As grandes empresas de mídia também perderam muitos leitores, ouvintes, telespectadores e perderam o fundamental: credibilidade. Devem estar se sentindo como se tivessem 4 enormes estádios e não tivessem nenhum time (partido) para disputar o campeonato. Parece que a única opção que encontraram foi melar o campeonato.
 Imagem Activa
A ação tão evidentemente manipuladora dos meios já é reconhecida de uma forma geral da população, e esse resultado não pode ser reduzido ao simples chavão "o povo ainda continua acreditar no governo porque não lê os jornais" (Joaquim Aragão).

Bom seria se a oposição entendesse melhor o que é fazer uma oposição inteligente visando ganhar as próximas eleições. Entendesse que não se vota em partidos que só sabem criticar e criar crises. A oposição precisa demonstrar com idéias inovadoras, aglutinadoras, estimulantes, otimistas, como seria seu governo. Falta talento. Faltam idéias. Falta profissionalismo.

Para isso, seria necessário um grande trabalho de garimpagem e preparo de novas cabeças, com uma visão mais arejada dos novos tempos. Mas isso seria desalojar os chefões atuais. E isso eles não querem.

E, é bom não esquecer, que o partido do governo já não é mais o mesmo faz tempo. Com uma oposição mais inteligente e preparada, o governo teria que “caprichar” mais e isso seria muito bom para todos os brasileiros.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

CASO CESARE BATTISTI

A questão que envolve a extradição ou não de Cesare Battisti foi explorada à exaustão pela mídia e a oposição ao Governo.


Aliás, a mídia que defende sempre os mesmos e por consequência ataca sempre os mesmos colocou a situação do italiano como uma questão de que se estaria ofendendo os direitos italianos de ter o suposto assassino de volta, e falamos suposto porque a primeira acusação que se ouviu de autoridades italianas foi a de que Cesare Battisti pertenceria a um grupo que teria cometido inúmeros crimes na Itália, este o fato, a versão é de que ele teria cometido os crimes, os assassinatos.

A oposição e a mídia ataca o problema reforçando a idéia de que os direitos italianos com referência à extradição deveriam ser respeitados. Mas e os direitos e a soberania brasileira não têm que ser respeitados também? Há pouco vimos na TV a resposta do conceituado jurista Dalmo Dallari à uma pergunta da repórter, que disse que seria uma questão da Constituição Brasileira que confere ao Presidente da República a responsabilidade de aceitar ou não o pedido de extradição de quem quer que seja.

A grande mídia, Globo, Estadão, Folha de São Paulo, Veja, etc.etc. fazem que não sabem destes detalhes e tentam se arvorar de "opinião pública", falando que a população brasileira quer isto ou aquilo.
É claro que nem todos sabem que o Presidente tem a prerrogativa constitucional de agir neste caso, nem eu sabia oficialmente que seria assim, mas ao ouvir o Doutor Dallari, me esclareci sobre o assunto, sem deixar-me levar por jornais e revistas que tentam fazer uma lavagem cerebral em quem não reza por suas cartilhas.

O espaço que a grande mídia dá à situação, com reportagens ouvindo autoridades italianas e aqui no Brasil mesmo, direcionando as perguntas a quem é contra as atitudes tomadas pelo governo brasileiro é que levam brasileiros que não conhecem com profundidade o assunto a ficarem indignados com o caso, manipulados por uma imprensa facciosa.

Se a grande mídia fosse sempre contestadora, sempre acusando responsavelmente, provavelmente já teríamos resolvido os problemas da educação, saúde, segurança e do abismo que separa os que tem mais daqueles que nunca tiveram nada, por uma concentração de renda criminosa, mas sempre, mesmo quando tivemos os governos neoliberais.

Causa indignação o encaminhamento de questões como esta pela oposição e pela grande mídia que tenta enganar a população.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

EXTREMA ESQUERDA E EXTREMA DIREITA

Na sua coluna de hoje em "O Globo", dentro das características de pensamento que regem as análises de 90% de seus jornalistas, economistas e colunistas, Merval Pereira se remete ao perfil que caracterizam as ideologias políticas em nosso País, falando que extrema direita, direita, centro, centro, esquerda e extrema esquerda deveriam ser colocadas dentro de um mesmo "saco".
Este pensamento é o que defendem os partidos de ideologias de extrema direita, direita e centro direita, que não gostam de ser chamados de políticos de direita, porque o Brasil foi governado a vida inteira por políticos de direita, e os de esquerda que assumiram, como Fernando Henrique Cardoso que nem em Deus acreditava, se entregaram ao poder dos neo-liberais, apenas procurando atacar os problemas sociais timidamente, mais para se mostrar aos eleitores que são sensíveis a isto.
A direita brasileira por estes motivos esta estigmatizada abomina ser chamada assim.
Mas Merval, que sempre defende os interesses da direita radical, uma vez até sugeri que assinasse ficha no PFL, recebendo até a sugestão de que não lesse mais sua coluna, escreve esta matéria hoje, colocando todos no mesmo "saco", no interesse de convencer aos seus leitores de que hoje os partidos são todos iguais.
É claro que em quase todos os partidos tem pessoas de todas as ideologias principalmente por interesses característicos regionais, na busca por espaços para se eleger, mas para quem acompanha no dia a dia os passos dos políticos é possível separar "o joio do trigo", percebendo quando o político esta fora de sua turma.
O único governo de esquerda no Brasil foi o do Presidente João Goulart, nem Getúlio foi tanto, e quem acompanhou a queda de Jânio Quadros e a posse de João Goulart, só acontecida pela interferência de Leonel Brizola com a deflagração da "Legalidade".
E o Presidente João Goulart caiu pelo "golpe das elites", na realidade quem chamou os militares para os apoiar foi a elite brasileira, quando o governo de Goulart expôs as "Reformas de Base", cujo conteúdo continha o que hoje é motivo de grandes discussões, o desmatamento, a conservação das margens de rios, a mesma que esta por aí hoje pensando só em lucros.
Depois de João Goulart temos em Lula o presidente mais próximo da ideologia de esquerda, preocupado com as classes menos favorecidas, com o "Bolsa Família", tirando mais de 20 milhões da linha de miséria, com vale gás, etc.etc..
E Lula para se transformar realmente em presidente de esquerda, só faltou resolver o problema da educação, da saúde e diminuir os lucros exorbitantes dos bancos, o que esperamos que a Presidente Dilma o faça, apesar das dificuldades que vai enfrentar.
Aproveitamos esta oportunidade para parabenizar Merval Pereira por transformar-se em "imortal" da Academia Brasileira de Letras, felicidades.
Lemos todos os dias a coluna de Merval Pereira, sentimos falta quando tira alguns dias de folga, creio que é até pelo contraditório.