domingo, 23 de setembro de 2012

AS ARTIMANHAS DA DIREITA / MARINA SILVA


Das páginas da web: "Deite que vou te usar".

Já escrevi matéria sobre o assunto Marina Silva/PV, mas entendo não ser demais repetir, esta no meu blog.
A direita paulista tem usado da estratégia de buscar estrategicamente cooptar os partidos de esquerda e, pior, alguns se entregam.
Porque Marina Silva deixou o PV depois das eleições de 2010? Porque foi traída pelos correligionários de São Paulo que sugeriram em reunião que não apoiassem nem Serra nem Dilma, sabiam que Marina não apoiaria Serra, e eles apoiaram Serra, já que tinham filiados no Governo do Estado (PSDB) e na Prefeitura Municipal (DEM).
E a última agora? Roberto Freire (PPS) (da esquerda, até comunista) que veio de Pernambuco "de mala e cuia" para assumir cargos nos governos de Serra e de Kassab e ofereceu a sigla para Marina Silva, convite claro que declinado por ela! É mole ou quer mais?
A estratégia da extrema direita tem sido tentar a cooptação de partidos de esquerda.
Sabem aquela expressão que esta na web agora "deite que vou te usar"? É a expressão mais adequada para as artimanhas contra a esquerda, e creio que o próximo  a ser tentado é o PSOL.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A DIREITA EM QUEDA


Por esta matéria de Nassif dá para perceber o prejuízo que foi para o nordeste os anos de 2002 para trás, políticos de direita enganavam a população com  "caminhões d'água.
E não entendem porque perdem eleições.
 

Assunto: A versão moderna dos arranjos produtivos locais


Pernambuco e o fator nordeste

Coluna Econômica - 14/09/2012
 
Secretario da Fazenda de Pernambuco, Paulo Câmara substituiu o governador Eduardo Campos no Seminário Brasilianas sobre o Nordeste e trouxe algumas informações sobre o modelo de desenvolvimento de Pernambuco.
Hoje em dia, o nordeste tem população de 28% do total brasileiro e seu PIB representa apenas 13,5%. 51% da população recebem apenas um salário mínimo. O índice de analfabetismo é de 17% contra 9% do Brasil.
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Nos anos 40 e 50 o nordeste cresceu a 3,2% ao ano; na década de 50, a 5,8%.
Em meados da década foi criada a Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste), tendo como primeiro superintendente Celso Furtado.
Com o binômio Sudene-Finor (Fundo de Investimento no Nordeste), a região cresceu nos anos 70. E estagnou a partir dos anos 80 quando estourou a crise econômica brasileira e esgotou-se a capacidade de financiamento do Estado.
Foi a década perdida, com crescimento de 2,7% ao ano.
A década de 90 foi pífia, com a região crescendo a 2% ao ano. Culminou com 2002. Para corrigir abusos da Sudene e do Finor, extinguiram-se ambos. A região ficou sem instrumentos de estímulo às empresas. A saída foi uma enorme guerra fiscal que, de qualquer modo, ajudou a atrair muitas empresas para a região – mas exclusivamente atrás de incentivos fiscais e de mão de obra barata.
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Os modelos de planejamento brasileiros foram demolidos nos anos 80 e 90. De escritórios de engenharia a fundações estaduais, poucos sobreviveram.
Pernambuco abeberou-se da tradição de estudos da Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste) e da Fundação Joaquim Nabuco. Depois, da assessoria do MBC (Movimento Brasil Competitivo), que ajudou a consolidar métodos gerenciais na gestão de governo.
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Os fatores que levaram ao renascimento do nordeste são muitos. De um lado, a Lei de Responsabilidade Fiscal, ajudando os estados a enquadrar suas contas. Depois, as políticas de proteção social, com valorização do salário mínimo, aparecimento de nova classe social e novo modelo de desenvolvimento.
Mesmo com problemas de implementação, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) trouxe nova dinâmica de investimento em infraestrutura para a região.
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Agora, o desafio é criar segurança para o investidor e aprimoramento da mão-de-obra através da educação.
Um dos grandes problemas da educação é o fato de que a educação básica, estar nas mãos de municípios. O grande desafio é montar modelos que criam formas decisivas de indução dos municípios a promover a educação básica.
Pela legislação tributária, 25% do ICMS vão para municípios. 75% desse total são distribuídos proporcionalmente ao que é gerado de ICMS no município. 25% são redistribuídos através de Lei Complementar.
O que o estado vez foi definir dez indicadores. O atendimento a cada indicador melhora a parcela adicional de ICMS ao municípios. Entre os indicadores, há a nota do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), os programas de saúde da família, indicadores de mortalidade infantil, localização de presídios, tratamento do lixo etc.
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Ainda há muita água para rolar no nordeste. Mas o ponto central das mudanças nordestinas foi o fato de, nos útimos anos, ter aposentado toda uma geração de coronéis da região, abrindo espaço para novas lideranças.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

O EXEMPLO QUE NOS VEM DA FRANÇA


DIREITA E ESQUERDA

No meu blog escrevi matéria onde falo que Lula nunca foi de esquerda, no máximo de centro-esquerda, por tudo aquilo que fez no governo, mais à esquerda do que o governo de extrema-direita de FHC, mas não de esquerda.
Falo mais à esquerda porque preocupou-se muito mais com as questões sociais, sem o falso de Sarney "TUDO PELO SOCIAL".
O Bolsa Família criado no governo FHC como Bolsa Educação, atingiu amplamente a população menos favorecida, tirando mais de 30 milhões da miséria absoluta e contribuindo para o comércio da região e o Empréstimo Consignado desafogou aos endividados que pagavam juros de até 16 %, passando a pagar menos de 2 % ao mês, a maioria por não terem seus benefícios reajustados como o salário mínimo, culpa de FHC que desindexou.
O que faz a diferença de direita e esquerda  são medidas como estas, um governo de esquerda, um Congresso de esquerda jamais iria acabar com a CPMF, obra de Arthur Virgilio (PSDB) e do DEM, que só favoreceu aos ricos, pobre nem chiou, só as elites que pagavam um imposto que não poderia ser sonegado.
E agora nos vem da França um exemplo.
O Presidente francês socialista, portanto de esquerda, François Hollande assumiu o governo da França, de Nicolas Sarkozy, conservador de extrema direita, em situação de miséria, com graves conflitos sociais.
O eleitor francês elegeu Hollande porque o governo de extrema direita de Sarkosy foi uma decepção e já demonstra ser uma opção real de esquerda, ao demonstrar o desejo de taxar os mais ricos em 75 %. A França, segundo ele, necessita de 30 bilhões de euros para equilibrar seu orçamento, 20 bilhões advindos do aumento de impostos e 10 bilhões em corte de gastos públicos.
Hollande é o primeiro presidente socialista em 17 anos e pretende tomar atitudes radicais como esta para tirar o país desta situação insustentável, mas como é natural, sofrerá distúrbios porque as elites não querem nunca perder suas riquezas, nem que seja para diminuir a miséria, aliás, como acontece no Brasil.
Quando a Presidente Dilma Roussef assumiu postamos em nosso blog que, para demonstrar ser de esquerda, não de centro-esquerda como Lula, teria que melhorar sensivelmente a nossa saúde e educação públicas e é o que esperamos.
Esta atitude do Presidente François Hollande bem que poderia servir de exemplo para uma atitude similar em nosso País, mesmo com a contrariedade do Partido da Imprensa Golpista  e das elites.

BLOGUEIROS INDEPENDENTES ATACADOS POR RICARDO NOBLAT



Ricardo Noblat, colunista de "O Globo", conglomerado que integra o PARTIDO DA IMPRENSA GOLPISTA junto com o Estadão, Folha de São Paulo, revista Veja, etc. resolveu hoje nos atacar com infâmias próprias da grande mídia que esta sempre a serviço dos mais inconfessáveis interesses, desde o apoio à "ditadura das elites", à campanha vergonhosa do desarmamento e aos candidatos que têm perdido eleições porque sem propostas.
A grande maioria, entre os quais me incluo, não tem vínculo direto com governos, defende aquilo em que acredita, manifestando a contrariedade daquilo que jornais, TVs, rádios e revistas tentam impor ao povo brasileiro, colocando como se fosse o reflexo da "opinião publica".
Começa Ricardo "Merval Pereira" Noblat por utilizar a sigla PIG, como se fosse "partido da imprensa governista" até nisto tentando confundir, quando o motivo que nos leva ao contraponto com a grande mídia é justamente o fato de sermos os "sem mídia", obrigados a utilizar a internet para divulgar nossas opiniões.
Este ataque de Noblat deve-se principalmente a matéria de Nassif, que fala da arrogância do Ministro relator Joaquim Barbosa, claramente, e daí tece suas ilações mentirosas, acusando indiscriminadamente blogs, sites e portais como se recebessem algum apoio financeiro do governo quando eles sim, através da concessão governamental usufruem de polpudos benefícios financeiros através da publicidade.
Quem recebe indiretamente das elites brasileiras é a grande mídia, que perde dia a dia a credibilidade, tanto é que têm se dado mal naquilo que defendem, perdendo eleições em cima de eleições, desde 2002, com Serra, Alkmin e Serra, para Lula/Lula e Dilma.
Nós somos independentes, mesmo, não somos pagos por ninguém, muito menos pelo PARTIDO DA IMPRENSA GOLPISTA, da grande mídia que agora nos ataca, como Noblat, Merval e outros.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

O QUE ACONTECE COM A ESQUERDA BRASILEIRA?


A centro-esquerda brasileira corre um sério perigo, todos os anos a direita junto com a extrema direita avança e coopta uma parte considerável de políticos que não têm uma sustentação ideológica forte que não aceite as ofertas tentadoras.
O PPS, ex-partido comunista, sob as ordens de Roberto Freire, transferiu-se de Pernambuco de "mala e cuia" para São Paulo, atendendo aos acenos de José Serra (PSDB), Governador e Gilberto Kassab (PSD-ex-DEM) Prefeito, e tiveram diversos correligionários contratados para trabalhar no Governo do Estado e na Prefeitura.
Não satisfeitos Kassab e agora Alkmin, nomearam para a Prefeitura e Governo de São Paulo correligionários do PV, tomaram conta do partido.
Em 2010, depois do 1º turno, a cúpula do PV paulista convocou reunião em São Paulo para decidir o apoio para Dilma Roussef ou José Serra. Como a direção paulista do PV sabia que Marina jamais apoiaria Serra, votou por não apoiar nenhum dos dois.
Só que, na maior "cara de pau", o PV paulista apoiou Serra, dando retorno aos empregos que tinham conseguido nas administrações Kassab/Serra/Alkmin, traindo Marina Silva.
E o PSDB apoiou Gabeira, do PV, para a Prefeitura do Rio, contra Eduardo Paes (PMDB).
Mas qual é o próximo passo da direita nesta direção, da cooptação da esquerda?
O grupo do qual faz parte Gerhard Boehme, da direita conservadora retrógrada, já deu com a "língua nos dentes" e a próxima vítima é o PSOL, já começam a dizer que o partido de Chico Alencar, deputado federal e Freixo, candidato a Prefeito no Rio de Janeiro é o único que tem novas idéias, para usar o PSOL como usou Marina Silva e o PV para levar a eleição para o segundo turno em 2010, e até falavam para eleitores da candidata Dilma Roussef "agora vamos de Marina, para mudar".
Que o PSOL e Chico Alencar não caiam no "canto da sereia", não permitam que a ideologia partidária seja sobrepujada pelas ofertas da direita que certamente virão, já faz parte das estratégias do PSDB/DEM dividir a esquerda, usá-la da pior maneira possível.

O PSDB DESABANDO...


Os erros de Serra nas eleições de 2010, quando abusou de críticas e acusações em vez de apresentar propostas
estão custando caro, deixaram sequelas...

O fim da geração das diretas


Coluna Econômica - 03/09/2012

As pesquisas eleitorais da semana passada – IBOPE, DataFolha e Vox Populi – marcam definitivamente o fim de uma era na política brasileira.
Mostraram a candidatura de José Serra à prefeitura de São Paulo desabando em todos os níveis e, particularmente, entre eleitores do PSDB. Parte migrou para o candidato Celso Russomano, parte menor para Gabriel Chalita.
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Serra morre politicamente, mas arrasta o partido consigo. Não fosse seu estilo trator, sua incapacidade crônica de permitir o florescimento do novo, o PSDB paulistano estaria com Gabriel Chalita em boa colocação, sem um centésimo da taxa de rejeição do candidato oficial. Ou estaria com José Aníbal, tucano histórico que, em muitas oportunidades, sacrificou-se pelo bem do partido. Ou apostando em outro nome novo que, mesmo perdendo, lançasse as bases para a renovação partidária.
No entanto, percebendo o potencial político de Chalita, assim que assumiu o governo do Estado Serra iniciou um trabalho pertinaz de desconstrução da imagem do correligionário. Fez o mesmo com Aníbal e com quem mais pudesse, no futuro, despontar como liderança partidária.
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A insistência irracional de Serra em manter-se à tona, em pensar apenas no próprio umbigo, deixa o PSDB em posição difícil. E revela o derradeiro fracasso de FHC frente a Lula.
Até então, a política brasileira pós-redemocratização girava em torno dos políticos que ascenderam com a campanha das diretas. Houve dois partidos com perspectiva de poder – PSDB e PT – ambos dominados por oligarquias políticas da geração das diretas.
No caso do PSDB, houve um sopro de renovação trazido por Franco Montoro (quando governador de São Paulo pelo PMDB), mas com o partido focado em São Paulo. No caso do PT, uma base ampliada de militantes, permitindo revelar lideranças em outros estados, mas ainda assim com o centro do poder concentrado em São Paulo – dos sindicalistas e “igrejeiros” de Lula aos egressos da guerrilha, de José Dirceu.
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Lula percebeu os novos tempos, entendeu que havia se esgotado o ciclo de Aloisio Mercadante, Martha Suplicy e, de cima para baixo, impôs a renovação: pessoas com perfil administrativo, sem a pesada carga ideológica dos velhos militantes. Lançou Dilma Rousseff para a presidência e Fernando Haddad para a prefeitura de São Paulo.
FHC não teve o mesmo descortino. Em 2010 bancou a candidatura pesada de Serra à presidência, abortando o voo de Aécio Neves – no único momento em que o cavalo passou encilhado para o ex-governador mineiro. Permitiu que o partido ficasse nas mãos do inexpressivo Sérgio Guerra, fechou os olhos para o potencial de um Antônio Anastasia, governador de Minas, abriu mão das políticas inovadoras do Espírito Santo, perdeu o discurso socialdemocrata.
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Com Aécio demonstrando total falta de vontade de abrir mão da vida pessoal, sem abrir espaço para outras vocações, o PSDB perde o protagonismo.
Passados os efeitos dessas eleições, haverá um rearranjo da política nacional. Encerra-se a geração das diretas, entram outros protagonistas, como o governador de Pernambuco Eduardo Campos ou o prefeito do Rio, Eduardo Paes. E o próprio Anastasia como vice de Campos, se o PSDB tiver juízo.