domingo, 30 de março de 2014

O DESASTRE JOAQUIM BARBOSA...

Desde o início do julgamento da AP470 nos surpreendia a maneira radical na participação do ministro presidente do STF Joaquim Barbosa, no sentido de condenar a todos, mantendo e aumentando todas as acusações do MP, atuando mais como um promotor do que como o "relator" que deveria ser.
Mas, com o passar dos acontecimentos no julgamento, cada vez mais nos convencemos de que Joaquim Barbosa meteu o "pé pelas mãos", lamentavelmente.
É como aquele juiz de futebol que marca um pênalti erradamente e depois, vendo que errou, marca um para o adversário, errando duas vezes.
Ao ouvirmos a entrevista do ministro em que diz que não foi com o Presidente Lula à Africa, convidado que foi por duas ou três vezes, por entender que seria uma medida de "marketing", demonstra Joaquim Barbosa que lhe falta o sentido do apoio que merecem os povos africanos pelos anos e anos em que foram discriminados por países opressores.
O ministro demonstrou uma falta de sensibilidade grandiosa ao não perceber o ato do Presidente Lula ao nomeá-lo, o primeiro afro-descendente a assumir no STF, e viu, naquele momento, apenas o interesse do Presidente em usufruir de favorecimento em seus julgamentos, uma previsão não comprovada em nenhum momento.
Suspeito foi o convite à Aécio Neves, o único político na comemoração de sua nomeação, comprovado pela maneira que conduziu o julgamento.
E passo a passo fomos chegando a conclusão dos erros de Joaquim Barbosa, mesma opinião de renomados juristas brasileiros e da OAB.
Agora, o ministro Barroso devolveu a justiça comum o julgamento de Eduardo Azeredo (PSDB-MG), acusado no mensalão de Minas Gerais, o que surpreendeu a alguns, mas a nós não, foi acertada a medida tomada pelo relator, errada foi a atitude de Joaquim Barbosa, ao não aceitar o desmembramento da AP470, dentro do pensamento equivocado de que desejava responder ao Presidente Lula, quando uma resposta correta, com certeza, seria um julgamento imparcial, não como o juiz de futebol que erra duas vezes, o que significa dizer, o STF voltou ao juízo normal.

sexta-feira, 28 de março de 2014

CONTRA ATAQUE

política


Já se delineou no Senado e começa a ser montada na Câmara o contra-ataque do governo à CPI da Petrobras.

Partem-se de dois pontos iniciais.
O primeiro, o que o Planalto entende como articulação mídia-oposição em torno da CPI. Ficou claro ontem – segundo fonte do Palácio – com o Jornal Nacional preparando o terreno para o pronunciamento, em horário eleitoral, de Eduardo Campos e Marina Silva.
O JN enfatizou a perda de valor de mercado da Petrobras, abrindo espaço para o discurso da dupla.
No Planalto, foi visto como irresponsabilidade, desconsiderando contribuições da Petrobras ao país, em seus 60 anos de existência, o fato de ter desenvolvido o setor petroquímico, a produção interna de combustíveis, a prospecção petrolífera, as riquezas do pré-Sal – que, só no campo de Libra, gerou US$ 15 bilhões para o país.
O segundo ponto – segundo o Planalto - seria a intenção de, mais uma vez, enfraquecer a Petrobras com vistas a uma futura privatização.
Por que não o foco na Alstom e Siemens, em um escândalo de corrupção  que já envolveu trinta altos funcionários do governo de São Paulo, que contou com a complacência do próprio Tribunal de Contas do Estado?, indaga-se por lá.
Em 2009 o governo encarou uma CPI às vésperas das eleições. Agora, outra. Só que desta vez haverá o contra-ataque, que consistirá nos seguintes passos:
1.     A CPI terá 20 parlamentares da base e 6 da oposição. Segundo a fonte, serão escalados quadros qualificados para aprofundar nos temas.
2.     Segundo a fonte, já há jurisprudência permitindo o aditamento de CPIs, visando incluir outros temas.
3.     Os temas que se pretende agregar são o Metrô de São Paulo (que tem recursos do BNDES e do Banco Mundial); o porto de Suape, em Pernambuco; a Comgás de Pernambuco, que faz uma ponte estreita entre o porto e a Refinaria Abreu Lima.
A ideia será começar pelo Metrô de São Paulo, por ser o episódio mais antigo. E convocar, de cara, o ex-governador José Serra, o atual governador Geraldo Alckmin e políticos paulistas, como Aloizio Nunes e José Aníbal.
Segundo a fonte, essa estratégia foi acatada de forma majoritária pela bancada.

O fator Eduardo Cunha

Considera-se, no Planalto, que os últimos episódios isolaram o líder do PMDB na Câmara Eduardo Cunha. Outros partidos negociaram com o governo, assim como a bancada do PMDB no Senado. Os seguidores de Cunha acabaram ao relento e ele começa a ficar gradativamente isolado.

AS ELITES EM FESTA

A queda mostrada pelas pesquisas na popularidade da Presidente Dilma Roussef causou euforia nas elites, na grande mídia e na oposição.
A Bolsa de Valores em vista disto fechou em alta, a maior dos últimos 7 meses, de 3,5 % e o dólar caiu 1,73 %, ficando em R$2,268 porque, é natural, quem aplica em Bolsa são os ricos, os mais favorecidos, pobre, assalariado, quem precisa do "Mais Médicos" e do SUS, quem utiliza o "Minha Casa Minha Vida", quem faz empréstimos ocasionais e foi favorecido com a queda dos juros proporcionada pela medida do governo não aplica em Bolsa nem tem dólares para especular.
O que comentávamos com relação ao julgamento do escândalo do PSDB de Minas Gerais aconteceu, o STF devolveu o processo para a justiça comum, depois de negar aos acusados da AP 470, do PT, com todos os argumentos legais e nem tanto, o desmembramento.
Surpresa, ou "nem tanto" também, foi a falta de indignação do ministro Joaquim Barbosa que agiu como esperávamos.
Tudo indica que o escândalo que estourou no governo do PSDB de São Paulo, da compra de trens e do ISS e IPTU vai ter um julgamento "bem leve", sem a participação virulenta do "carrasco" do julgamento da AP 470 o ministro Joaquim Barbosa, já bem mais "calminho", corrupções já comprovadas, que deverão ser investigadas junto na CPI convocada pelo Congresso para concluir os estudos fundamentais para elucidar o que esta havendo na Petrobrás, cuja presidente Maria das Graças já declarou que "não ficará pedra sobre pedra".

    

quarta-feira, 26 de março de 2014

MAU TEMPO NA ECONOMIA

A agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) baixou o índice do rating soberano do Brasil, de "BBB" para "BBB-".
O Brasil vive o "mau tempo na economia" desde 2008, pelas tempestades que veem do exterior, iniciada com a "bolha americana" que desencadeou uma crise global.
Desde ontem economistas renomados fazem análises, sérias ou não, de acordo com suas opções políticas.
Maria da Conceição diz "o crescimento não é uma Brastemp" mas completa "ninguém come PIB". 
Mas a Standard & Poor's diz, também, que a nota de rebaixamento
deixa o Brasil com grau de investimento, fato que não é citado pela "grande e falsa mídia", com objetivos eleitoreiros, o País ainda é preferencial para os investidores estrangeiros.
Todos sabemos que diversas agências de classificação de risco perderam a credibilidade após 2008, algumas até quebraram, e o FMI é uma das maiores provas disto, errou feio em muitas oportunidades e prejudicou a economia de vários países, inclusive o Brasil.
Como estamos em ano eleitoral a imprensa que defende a direita pega pesado e põe mais "lenha na fogueira", mas o eleitor esta "vacinado", não se deixa enganar como antigamente.
Hoje Mendonça de Barros, que esteve com FHC em seu governo, diz que os tempos favoráveis do governo Lula não existem mais e a Presidente Dilma não percebeu.
Ora, numa economia global, onde o "cara dá um espirro" lá fora e transmite uma gripe aqui o governo é forçado a ir modificando suas estratégias e é o que o Brasil vem fazendo acertadamente.
A oposição vem agindo como fez na reeleição do Presidente Lula e na eleição de Dilma, só na base de críticas, o que já deu errado e vai dar de novo, sem apresentar propostas e projetos.