Um pouco de história: Em 2003, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) teve que contrair um empréstimo de US$ 4 bilhões com o FMI para pagar dívidas contraídas e entregar o governo a seu sucessor eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. O Brasil estava quebrado.
Lula elegeu-se presidente com o aval do empresariado, através do mineiro José Alencar, que garantiu a seus pares um governo equilibrado, que não os prejudicaria. Tanto é que por ocasião de sua reeleição, grandes empresários o apoiaram e Lula deixou o governo com 87% de avaliação positiva, comprovada por órgãos de pesquisa de reconhecida idoneidade.
Assim, Lula elegeu Dilma Roussef, que por sua vez buscou sua própria reeleição num pleito conturbado pela morte do candidato do PSB Eduardo Campos. A partir dessa tragédia, seguiram no páreo Dilma, Aécio Neves e Marina Silva - que por uma falsa pesquisa teria assumido a liderança das intenções de voto, o que não se confirmou porque não teria apoios a nível nacional. Com suas estruturas partidárias, PT e PSDB (este junto com o DEM), passaram então a disputar "palmo a palmo" a vitória.
A Presidente Dilma venceu a eleição e Aécio Neves, recalcado pela derrota e hoje afastado do senado por diversas denúncias de corrupção, declarou que não a deixaria governar, levando o país a uma grave crise. A irmã de Aécio já está presa como coadjuvante de seus crimes, e o mineiro logo deverá acompanhar seu destino.
Mas tudo isto ainda não mostra todas as dificuldades que o Brasil enfrenta, uma crise política somada a uma inédita crise do judiciário. Essa crise ficou mais aguda quando o assessor do ministro do STF Teori Zavazki, morto em acidente aéreo, "sentou" em cima do processo de afastamento do presidente da Câmara Eduardo Cunha, que só caiu depois de iniciar o "impeachment" que afastou a ex-presidente Dilma. Esse assessor foi posteriormente afastado, depois de ter agido de forma muito suspeita.
Mas a presidente Dilma passou por muitos constrangimentos, entre os quais sobressaíram-se as respostas que foi praticamente forçada a dar para 81 senadores, sob o comando do ministro do STF Ricardo Lewandovski, quando deveriam ser escolhidos, no máximo, dez senadores para o interrogatório, comprovado pela colocação de um senador que disse "a senhora responde a todas as perguntas da mesma maneira!", ao que Dilma respondeu "se vocês fazem as mesmas perguntas, só posso dar as mesmas respostas".
Lastimável é a destruição da indústria nacional pelas decisões tomadas pelo juiz Sergio Moro, que paralisou as empresas participantes do "cartel de empreiteiras", em vez de penalizar os empresários e liberar as empresas em acordos de leniência. Isso vem causando um desemprego monumental nesta área, acrescido pela paralisação dos estaleiros.
Para jogar por terra toda uma estrutura existente, o governo Michel Temer, junto com o Congresso Nacional, acabou com o "Minha Casa, Minha Vida", causando mais desemprego; acabou com o "Mais Médicos", deixando milhões de pessoas desassistidas; e ainda ameaça com a "terceirização" e "Reforma da Previdência", que são terrivelmente prejudiciais aos trabalhadores e aposentados.
De maneira que podemos afirmar que o "tsunami" dos atos deste governo ainda não deixou de nos aterrorizar. A "luz do fim do túnel" está longe de surgir, mais parecendo a "luz do fundo do poço"...
Mas a população está alerta. Se a mídia apoia o fato das elites não serem penalizadas, nas redes sociais o povo mostra seu descontentamento e a resposta é a exigência de "eleições diretas". Se estas não vierem por culpa deste Congresso que deixou de nos representar, em 2018 o "GRITO RETUMBANTE" será no voto consciente, tanto no executivo mas também para senadores e deputados que neste momento mostraram que, competentes, poderiam devolver a felicidade às famílias brasileiras.