quarta-feira, 29 de setembro de 2010

OPINIÃO PUBLICA

Os jornais e revistas que compõem o PIG, Organizações Globo, Estadão, Folha de São Paulo, Veja etc.etc. se autointitulam de "formadores de opinião", parece que estacionados no tempo em que se "atava cachorro com linguiça".
Há muito tempo que perderam este poder, pelos equívocos que foram cometendo, elegendo e defendendo causas contrariando a população que nos dias de hoje esta mais atenta.
Esta mídia irresponsável que deveria noticiar imparcialmente tomou partido e alguns jornalistas/colunistas até parece que têm ficha assinada em partidos políticos, o único que admitiu estar apoiando José Serra é a Folha de São Paulo.
Mas porque este tipo de comunicação perdeu a razão e parece que não entende? Ora, defendem sempre os mesmos interesses. Estiveram sempre junto com a "ditadura das elites", que hoje estão no DEM, no PTB, no PP e outros politicos infiltrados em partidos como o PSDB.
Após o fim dos "anos de chumbo" a rede Globo não queria transmitir o comício das diretas que só o fizeram pressionados pelo clamor das ruas.
Após tentaram impedir a vitória de Brizola para o governo do Rio, junto com a Proconsult e perderam.
Conseguiram levar à Presidência da República Collor de Melo, que esteve sempre junto com a "ditadura" e não representava nada em termos de mudança mas foi apresentado como tal.
Mas Collor não tinha a confiança do PIG, só foi usado para derrotar Lula e Brizola e o derrubaram, daí, certamente, também respondendo ao clamor popular.
A vitória de Fernando Henrique Cardoso aconteceu mais em função da criação do Plano Real, que Itamar Franco permitiu que o candidato do PSDB o levasse na campanha como seu, mas já desmentiu, foi uma questão de levá-lo a Presidência.
Mas tudo isto aconteceu por fatores diversos, as vezes pela contribuição do PIG, outras porque aconteceriam de qualquer maneira.
Mas, "como não há bem que sempre dure, nem mal que nunca que se acabe", a pirâmide popular começou a mover-se por sí, sem deixar que a cúpula, da qual o PIG faz parte, a jogasse para lá ou para cá, conforme seus interesses.
O PIG tentou fazer com que a população aprovasse o "desarmamento", quebrou a cara porque haviam denúncias de um projeto muito nebuloso em que a Globo estaria envolvida em uma sociedade com emprêsa multinacional.
Tentou eleger José Serra em 2002, contra Lula, de novo mostrou que o povo esta mais atento e não aceitou que a cúpula da pirâmide determinasse o rumo, principalmente pela incompetência do governo FHC.
Em 2006 arregimentou-se novamente para impedir a reeleição de Lula, elegendo Alkmin, perdeu de novo, apesar de todo aquele estardalhaço em torno do caixa 2 do PT, apelidado de "mensalão" por Roberto Jefferson para causar impacto.
E agora, hiperdimensionando a quebra de sigilo na receita, cujos dados são vendidos à luz do dia nas ruas de São Paulo, que na realidade começou a acontecer em setembro de 2009 e Serra não deu importância quando entrevistado na época, só ficou "indignado" agora pela proximidade das eleições, tentaram colar em Dilma os erros de Erenice Guerra e família mas a população não aceitou estas denúncias, escaldada pelos excessos do PIG.
O que pretendemos dizer é que "opinião pública" em primeiro lugar é do povo, ele é que sabe "onde lhe aperta o sapato", em segundo lugar é das TVs, jornais, rádios e revistas, no entanto, é bom que se esclareça, desde que sejam imparciais e honestas em suas considerações, o que não acontece com estes membros do PIG.
O Instituto de Pesquisas Data/Folha divulgou uma pesquisa ontem, que a TV Globo correu para noticiar, dando fortes indícios de que o 2º turno aconteceria, só hoje voltando tudo à "estaca zero", com a abertura de possibilidades de acabar no 1º turno, com as pesquisas divulgadas pelo IBOPE e pelo VOX POPULI.
Mas vamos aguardar, domingo à noite saberemos quem venceu ou se haverá 2º turno.  
             

domingo, 26 de setembro de 2010

MATÉRIA DE LEONARDO BOFF

24.09.2010
Por Leonardo Boff*

Sou profundamente pela liberdade de expressão em nome da qual fui punido com o “silêncio obsequioso”pelas autoridades do Vaticano. Sob risco de ser preso e torturado, ajudei a editora Vozes a publicar corajosamente o “Brasil Nunca Mais” onde se denunciavam as torturas, usando exclusivamente fontes militares, o que acelerou a queda do regime autoritário.

Esta história de vida, me avaliza para fazer as críticas que ora faço ao atual enfrentamento entre o Presidente Lula e a midia comercial que reclama ser tolhida em sua liberdade. O que está ocorrendo já não é um enfrentamento de idéias e de interpretações e o uso legítimo da liberdade da imprensa. Está havendo um abuso da liberdade de imprensa que, na previsão de uma derrota eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o Presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff. Nessa guerra vale tudo: o factóide, a ocultação de fatos, a distorção e a mentira direta.

Precisamos dar o nome a esta mídia comercial. São famílias que, quando vêem seus interesses comerciais e ideológicos contrariados, se comportam como “famiglia” mafiosa. São donos privados que pretendem falar para todo Brasil e manter sob tutela a assim chamada opinião pública. São os donos do Estado de São Paulo, da Folha de São Paulo, de O Globo, da revista Veja na qual se instalou a razão cínica e o que há de mais falso e chulo da imprensa brasileira. Estes estão a serviço de um bloco histórico, assentado sobre o capital que sempre explorou o povo e que não aceita um Presidente que vem deste povo. Mais que informar e fornecer material para a discussão pública, pois essa é a missão da imprensa, esta mídia empresarial se comporta como um feroz partido de oposição.

Na sua fúria, quais desesperados e inapelavelmente derrotados, seus donos, editorialistas e analistas não têm o mínimo respeito devido à mais alta autoridade do pais, ao Presidente Lula. Nele vêem apenas um peão a ser tratado com o chicote da palavra que humilha.

Mas há um fato que eles não conseguem digerir em seu estômago elitista. Custa-lhes aceitar que um operário, nordestino, sobrevivente da grande tribulação dos filhos da pobreza, chegasse a ser Presidente. Este lugar, a Presidência, assim pensam, cabe a eles, os ilustrados, os articulados com o mundo, embora não consigam se livrar do complexo de vira-latas, pois se sentem meramente menores e associados ao grande jogo mundial. Para eles, o lugar do peão é na fábrica produzindo.

Como o mostrou o grande historiador José Honório Rodrigues (Conciliação e Reforma) “a maioria dominante, conservadora ou liberal, foi sempre alienada, antiprogresssita, antinacional e nãocontemporânea. A liderança nunca se reconciliou com o povo. Nunca viu nele uma criatura de Deus, nunca o reconheceu, pois gostaria que ele fosse o que não é. Nunca viu suas virtudes nem admirou seus serviços ao país, chamou-o de tudo, Jeca Tatu, negou seus direitos, arrasou sua vida e logo que o viu crescer ela lhe negou, pouco a pouco, sua aprovação, conspirou para colocá-lo de novo na periferia, no lugar que contiua achando que lhe pertence (p.16)”.

Pois esse é o sentido da guerra que movem contra Lula. É uma guerra contra os pobres que estão se libertando. Eles não temem o pobre submisso. Eles tem pavor do pobre que pensa, que fala, que progride e que faz uma trajetória ascendente como Lula. Trata-se, como se depreende, de uma questão de classe. Os de baixo devem ficar em baixo. Ocorre que alguém de baixo chegou lá em cima. Tornou-se o Presidene de todos os brasileiros. Isso para eles é simplesmente intolerável.

Os donos e seus aliados ideológicos perderam o pulso da história. Não se deram conta de que o Brasil mudou. Surgiram redes de movimentos sociais organizados de onde vem Lula e tantas outras lideranças. Não há mais lugar para coroneis e de “fazedores de cabeça” do povo. Quando Lula afirmou que “a opinião pública somos nós”, frase tão distorcida por essa midia raivosa, quis enfatizar que o povo organizado e consciente arrebatou a pretensão da midia comercial de ser a formadora e a porta-voz exclusiva da opinião pública. Ela tem que renunciar à ditadura da palabra escrita, falada e televisionada e disputar com outras fontes de informação e de opinião.

O povo cansado de ser governado pelas classes dominantes resolveu votar em si mesmo. Votou em Lula como o seu representante. Uma vez no Governo, operou uma revolução conceptual, inaceitável para elas. O Estado não se fez inimigo do povo, mas o indutor de mudanças profundas que beneficiaram mais de 30 milhões de brasileiros. De miseráveis se fizeram pobres laboriosos, de pobres laboriosos se fizeram classe média baixa e de classe média baixa de fizeram classe média. Começaram a comer, a ter luz em casa, a poder mandar seus filhos para a escola, a ganhar mais salário, em fim, a melhorar de vida.

Outro conceito inovador foi o desenvolvimento com inclusão soicial e distribuição de renda. Antes havia apenas desenvolvimento/crescimento que beneficiava aos já beneficiados à custa das massas destituidas e com salários de fome. Agora ocorreu visível mobilização de classes, gerando satisfação das grandes maiorias e a esperança que tudo ainda pode ficar melhor. Concedemos que no Governo atual há um déficit de consciência e de práticas ecológicas. Mas importa reconhecer que Lula foi fiel à sua promessa de fazer amplas políticas públicas na direção dos mais marginalizados.

O que a grande maioria almeja é manter a continuidade deste processo de melhora e de mudança. Ora, esta continuidade é perigosa para a mídia comercial que assiste, assustada, o fortalecimento da soberania popular que se torna crítica, não mais manipulável e com vontade de ser ator dessa nova história democrática do Brasil. Vai ser uma democracia cada vez mais participativa e não apenas delegatícia. Esta abria amplo espaço à corrupção das elites e dava preponderância aos interesses das classes opulentas e ao seu braço ideológico que é a mídia comercial. A democracia participativa escuta os movimentos sociais, faz do Movimento dos Sem Terra (MST), odiado especialmente pela VEJA faz questão de não ver, protagonista de mudanças sociais não somente com referência à terra mas também ao modelo econômico e às formas cooperativas de produção.

O que está em jogo neste enfrentamento entre a midia comercial e Lula/Dilma é a questão: que Brasil queremos? Aquele injusto, neocoloncial, neoglobalizado e no fundo, retrógrado e velhista ou o Brasil novo com sujeitos históricos novos, antes sempre mantidos à margem e agora despontando com energias novas para construir um Brasil que ainda nunca tínhamos visto antes.

Esse Brasil é combatido na pessoa do Presidente Lula e da candidata Dilma. Mas estes representam o que deve ser. E o que deve ser tem força. Irão triunfar a despeito das má vontade deste setor endurecido da midia comercial e empresarial. A vitória de Dilma dará solidez a este caminho novo ansiado e construido com suor e sangue por tantas gerações de brasileiros.

*Teólogo, filósofo, escritor e representante da Iniciativa Internacional da Carta da Terra.
Fonte: Agência Carta Maior.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

MERVAL E O PIG

Nós também somos favoráveis a liberdade, mas há que se tomar cuidado, até onde vai esta "imprensa livre".
Merval em sua coluna de hoje em "O Globo", mais uma vez demonstra total irresponsabilidade quando diz "...E OS QUE SE AUTO INTITULAM "BLOGUEIROS INDEPENDENTES", TODOS, SEM EXCEÇÃO, FINANCIADOS PELO DINHEIRO PUBLICO".
Gostaria que este grande colunista do Serra/DEM/PSDB/PPS, me informasse onde devo me dirigir para receber os valores que me são devidos pelo setor publico, em função do que escrevo em meu blog.
AONDE MERVAL?
Gostaria que lessem umas 60 (sessenta) colunas do Merval para verem se não tive razão quando o aconselhei a assinar ficha no DEM.
Esta imprensa que domina a mídia brasileira, apelidada com justíça de PIG, desde antes do golpe de 1964 já mostrava suas garras, talvez Merval e outros não saibam, mas ajudou a elite a preparar o 31 de março, com notícias falsas todos os dias nos jornais, como a de que a Rússia estaria montando um escritório no Brasil para a implantação do comunismo.
Esta mesma imprensa, o setor que é realmente irresponsável, felizmente não é toda, tentou roubar a eleição de Brizola para o governo do Rio de Janeiro junto com a Proconsult e estava tentando evitar a transmissão da manifestação popular pelas "Diretas Já" o que, pela pressão do momento foram obrigados a fazer.
Esta indignação da mídia para evitar o controle do Estado até pode ter razão de ser, mas precisam saber também que é necessário que tenham a responsabilidade de não levantar tudo que é apenas suspeita, sem provas, para inverter o resultado das eleições.
Quando Lula diz "a opinião publica somos nós" não falta com a verdade, somos nós mesmos, a "população sem mídia", o povo de classe média é quem substituiu a cúpula da pirâmide que era ocupada pelas elites, o PIG perdeu este poder pelos equívocos que vem cometendo.
O Brasil é um País maduro que não se deixa enganar com falsas promessas, analisa o presente e o futuro sem esquecer o passado, que muitas vezes é mentiroso, o resultado das pesquisas reflete o progresso, a bela imagem que temos nos dias de hoje lá fora é fruto da responsabilidade administrativa, que nos fez ultrapassar os EUA na preferência dos investidores internacionais, só perdendo para a China e Índia.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

PRESENTINHO DO SERRA


Seria importante que Serra fosse entrevistado sobre este assunto, não concordamos que seja julgado sem ser ouvido, mas...

E não podemos esquecer que nos anos 80 a população dizia : "O POVO NÃO É BOBO, ABAIXO A REDE GLOBO".

Por que a VEJA
dá o Golpe pelo Serra

    Publicado em 21/09/2010

Como diria o Robert(o) Civita, não existe almoço de graça
Extraído do Blog da Dilma:

O mensalão da Editora Abril


Daniel Bezerra, editor geral


Numa minuciosa pesquisa aos editais publicados no Diário Oficial, o blog descobriu o que parece ser um autêntico “mensalão” pago pelo tucanato ao Grupo Abril e a outras editoras. Veja algumas das mamatas:


- DO [Diário Oficial] de 23 de outubro de 2007. Fundação Victor Civita. Assinatura da revista Nova Escola, destinada às escolas da rede estadual. Prazo: 300 dias. Valor: R$ 408.600,00. Data da assinatura: 27/09/2007. No seu despacho, a diretora de projetos especial da secretaria declara ‘inexigível licitação, pois se trata de renovação de 18.160 assinaturas da revista Nova Escola’.


- DO de 29 de março de 2008. Editora Abril. Aquisição de 6.000 assinaturas da revista Recreio. Prazo: 365 dias. Valor: R$ 2.142.000,00. Data da assinatura: 14/03/2008.


- DO de 23 de abril de 2008. Editora Abril. Aquisição de 415.000 exemplares do Guia do Estudante. Prazo: 30 dias. Valor: R$ 2.437.918,00. Data da assinatura: 15/04/2008.


- DO de 12 de agosto de 2008. Editora Abril. Aquisição de 5.155 assinaturas da revista Recreio. Prazo: 365 dias. Valor: R$ 1.840.335,00. Data da assinatura: 23/07/2008.


- DO de 22 de outubro de 2008. Editora Abril. Impressão, manuseio e acabamento de 2 edições do Guia do Estudante. Prazo: 45 dias. Valor: R$ 4.363.425,00. Data daassinatura: 08/09/2008.


- DO de 25 de outubro de 2008. Fundação Victor Civita. Aquisição de 220.000 assinaturas da revista Nova Escola. Prazo: 300 dias. Valor: R$ 3.740.000,00. Data da assinatura: 01/10/2008.


- DO de 11 de fevereiro de 2009. Editora Abril. Aquisição de 430.000 exemplares do Guia do Estudante. Prazo: 45 dias. Valor: R$ 2.498.838,00. Data da assinatura: 05/02/2009.


- DO de 17 de abril de 2009. Editora Abril. Aquisição de 25.702 assinaturas da revista Recreio. Prazo: 608 dias. Valor: R$ 12.963.060,72. Data da assinatura: 09/04/2009.


- DO de 20 de maio de 2009. Editora Abril. Aquisição de 5.449 assinaturas da revista Veja. Prazo: 364 dias. Valor: R$ 1.167.175,80. Data da assinatura: 18/05/2009.


- DO de 16 de junho de 2009. Editora Abril. Aquisição de 540.000 exemplares do Guia do Estudante e de 25.000 exemplares da publicação Atualidades – Revista do Professor. Prazo: 45 dias. Valor: R$ 3.143.120,00. Data da assinatura: 10/06/2009.

Negócios de R$ 34,7 milhões.


Somente com as aquisições de quatro publicações “pedagógicas” e mais as assinaturas da Veja, o governo tucano de José Serra transferiu, dos cofres públicos para as contas do Grupo Civita, R$ 34.704.472,52 (34 milhões, 704 mil, 472 reais e 52 centavos). A maracutaia é tão descarada que o Ministério Público Estadual já acolheu representação do deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) e abriu o inquérito civil número 249 para apurar irregularidades no contrato firmado entre o governo paulista e a Editora Abril na compra de 220 mil assinaturas da revista Nova Escola.


Esta “comprinha” representa quase 25% da tiragem total da revista Nova Escola e injetou R$ 3,7 milhões aos cofres do ‘barão da mídia’ Victor Civita. Mas este não é o único caso de privilégio ao Grupo Abril. O tucano Serra também apresentou proposta curricular que obriga a inclusão no ensino médio de aulas baseadas nas edições encalhadas do ‘Guia do Estudante’, outra publicação do grupo.


domingo, 19 de setembro de 2010

MÍDIA

Recebi um comentário que não respondi à altura, sobre este assunto, publicado anteriormente.
Sem problema o fato de que pessoas não concordem com nosso pensamento, mas temos o direito da réplica e é o que pretendemos, além de outras considerações.
Não estamos defendendo Lula, nem PT, nem qualquer partido, questionamos os ataques sempre direcionados para os defensores da idéia de centro e de centro-esquerda, esquerda nos parece que nem existe mais no Brasil, a não ser por grupos que não têm uma expressão maior.
E não é de hoje que isto acontece, e nossa contrariedade surge agora, porque em época de eleições é que aflora com mais vigor esta questão, são colocadas as "garras" de fora.
A rede Globo esteve envolvida no projeto da Proconsult para roubar a eleição de Leonel Brizola em 1982, que só foi evitado porque o ex-governador chamou a imprensa internacional e denunciou e o PDT montou uma apuração paralela que defenestrou a intenção nefasta.
Após, para evitar a vitória de Leonel Brizola nas eleições presidenciais, patrocinou a candidatura de Collor e, nos últimos momentos, sentindo que seria mais difícil derrotar o ex-governador, contribuiu para a subida de Lula, que, finalmente, foi derrotado.
Mas Collor foi apenas usado para derrotar os candidatos ditos de esquerda, e Brizola era realmente de esquerda, sem ser comunista, mas foi derrubado pela Rede Globo porque não era considerado de confiança para os objetivos da cúpula da pirâmide, que a fazia movimentar de acordo com seus interesses, porque a população não estava atenta, perdeu o interesse por eleições pelos 20 anos da "ditadura das elites". E não pretendemos defender Collor, apenas estamos analisando e divulgando fatos da época, o governo caiu porque mereceu, PC Farias abusou da corrupção, foi morto supostamente como "queima de arquivo".
Fernando Henrique Cardoso foi apoiado pela mídia, era o candidato mais confiável, ganhou as eleições e se reelegeu fazendo uma administração neoliberal, fazendo o que a elite queria, que eram as privatizações, altamente suspeitas mas que não foram investigadas porque a tropa de choque do PSDB/DEM impediu a abertura de CPI, assim como não permitiu que se investigasse a suposta compra de votos para a reeleição, tudo sob o beneplácito da mídia, que fazia muito poucos comentários sobre o assunto.
Com o desejo de mudanças, mesmo com a mídia apoiando descaradamente José Serra, Lula venceu as eleições de 2002, se reelegeu em 2006 vencendo Geraldo Alkmin, por ter feito um governo muito bem avaliado, principalmente em comparação com o governo FHC, que foi divulgada no mês de setembro, antes das eleições.
Agora, em 2010, de novo a mídia, escolheu Serra como seu candidato e faz uma "troca de figurinhas" com a oposição, insinua uma situação e os políticos do PSDB/DEM/PPS "levantam a bola", o mesmo acontecendo quando os partidos insinuam e o PIG superdimensiona.
As denúncias de corrupção surgem e a oposição e a mídia logo julgam e condenam, sem esperar a investigação do MP e da Polícia Federal, na tentativa de respingar na candidatura oficial e alterar o rumo das eleições.
A denúncia do governador de São Paulo Claudio Lembo, do DEM, declarando que a escolha e o  apoio da mídia gera intranquilidade, apesar de seu partido estar coligado com o PSDB/PPS/PTB vem de encontro ao que também denunciamos.
A mídia, o PIG, parece que não entendeu ainda que a população esta mais atenta, a cúpula da pírâmide, pelos últimos acontecimentos, não consegue mais fazer a base se mover de acordo com seus interesses, e isto a esta preocupando mais do que deve.
É importante que se diga então, que nossa crítica ao PIG, à rede Globo, Estadão e Folha de São Paulo, RBS do Rio Grande do Sul, à revista Veja, etc.etc., que procuram ter colunistas sempre alinhados com sua intenção de ludibriar o eleitorado não é de agora, busca aprofundar esta discussão e fazer com que possamos ter uma imprensa com credibilidade, que nos faça acompanhar o que acontece no País com a confiança necessária, que não estão omitindo ou divulgando meias verdades.
Necessário se faz também que digamos que nossa intenção não objetiva blindar Lula ou Dilma, as verdades devem ser ditas, mas o histórico que fizemos acima busca justificar nossa manifestação e que a mídia modifique sua atuação, a democracia exige.

sábado, 18 de setembro de 2010

Economia e eleições
                                                                       Paulo Nogueira Batista Jr

            A força da candidatura oficial nas eleições presidenciais tem sido atribuída a muitos fatores: à popularidade do presidente da República, aos programas sociais (notadamente o bolsa-família), ao desempenho geral do governo – no qual teve destaque a ministra Dilma Rousseff – aos erros da campanha de José Serra, entre outros.
            Não se pode perder de vista, entretanto, o papel da situação econômica. Desde meados do ano passado, a economia brasileira ganhou um impulso extraordinário. A expansão da atividade produtiva refletiu-se em queda da taxa de desemprego e aumento dos salários reais. A geração de empregos formais vem batendo recordes.
            Em 2010, entre as principais economias do mundo, só a China e a Índia estão crescendo mais do que o Brasil. Segundo as projeções mais recentes, a China deve crescer cerca de 10% em 2010; a Índia, em torno de 8% a 9%; o Brasil, entre 7% e 8%.
            Há muito tempo, a economia do país não mostrava tanto dinamismo. A crise de 2008-2009 foi superada rapidamente, graças em parte a políticas anti-recessivas. O Brasil foi um dos primeiros a sair da crise. O ritmo de crescimento atual é comparável ou até superior ao registrado no período pré-crise.
            Estamos indo longe demais? É a pergunta que alguns fazem. Economistas afirmam que a economia está crescendo mais do que o seu “potencial”.
            Pode ser verdade, embora seja impossível estimar com precisão o potencial de crescimento de uma economia. As técnicas de estimação do “produto potencial” nunca produzem resultados inquestionáveis. As previsões baseadas nessas estimativas têm sido freqüentemente desmentidas pela realidade.
            Seja como for, é inegável que o crescimento acelerado comporta riscos. Esses riscos devem ser enfrentados para que a economia possa sustentar uma trajetória de dinamismo no médio e longo prazos. (E desculpe, leitor, a homenagem ao Conselheiro Acácio.)   
            Um desses riscos é a inflação, como se sabe. Uma economia muito aquecida pode levar a pressões sobre os preços pelo lado da demanda. O risco não pode ser desprezado, mas não parece muito alto na atual conjuntura.
            Segundo levantamentos do Banco Central, as expectativas de inflação convergem para cerca de 5% em 2010 e 2011, um pouco acima do centro da meta oficial. As estimativas de tendência da inflação (a chamada inflação subjacente), calculadas pelo Banco Central, também apontam para 5% ou um pouco menos nos doze meses até agosto. O índice de difusão do IPCA (a proporção de itens com variação positiva) diminuiu em junho e julho.
            As medidas tomadas pelo governo no período recente parecem ter contribuído para reduzir o risco de aceleração da inflação. A maior parte dos estímulos adotados para tirar a economia da crise já foi removida. Houve forte aumento da taxa básica de juros desde abril. Os efeitos desse aumento ainda não se fizeram sentir integralmente, segundo o Banco Central.
            Outro risco, esse talvez mais importante, é o impacto do crescimento acelerado sobre a posição externa da economia. A expansão da demanda interna está levando a forte aumento das importações e pode contribuir para o redirecionamento de exportações para o mercado interno aquecido.
            Esse risco é ampliado pela conjugação de expansão da demanda interna com câmbio valorizado. A força do real ajuda a segurar a inflação, mas contribui para estimular importações e solapar a competitividade das exportações brasileiras.
            Por esses motivos, o déficit das contas externas correntes tem aumentado rapidamente desde o final do ano passado. Calcula-se que o desequilíbrio em transações correntes possa alcançar US$ 50 bilhões em 2010 e US$ 60 bilhões em 2011.      
            Esse desequilíbrio não constitui ameaça imediata, mas terá de ser contido se o país pretende continuar crescendo com segurança.     
                

Paulo Nogueira Batista Jr. é economista e diretor-executivo pelo Brasil e mais oito países no Fundo Monetário Internacional, mas expressa os seus pontos de vista em caráter pessoal.

Twitter: @paulonbjr 
OPINIÕES E IMPRENSA LIVRES - ANALFABETO POLÍTICO
 
Em uma democracia como vivemos no Brasil, graças a Deus, as opiniões são e devem ser livres.
Todas as pessoas, as industrias, o comércio, o agronegócio, as escolas privadas, etc.etc. têm o direito de opinar, defender seus candidatos, aqueles que mais estão de acordo com a politica que lhes permita manter os lucros que pretendem.
Tudo depende de política, o valor do IPTU, do IPVA, as estradas, o transporte, a educação e a saúde publica, a segurança e faz parte da obrigação dos cidadãos lutar por seus direitos. Dentro deste contexto, alguém já disse que o pior analfabeto é o "ANALFABETO POLÍTICO", me desculpem os que assim se comportam, que falam "eu não gosto de política". Como não gosta de algo que move o mundo? O desinteresse é que faz com que pessoas desonestas se elejam e participem destas barbaridades que vemos todos os dias, e é bom que se diga, não é só neste governo.
Mas, voltando à IMPRENSA LIVRE, é necessário que definamos o que significa imprensa livre.
Imprensa livre é aquela que publica a verdade, doa a quem doer, em todos os momentos, e nos comentários políticos divulgue tudo o que é de interesse da população, com sobriedade, com a responsabilidade que a matéria exige, esteja no poder quem quer que seja, e mesmo nas questões que envolva a oposição.
Todos os brasileiros, todas as emprêsas, portanto, têm a liberdade de divulgar seu pensamento, seus partidos políticos, seus candidatos, trabalhar nas campanhas eleitorais, mas aí vem algo muito importante, que é preciso frisar, menos a IMPRENSA, que tem a obrigação primeira de ser imparcial,  e é isto que falta no Brasil, onde desponta a Rede Globo, o Estadão de Sâo Paulo, a Fôlha de São Paulo, a RBS no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a revista Veja e outras por este País afora, que sempre operam defendendo os interesses de grupos políticos muito identificados.
No Rio de Janeiro o jornal "O Globo" destina 4 ou 5 páginas para atacar quem não apoiam, a página "Opinião dos Leitores" destina 99% de seu espaço para colocar leitores que criticam o governo, até parece que os 80% que avaliam positivamente Lula não existem, Merval Pereira parece até que tem ficha no DEM, e defende sempre os mesmos, e o jornal abre espaços para colunistas identificados com a "direita raivosa" como Sardenberg, Ilimar, Ancelmo, Noblat, parece que no Brasil os políticos de centro ou de centro esquerda sumiram. FHC que se dizia comunista e que não acreditava em Deus, fez um governo neoliberal junto com o DEM e Lula também não faz um governo de esquerda, pois não ataca pontos cruciais da vida do brasileiro que é a questão da educação publica, cuja atenção adequada fará com que o Brasil dê o grande salto em direção a um futuro de progresso, a saúde, e atacar os lucros abusivos dos bancos. Sem tomar medidas para atacar estas tres questões ninguém pode se denominar de esquerda.
A mídia brasileira, que faz parte da cúpula da pirâmide que se move no sentido daquilo que representa o desejo da população, parece que entende ainda que fazem a base se mover conforme seus interesses, não entendeu que venceu as eleições com Collor, e derrubou-o depois, venceu com FHC mas embalada com a criação do "Real" no governo de Itamar Franco, que nega tenha sido Fernando Henrique o criador da moeda, que pelo mesmo motivo conseguiu a reeleição, mas perdeu a campanha para o "Desarmamento", em que a Rede Globo supostamente tinha grandes interesses, e perdeu também com Serra, com Alkmin e perderá de novo com Serra.
A mídia não tem sido ética, esperamos que entenda que este radicalismo não leva a nada, pode ganhar um ou outra eleição, mas não só por suas ações, e é necessário que procure contratar jornalistas isentos de compromissos com partidos e lhes permita trabalhar livremente, que não seja necessário nos valermos da internet para nos contrapor, já que não temos outra solução. Esta "guerra" é desnecessária, somos civilizados e devemos nos respeitar sem mentiras.
Que a lição dos últimos acontecimentos sirva para uma reflexão positiva para que se eleve a disputa política.
 
POUCOS TOMAM CONHECIMENTO DAS COMPARAÇÕES.../RADICALISMOS

O depoimento do governador de São Paulo Claudio Lembo (DEM), abaixo, mostra uma imagem do que os políticos estão discutindo nos dias de hoje, naturalmente que concordamos somente em parte com o conteúdo da entrevista.
Mas o radicalismo tem tomado conta das disputas políticas, ora de um lado ora de outro.
Assistimos na TV Senado momentos de agressão que poderiam ser evitados, como o do Senador Arthur Virgilio dizendo que daria uma surra em Lula, entre outros.
Ao sepultar a CPMF a oposição incorreu em um êrro crucial, e nós, como todo o Brasil desejamos também a diminuição dos tributos, que são elevadíssimos, mas desde quando? Do governo do Presidente Getulio Vargas, etc., passando pela ditadura das elites, governos Sarney, Collor, Fernando Henrique Cardoso e agora no governo Lula. Ninguém tem coragem de diminuir os impostos porque isto significaria tirar recursos da saúde, educação, segurança, etc., que já estão em petição de miséria.
Mas porque a oposição errou ao radicalizar e acabar com a CPMF e tirar os recursos da saúde?
Nós assistimos a TV Senado e vimos o que aconteceu.
A oposição entrou com o projeto para acabar com o tributo e só concordava com a continuidade se o Governo concordasse em que toda a arrecadação iria para a saúde. O Governo, na expectativa de vencer no voto, relutou até o final para não garantir a utilização do recurso só para a saúde.
Na noite da votação, vendo que perderia no voto, veio o compromisso do governo aceitando a exigência da oposição, quando o Senador Pedro Simon pediu que adiassem a votação para o outro dia, a fim de permitir que o Governo assumisse o compromisso em ofício. A oposição, com os votos garantidos para derrubar a CPMF, com o pé no pescoço do Governo, não aceitou e acabou.
Agora, em que a oposição errou? Eles mesmo disseram que o Governo recuperou a arrecadação da CPMF através do aumento de outros tributos, como o Imposto S/ Operações Financeiras mas, o que é preciso se dizer, sem o compromisso de jogar para a saúde este aumento, foi uma vitória da oposição para a platéia, uma vitória de "Pirro".
E este radicalismo imperou no Senado, os discursos agressivos de Arthur Virgilio, Alvaro Dias, Heráclito Fortes, Agripino Maia, Mão Santa se repetiam no dia a dia, e a análise do governador de São Paulo Claudio Lembo, abaixo, esta dentro deste quadro que não levou e não leva a nada, se a oposição pensava em tirar proveitos eleitorais com este comportamento, deu com "os burros n'água".
Mas é preciso que todos tirem lições positivas destes fatos, os radicalismos na maioria das vezes não levam a resultados favoráveis, só acirram os ânimos e aquilo que pode parecer uma vitória hoje, amanhã pode ser muito diferente, como esta acontecendo agora.
Ontem eu li a comparação dos governos Fernando Henrique Cardoso e Lula, arquivei, se alguém desejar eu repasso, e cheguei a dizer que Alkmin perdeu a eleição para Lula quando surgiu a comparação dos governos em setembro de 2006, mas entendi agora que me equivoquei. Muito poucas pessoas tomam conhecimentos destes dados, as pessoas "sentem" que o Brasil esta melhor, independe de comparações, é a sensação de bem estar.         

Bob Fernandes
"Dramático será o dia 4 de outubro, porque não teremos mais partidos políticos, só um movimento social coordenado pelo hoje presidente Lula(...) A mídia está engajada e tem um candidato, o Serra, com isso se perdeu o equilíbrio e é desse embate que nasce a intranquilidade, mas ela é transitória".

A análise é do ex-governador de São Paulo, Cláudio Lembo, em conversa com o portal Terra na manhã desta quarta-feira (15). Atual secretário municipal dos Negócios Jurídicos de São Paulo, Cláudio Lembo, do DEM, enfrentou uma gravíssima crise: a dos ataques do PCC em maio de 2006, quando era o governador do Estado.
Então, em meio ao embate com o Primeiro Comando da Capital, Lembo disse em entrevista ao Terra Magazine viver um momento de "catarse" depois de ter sido instado "pela burguesia" - também "hipócrita" - a valer-se do "o olho por olho" na reação aos ataques do PCC. Ainda à época desabafou com a colunista Mônica Bergamo:
"Nós temos uma burguesia muito má, uma minoria branca muito perversa".
Quatro anos depois, nova eleição presidencial e o ensaio de uma crise política.
Erenice Guerra, chefe da Casa Civil fustigada por denúncias, assina uma nota oficial e chama José Serra, do PSDB, de "candidato aético e já derrotado". Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República, evoca o líder fascista Mussolini ao referir-se ao presidente Lula como "chefe de uma facção". Lula, por seu lado, prega "extirpar o DEM" e os Bornhausen, cujo chefe, Jorge, já defendeu um dia "acabar com essa raça", a do PT.
Diante desse cenário, o Terra ouviu o ex-governador de São Paulo. Abaixo, a conversa.
Terra - Nas últimas horas, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso evocou Mussolini para se referir ao presidente Lula, o ex-dirigente do DEM, Jorge Bornhausen, aconselhou o presidente Lula a "não ingerir bebida alcoólica antes dos comícios", palavras dele, sendo de Bornhausen a famosa frase sobre o PT, "vamos acabar com essa raça". O presidente agora devolveu falando em "extirpar o DEM", e a chefe da Casa Civil fez uma nota oficial chamando o candidato da oposição de "aético e já derrotado". Como o senhor, experimentado também em crises, vê isso?
Cláudio Lembo - É interessante porque a campanha ocorria com normalidade. E abruptamente aconteceram situações novas. Todas, quase todas, nasceram no ventre do próprio governo. Não foi a oposição que criou a complexidade da Casa Civil. Portanto, o que está se vivendo nasce também de equívocos do próprio governo.
Terra - Como o senhor interpreta o cenário todo?
Lembo - É transitório e próprio dos momentos que se aproximam da eleição....mas o dramático será no dia 4 de outubro.
Terra - Por quê?
Lembo - Porque não teremos mais partidos políticos, só um movimento social coordenado pelo hoje presidente Lula, o que é ruim para a democracia. Ou seja, o partido que é coordenado pelo presidente da República sobreviverá muito mais como movimento social do que como partido, porque ele não é orgânico.
Terra - E a oposição?
Lembo - A oposição terá um resultado mau, muito ruim no pleito, e sai sem voz, sem maior possibilidade de apontar os erros do governo, de ser e fazer oposição. Também por erros da própria oposição.
Terra - E o papel da mídia? Qual é, qual deveria ser?
Lembo - A mídia se engajou, a mídia tem um candidato...
Terra - Qual candidato?
Lembo - O candidato do PSDB, o Serra...
Terra - E qual a consequência disso? Isso esquenta a conversa de botequim das últimas horas, isso...?
Lembo - ... A mídia está engajada, tem um candidato que é o Serra e com isso se perdeu o equilíbrio, vem o desequilíbrio, é desse embate que nasce a intranquilidade... mas ela é transitória. Havendo só um grande vencedor no pleito, que é o movimento social, e estando a mídia engajada como que está... disso nasce essa intranquilidade.
Terra - Quando se chega a termos como "Mussolini", "candidato aético já derrotado" e "bêbado..."
Lembo - Isso está fora dos preceitos democráticos e muito além do tom...

terça-feira, 14 de setembro de 2010

PARA AQUELES QUE NÃO ACREDITAM NO BRASIL

* A mais recente edição da revista britânica "The Economist" traz um especial sobre a America Latina, com destaque para o crescimento econômico da região em meio à crise global. Sob o título "Nobody's backyard" (Não é quintal de ninguém"), a capa mostra o mapa das Américas de ponta-cabeça, com a América Latina acima dos Estados Unidos.
"Uma região que havia se tornado sinônimo de instabilidade financeira navegou tranquilamente pela recessão", diz a revista, lembrando que as projeções de crescimento para este ano passam de 5% na região.
O Brasil, afirma a "Economist", é o destaque da região, com expansão econômica acima da média. A publicação lembra que o país caminha para se tornar a quinta maior economia do mundo, atrás apenas de China, EUA, Índia e Japão.
Esta pujança, diz a revista, demanda um novo pensamento, tanto na América Latina como "ao Norte do Rio Grande" (os EUA). Os latino americanos precisam abandonar o discurso - habitual em Hugo Chaves - de que são tratados como "o quintal dos EUA". "Poderes mais sensatos, como o Brasil, têm de aumentar as críticas a esta bobagem."
Mas os americanos, focalizados no crime e na imigração, também precisam mudar. "Quanto mais abertos os EUA forem com a América Latina, maiores as chances de criar prosperidade, que afinal é a maior proteção contra conflito e desordem. "A Economist" sugere que os EUA construam pontes, não muros.
 
Este artigo esta em "O Globo" de hoje.
 
Um artigo como este comprova, mais uma vez, que em outros países o Brasil é muito melhor avaliado do que pelos brasleiros.        

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Vamos oportunizar aqueles que visitarem este blog, conhecer o conteúdo do livro, filme 5 X Favela, sucesso do momento.


Título: 5 x Favela, agora por nós mesmos

Organização: Paola Barreto e Isabel Diegues
Autores: Carlos Diegues, Ruy Guerra, Manaíra Carneiro, Wagner Novais, Cacau Amaral, Rodrigo Felha, Luciano Vidigal, Cadu Barcelos, Luciana Bezerra
ISBN: 978-85-60965-09-0
Encadernação: Brochura
Formato: 22 x 28 cm / 168 páginas
Ano de edição: 2010
Preço de capa: R$48,00

Sinopse

O livro 5 x favela, agora por nós mesmos apresenta fotografias e textos sobre os bastidores do filme inspirado no longa Cinco vezes favela, marco do cinema brasileiro dos anos 1960. O filme 5 x favela, agora por nós mesmos, produzido por Carlos Diegues e Renata Magalhães, é, desta vez, digirido por sete cineastas nascidos em diferentes comunidades cariocas.

Organizado como um inventário de ideias e discussões, a partir de roteiros reescritos, storyboards, decupagens, trocas de e-mails e diários de filmagens, o livro conta a experiência desses jovens diretores, desde as oficinas de capacitação profissional, a escolha do elenco e os ensaios, até as filmagens e a viagem ao festival de Cannes, na França.

O filme 5 x favela, agora por nós mesmos é composto pelos episódios Fonte de Renda (Manaíra Carneiro & Wagner Novais), Arroz com Feijão (Cacau Amaral & Rodrigo Felha), Concerto para Violino (Luciano Vidigal), Deixa Voar (Cadu Barcelos), Acende a Luz (Luciana Bezerra).
5 x Favela, agora por nós mesmos


Trechos do livro

“No contexto em que nos encontramos conversando, me sinto no direito de lembrar uma coisa: para ser bem-sucedido em qualquer forma de expressão artística, como no cinema, não bastam a sensibilidade, a intuição e o talento. É preciso ser do seu tempo. É preciso saber de onde viemos, para saber quem somos, para falar do presente, do passado e até do futuro, que é também um território da arte. É indispensável termos a consciência clara de que nunca estamos prontos, e que devemos estar sempre de olhos abertos, bem abertos, vendo, lendo, questionando, vivendo.”


Ruy Guerra em seu discurso de paraninfo das oficinas de 5 x favela, agora por nós mesmos.


“Hoje os jovens das favelas cariocas formam uma nova geração que, rompendo com os estereótipos de que é vítima, rompeu também com o conformismo que sempre relegou os moradores dessas comunidades a uma sombra de cidadãos, fantasmas sociais assombrando o sono dos ricos. Esses jovens estão agora construindo sua identidade, sobretudo através da cultura.”

Carlos Diegues no texto “Uma ponte sobre a cidade partida”.


Fonte de renda

“O filme nasceu de um roteiro coletivo, ou melhor, de um contexto coletivo.”

Manaíra Carneiro em seu texto “A jornada”.

“Meu objetivo era ter a capacidade de falar de igual para igual com “os grandes”, as pessoas que comandam outras pessoas. Entretanto, falar somente a língua deles não me basta mais, agora quero ter a capacidade de fazer com que essas pessoas compreendam a minha língua também, e é disso que trata o filme 5 x favela, agora por nós mesmos.”

Manaíra Carneiro em seu texto “Um encontro amistoso”.

“Passei pelos dois. Fiel logo me cumprimentou com um sorriso.

– E aê, rapá. Tranquilidade?

– Tranquilidade! – sorri.

Marcelinho me olhou com desdém.

– Coé, menor!

Fala sério, sou cinco anos mais velho que ele. Dei muito cascudo nesse mané. Agora o mané sou eu. Ele tem mais mulheres e mais dinheiro. Mas é claro que isso é só por um tempo, moleque ousado e ‘porra-louca’ não dura muito nessa vida. Engraçado, se deixo um cara desse sozinho em Madureira – que é aqui perto – é capaz de sentir uma dificuldade tremenda de voltar para casa. Só sai daqui para ir ao Shopping.”


Wagner Novais em seu texto “Tempestade de ideias”.

“A viagem foi cansativa. Chegamos ao Hotel Embassy, bem perto da Croisette. A correria era geral, tínhamos pouco mais de uma hora para comer e nos arrumar para o Marché du film. Não sabia o que ia fazer lá. O que tinha era um vestido de gala amarrotado e uma sandália muito alta que escorregava do meu pé. Precisava descansar meia hora apenas. Deitei na cama, mas minha cabeça não parava um segundo. ‘Como se diz ferro de passar em francês?’”


Manaíra Carneiro em seu texto “Ferrô de passé”.

“MAICON chega e se junta ao pessoal que está conversando. Chama discretamente EDU que vai até ele sem entender nada. MAICON mostra a trouxa de maconha para ele. EDU se empolga.”


Trecho do roteiro do filme Fonte de renda.

Arroz com Feijão

“João Moreira Salles, como quase todos os professores que passaram por esta oficina, repetiu que você nunca filma idêntico ao que roteirizou e nunca edita idêntico ao que filmou.”

“Essa coisa de roteiro Frankestein me remeteu ao proceso de criação dos nossos roteiros na CUFA, Nós do Morro, AfroReggae, Cinemaneiro e Observatório. Ali diversas contribuições formaram cada texto com o que tinha de melhor em cada uma das ideias. Quanto mais você divide a autoria, mais você é autor.”

“É interessante que toda a equipe saiba o que o diretor quer, o maquinista, o técnico de som, mas existem segredos que é melhor guardar. O Walter (Lima Jr.) faz uma pré-decupagem, que é divulgada para toda a equipe, e outra só para ele. De acordo com o clima do set, faz uma terceira decupagem na hora.”


Cacau Amaral em seu “Diário das oficinas”.

“… o cinema não deve ser 100% político nem 100% estético, mas algo entre esses dois extremos. Para uns diretores, mais ou menos isso. Para uns espectadores, mais ou menos aquilo. O importante é não parar de fazer filmes.”


Cacau Amaral em seu texto “Qual a função política do documentário?”

“Uma vez ouvi dizer que filmar crianças era igual a filmar com helicóptero na poeira. Você perde horas molhando o chão para alguns míseros segundos de filmagem, mas se não se dedicar completamente à ação de molhar o chão, na hora de filmar, a poeira vai subir e você se arrependerá por não ter perdido mais uma ou duas horas molhando. Com as crianças é a mesma coisa. Se você abrir mão de uma grande dedicação antes de filmar, depois se arrepende. E esse arrependimento não tem como ser mensurado, pois é muito subjetivo definir o que estamos perdendo quando deixamos de dar atenção a uma criança. Num set o bagulho é doido. Se você se deixa levar por essa doideira e por um instante esquece o verdadeiro foco, tudo está perdido.”


Cacau Amaral em seu “Diário das filmagens”.

Concerto para violino

“Li várias vezes o roteiro e tenho algumas observações: gostei, mas acho que está um pouco confuso, nós precisamos deixar a história mais clara e realista. Gostei muito dos diálogos, do tempo, do ritmo do filme e dos conflitos.

Eu acho que podemos melhorar mais o triângulo amoroso e a relação entre os três, o Rafael falou que não gosta muito de flashback, mas acho que a ideia e o roteiro pedem um flashback deles quando crianças.

Eu tive uma viagem e queria explicar pra vocês depois...

Tenho outras observações, mas vamos marcar um papo pessoalmente.

Segue o roteiro e algumas dúvidas nele em vermelho.”


Luciano Vidigal em seu e-mail “roteiro com observações” para Carlos Diegues e Rafael Dragaud.

“Não foi fácil criar estas histórias até o fim, mas eu segui o coração, experiência de vida, crença e realidade.”

Luciano Vidigal em seu e-mail “escaletas violino” para Carlos Diegues e Rafael Dragaud.

“Acho que esse filme é visceral mesmo, o mais visceral dos cinco. E é melodramático mesmo, se não tivermos clareza disso é melhor fazer outra história. Esse é o ‘larger than life’ dos cinco, e é bom que seja bem diferente dos outros.”


Carlos Diegues em seu e-mail “roteiro novo”, referindo-se ao filme Concerto para violino.

“De pé, diante da sua mesa da polícia militar, o TENENTE (45) grita furioso e bate na mesa olhando para Ademir, que está sentado, constrangido.

– Eu não quero saber! Essa porra não é bagunça não Ademir... Dá teu jeito, se vira porra! Se vira! Você acha que eu vou pagar essas armas que foram roubadas do quartel como? Com a merda do seu salário?”


Trecho do roteiro de Concerto para violino.

Deixa Voar

“No meu episódio, o Deixa voar, eu vejo o meu chão, cortado por linhas imaginárias que se tornam reais e físicas quando marcadas por siglas que mudam a cada dia, delimitando setores e impedindo não só imaginariamente, mas concretamente, o trânsito das pessoas.”

“As pessoas se reconheciam em um mundo difícil de ser reconhecido. No final, ver a mobilização das pessoas que ‘não eram’ da equipe e não trabalhavam no filme foi incrível, sentir que todos naquele momento eram 5X e estavam no mesmo barco me deixou supertranquilo pra me divertir e deixar voar.”


Cadu Barcelos em seu texto “A preparação”.

“FLÁVIO puxa toda a linha que consegue, ele dá passadas para trás. A linha puxada se amontoa no chão. FLÁVIO é surpreendido e avoa a pipa. RAFAEL sorri satisfeito. O PARDAL reage com raiva.

– Porra, minha pipa...”


“FLÁVIO, BUIU e MOLEQUE 1 chegam à fronteira, no mesmo lugar da cena 3. Eles param no mesmo lugar em que se despediram de CAROL. FLÁVIO toma coragem, olha em volta para ver se não há nenhum perigo à vista. FLÁVIO respira fundo e dá o primeiro passo para entrar na favela rival. BUIU e MOLEQUE 1 o seguem.”

Trechos do roteiro de Deixa voar.


Acende a Luz


“Fazia bastante tempo que não tinha a sensação de set. É como sexo. Você sempre pensa na última vez quando vai iniciar uma nova. Por isso é tão importante que todas sejam prazerosas. Pensava nestas coisas. Motivação, motivação, motivo e ação!”

“Minha última vez havia sido um pequeno set, porém muito arriscado, gravamos em um dia de eleição, uma votação para governador e deputados, com nossos personagens fazendo boca de urna para um candidato fictício: meu pai (sem cachê). O Pacífico, meu filho, era ainda um bebê de quatro meses. Com película, então, tivera até o momento apenas uma experiência de direção. O curta-metragem Mina de fé já fazia seis anos. Lembrei que depois da sua primeira exibição, no Odeon, escutei do próprio Cacá Diegues:

– Gostei muito do seu filme!

Foi como ter o filme abençoado.”

“Desci e entrei pela Rua Padre Ítalo Coelho, fui caminhando até a altura do número 48A, endereço para mim bastante conhecido. Casa da minha mae, minha casa durante grande parte da minha vida. E minha única herança. O barraco do 314.

Era o segundo dia de filmagem. Sim, já tínhamos cenas penduradas e deu um frio no estômago nas últimas cenas do dia anterior.”


“Havia na equipe do Vidigal muitos amigos. Alguns já companheiros de set, mais conhecidos como companheiros de furada. A Sheyla, um deles, havia mobilizado todo o 314 e estava dando certo. Filmaríamos a laje do Cimar (vizinho, amigo e ‘fazedor’ de pedras de gelo). É muito especial filmar o Cimar na sua própria laje. Aqui a realidade se misturava com a ficção. Isso confundia a cabeça de todos e eu amava!

Neste dia o Cacá chegou cedo e tive também a visita do Quito Ribeiro, nosso montador. Estávamos na laje. Uma só sequência durante toda a manhã, assim nao estávamos otimizando o tempo. Mas qual é esse limite? O limite de tentar acertar um plano, de fazer o plano perfeito?”


“Após o almoço recuperamos muita coisa, mas a luz caiu. Cai às três e meia nesta época do ano no Vidigal. Correria desesperada na tentativa de cumprir mais uma sequência até o final. Este dia deveria acabar mais cedo para descontar a hora que avançamos no dia anterior. Ficou claro para mim o que o Cacá dizia nas reuniões, que o desespero no set não leva a nada. Corremos, ensaiamos, mas o tempo, que não espera nem mesmo pelos justos, nos venceu. Desligaram as luzes!

Tentei pensar: as pessoas estão cansadas, a folga foi prometida e tem de ser dada. Foi frustrante demais!

Bom, como era de esperar com dois dias de ceninhas penduradas... Fui chamada à CPI do set. Graças a Santa Bárbara que perdeu sua cabeça para que eu não perca a minha!

Pensamos estratégias, eu fiz cortes no roteiro.

Ofereci cenas e planos aos deuses!”


“Fui ao cinema! Vale a pena de verdade toda a loucura, toda a entrega em um set de filmagem. Para depois... Sentar na sala, se aquecer e ver.”

Luciana Bezerra em suas “Notas do set”.



“Personagem Lopes: homem quieto, responsável. Cumpridor de seus deveres. É camarada. Está um pouco sozinho nesse Natal. No trabalho é muito respeitado, mas por alguns é considerado caxias. É bom de coração.”

Trechos da descrição dos personagens do filme Acende a luz.

domingo, 12 de setembro de 2010

O MARQUETEIRO SUMIU...

Inusitadamente o marqueteiro de Serra/DEM/PSDB/PPS/PTB, após supostamente ter sido internado em uma clínica acometido de forte gripe, com temperatura altíssima, 45º, e ameaça de pneumonia, teria sumido.

Após uma procura exaustiva em hospitais, clínicas, delegacias, listas de passageiros de companhias aéreas não foi encontrado nada que o localizasse, mas fala-se que, de fontes fidedignas, teria partido para os países árabes, com outro nome e estaria usando uma "burka" na tentativa de não ser reconhecido.

A oposição até teria oferecido recompensa a quem desse informações precisas sobre o paradeiro do marqueteiro.

Diante do fato consumado teria sido organizado um "Grupo de Recuperação", do qual fariam parte emprêsas jornalísticas e colunistas como Merval Pereira, Sardenberg, Ilimar, Noblat, Miriam Leitão e políticos como Álvaro Dias, Arthur Virgílio, Heráclito Fortes, Agripino Maia e até Gabeira e Jarbas Vasconcelos, estes mesmo pondo em risco a vitória nas eleições, respectivamente no Rio e em Pernambuco, para conter a queda de Serra nas pesquisas eleitorais, mesmo após as denúncias não comprovadas da participação de Dilma Roussef em esquemas contra Serra.

Como diria o grande Bussunda "FALA SÉRIO".

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

CAMPANHA ELEITORAL

A política, felizmente, esta sendo encarada com maior respeito pela população, que, nos parece, esta mais envolvida, percebendo que tudo depende da política, dos políticos.

Se votarmos mal teremos que suportar o que estamos vendo hoje, corrupção e candidatos eleitos somente defendendo seus próprios interesses.

Exemplo que as coisas não estão sendo solucionadas de acordo com as prioridades eleitas pela população é o caso da educação, saúde e segurança publica, além de saneamento etc., e todos falam, na propaganda do rádio e televisão que lutarão para resolver os problemas nestas questões e quase nada acontece, é tomar "aspirina para curar um câncer".

A participação de todos é extremamente importante e a imprensa livre e independente deve investigar e divulgar, mas não só quando os politicos não forem de suas conveniências, não estiverem de acordo com seus interesses, e aí o PIG vem falhando tremendamente, deixam de investigar quando o governante é apoiado por eles, como foi o caso no governo FHC, onde tudo era analisado da forma mais leve possível, contrariamente de agora, quando são algozes e superdimensionam negativamente tudo o que se relaciona a Lula ou Dilma, como no caso do vazamento da Receita Federal, onde não existe prova alguma do envolvimento da candidata do PT mas a imprensa aceita tudo o que é dito pelo candidato do PSDB/DEM/PPS/PTB.

Por isto, pela imprensa parcial que domina a mídia brasileira é que vão perdendo a credibilidade e nos obrigam a partir para a internet com o objetivo de defender nossos pensamentos.

É muito importante a imprensa livre e independente, investigar sem amaciar, criticar quem quer que esteja no poder, e veremos os assuntos começarem a ser resolvidos mais rapidamente.

Temos visto alguns artistas de cinema/teatro e televisão fazendo campanha, algo muito positivo quando é a favor de alguem, mesmo que não sejam aqueles que admiramos, mostrando as qualidades do candidato.

Agora, com o que não podemos concordar é quando vem falar mal de alguem, como dizer "eu tenho medo se este candidato for eleito" ou outros adjetivos quaisquer, parecendo que o candidato que defende não tem qualidades.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

O BRASIL NA PRIMEIRA DIVISÃO

Hoje estamos abrindo nosso blog para acesso de todos os que assim o desejarem, e temos o máximo prazer de iniciar com o texto deste grande economista Paulo Nogueira, mas vamos aproveitar para acrescentar o que escreveu hoje em "O Globo" Ilan Goldfajn, economista chefe do Itaú Unibanco, com o título "O FATOR BEM ESTAR".
Muitos se perguntam sobre o motivo de Dilma Roussef estar tão à frente nas pesquisas enfrentando eleições pela primeira vez, apesar de ter experiência em funções publicas, mas realmente, matérias como estas de Paulo Nogueira e Ilan Goldfajn respondem a tudo isto, é o "FATOR BEM ESTAR", a população brasileira nunca viveu momentos de tanta esperança e de situação positiva na economia, o que se traduz na melhoria de condições de vida.
E hoje também nos vem a notícia de que o Brasil já é o terceiro País no destino de investimentos estangeiros, atrás apenas de China e Índia.
Nós não vamos ficar só nas questões políticas e economicas, vamos falar também sobre esportes, eventos e sobre tudo aquilo que interessa aos brasileiros.


Texto de Paulo Nogueira Batista Jr.



Posso falar do complexo de vira-lata de novo? Sei que a autoconfiança do brasileiro está crescendo. Mas o referido complexo é arraigado, tem raízes profundas. Não será fácil erradicá-lo definitivamente.

Por exemplo, o brasileiro não tem noção exata da dimensão do país. O Brasil é o quinto maior do mundo em termos de extensão territorial e população. Quando se comparam os PIBs a taxas de câmbio de mercado, a economia brasileira é a oitava do planeta, maior do que a do Canadá, da Rússia e da Índia. Isso em 2009. Com o crescimento de 2010, o Brasil deve subir no ranking.

Digo mais: só cinco países estão entre os dez maiores em termos de território, população e PIB (medido por paridade de poder de compra): EUA, China, Rússia, Índia e Brasil. Se os PIBs forem comparados a taxas de câmbio de mercado, apenas três países permanecem entre os dez maiores: EUA, China e Brasil.

Posso dizer, leitor, que eu nunca, nem nos nossos piores momentos nos anos 80 e 90, perdi de vista essa realidade fundamental. Sempre me chocou a desproporção entre o Brasil e a percepção acanhada que o brasileiro tinha (ou tem) do país.

Certa vez, no final da década de 1980, quando era do Conselho de Economia da FIESP, aconteceu um episódio que me ficou na memória. No entusiasmo dos meus 30 e poucos anos, defendia com ardor um posicionamento mais ativo do Brasil nas suas relações econômicas internacionais. Outro conselheiro, o empresário Luiz Eulálio Bueno Vidigal, num tom condescendente, disse: “Um dia – quem sabe? – o Brasil estará em condições de fazer o que o Paulinho quer.”

Aquilo me doeu. Tinha horror de ser tratado como uma espécie de Policarpo Quaresma, defensor de teses irrealizáveis. A mim, parecia óbvio que o Brasil tinha um potencial extraordinário – e que as elites brasileiras não estavam à altura do país.

Bem. Esse dia a que se referia Vidigal chegou, está aí diante de todos nós, numa evidência límpida e cristalina.

Digito essas frases com certa emoção. Para um economista da minha geração, com o meu modo de ver o país, foi uma travessia longa e tenebrosa – que ainda não acabou. Após a queda de Dilson Funaro, tivemos os melancólicos anos finais do governo Sarney. Em seguida, Fernando Collor de Mello. Depois, oito anos de Fernando Henrique Cardoso. O primeiro mandato de Lula, na sua maior parte, ainda foi dominado por cautelas exageradas.

Não nego que o país tenha feito progresso em diversas áreas nesse período. Houve feitos notáveis (por exemplo, a URV e a fase inicial do Plano Real; a política externa do governo Lula, já no primeiro mandato), mas o quadro geral era desalentador. Predominava o complexo de vira-lata.

No FMI, o peso relativo do Brasil foi caindo ao longo desse período. Só em 2008, o país obteve aumento expressivo de quota e poder de voto, na reforma que conseguimos aprovar em abril daquele ano, mas que ainda não foi ratificada por um número suficiente de países.

O Brasil é atualmente o 18º no ranking do Fundo. Quando a reforma de 2008 for ratificada passaremos a 14º, ainda atrás da Arábia Saudita, do Canadá, da Holanda e da Bélgica. O próximo passo é colocar o Brasil na primeira divisão, entre os dez maiores quotistas do Fundo, em linha com o nosso peso na economia mundial.

Isso poderá ser alcançado na negociação, que está em curso, de uma nova reforma de quotas. Ela poderá estar concluída até o final deste ano ou início de 2011.

Negociação é eufemismo – está mais para luta de foice no escuro. A razão é que a importância do FMI aumentou muito desde 2008, com a crise mundial. O volume de recursos terá triplicado, para cerca de US$ 750 bilhões, quando se completar a implementação da reforma de 2008 e dos mecanismos de empréstimo decididos no G-20 em 2009. Quando a nova reforma de quotas estiver concluída, os recursos do Fundo poderão aumentar para cerca de US$ 1 trilhão.

Com isso, acirrou-se dramaticamente a disputa pelo poder dentro da instituição. Os europeus, por exemplo, quase todos super-representados no FMI, jogam pesado para preservar suas posições privilegiadas.

Temos chance de sucesso nesse embate? Não tenho dúvida de que sim. Só não seremos bem-sucedidos se não dermos prioridade à questão. Ou se nós, negociadores brasileiros, tivermos uma recaída no velho complexo de vira-lata.





PAULO NOGUEIRA BATISTA JR. é economista e diretor-executivo pelo Brasil e mais oito países no Fundo Monetário Internacional, mas expressa seus pontos de vista em caráter pessoal.

E-mail: paulonbjr@hotmail.com

Twitter: @paulonbjr.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

IMPRENSA LIVRE OU INDEPENDENTE?




Na nossa visão imprensa LIVRE significa também INDEPENDENTE e IMPARCIAL.

Mas onde esta a imprensa independente e imparcial no Brasil?

As organizações Globo são independentes e imparciais? A Folha de São Paulo é independente e imparcial? O Estadão é independente e imparcial? A revista Veja é independente e imparcial?

São livres por parte das atitudes governamentais, mas nenhuma destas citadas acima são independentes e muito menos imparciais, defendem sempre os mesmos interesses, as vezes até na mesma direção da população, mas muito mais para o lado das elites.

E entendemos que esta posição é contrária aos interesses brasileiros, porque, quando um governo é de direita, como o de Fernando Henrique Cardoso não recebe as críticas quando merece, e mereceu, como no caso das privatizações suspeitas, da compra de votos para a reeleição, das CPIs impedidas de serem abertas pela tropa de choque do Governo.

Não mereceu críticas na questão da educação e da saúde publica, na segurança, nos altos juros da Taxa Selic que estava em 25% quando FHC deixou o governo e hoje esta em 10,75% mas é criticada.

E esta omissão da mídia prejudica o Brasil, a população brasileira, pois parece que tudo vai bem quando apoiam o governo e tudo vai mal quando o governo é de centro como o de Lula.

Esperamos que no dia que o candidato defendido por eles ganhar que façam as críticas como veem fazendo agora, apesar de exageradas, para o bem do Brasil.

O Globo de hoje reserva páginas e páginas para atacar a candidatura de Dilma sobre o vazamento, ninguém é contra que haja uma investigação rigorosa e que os culpados sejam punidos, mas querer imputar culpa a este ou aquele, como faz o candidato Serra, da coligação PSDB/DEM/PPS/PTB é de uma irresponsabilidade inominável, só justificável, mas erroneamente, pelo desespero diante das pesquisas eleitorais.

domingo, 5 de setembro de 2010

Vazamento

Fui bancário por 17 anos e presenciei diversos atos de desvios, os quais vou relatar aqui, sem dar "nome ao bois".


Iniciei minha carreira bancária como contínuo, o "oficce boy" da época, tendo chegado à gerência passando por todos os cargos, escriturário, contador, etc.

Em um dos casos o caixa "encostou" cheques de parentes, os quais iam ficando dia após dia, até ser descoberto.

Outro funcionário que atendia à uma carteira, era o responsável pelos empréstimos e aumentava os valores, tendo como cúmplice o caixa, sem que o cliente ficasse sabendo pois assinava os documentos em branco, com a justificativa do funcionário de que estava com muito serviço e demoraria demais, preencheria depois.

Em outro caso um contador, tendo como cúmplice o caixa também, desviava os valores de pagamentos de empresas, que faziam ordens de pagamento diárias para as matrizes, uma via do documento, a que seria do cliente era autenticada e a segunda via era autenticada em um depósito para um cúmplice, fazia retiradas no Banco do Brasil também e só dava entrada na agência dias depois, quando concretizava o negócio. Neste caso, para verificar se a conta no Banco do Brasil estava correta, pedia ao contador o saldo da conta, o que sempre estava certo, e a Inspetoria modificou a fiscalização, solicitando o extrato bancário e verificando.

Enfim, temos diversos casos, e um dos maiores golpes acontecia no final dos anos 60, começo de 70, onde funcionários faziam retiradas contábeis de contas de pessoas idosas que não movimentavam por anos, não sabemos se todos foram ressarcidos, pois se faleceram provavelmente nem a família sabia dos valores depositados.

Mas os gerentes e contadores não eram responsabilizados, a não ser que tivessem participação direta, pois o erro não era na direção da agência, mas na maneira que a Inspetoria determinava que os trabalhos fossem realizados.

Na questão do vazamento de dados da Receita Federal, como falou o Ministro Mantega, também foram sendo alterados os sistemas de fiscalização, mas se um funcionário, como provavelmente aonteceu em Mauá, resolver vender os dados, só se verificará se houver denúncia, e os dados estavam sendo vendidos nas ruas de São Paulo, indiscriminadamente, de políticos ou não.

As denúncias de que Verônica Serra mantinha sociedade com a filha de Dantas já vinham sendo noticiadas há muito pelo site de Paulo Henrique Amorim, portanto eram de domínio publico, não foi o vazamento que levantou a questão.

Serra/DEM/PSDB/PPS demonstram uma indignação irreal na história, desejando apenas tirar proveito eleitoral, e é neste fato que reside a baixaria.

sábado, 4 de setembro de 2010

VAZAMENTO NA RECEITA FEDERAL

"O mais grave é que o jornal "Estado de São Paulo" teve acesso a documentos que provam que a Receita Federal descobriu que o sigilo da filha de Serra fora quebrado a mais tempo, mas escondeu o fato". Esta afirmação consta na coluna Merval/DEM/PSDB de "O Globo" de hoje, que compõem, entre outros, o PIG, o que comprova que a "baixaria" que é o levantamento desta questão, no mês que antecede a eleição, é patrocinada por Serra/DEM/PSDB/PPS e foi reservada para exploração agora.

O conhecimento que temos destas notícias requentadas, dossiês e Farcs, nos faz crer que o objetivo é prejudicar a candidatura de Dilma Roussef, e não o contrário, mas é um tiro no pé, Lula e Dilma estiveram com o Presidente da Colômbia ontem, que vê no Brasil um País irmão que não se identifica com as Farc, só Serra e o candidato a vice Indio da Costa fazem acusações falsas sobre o assunto.
O PIG noticia o vazamento só sobre pessoas ligadas ao PSDB, omitindo que 140 pessoas teriam tido suas declarações vazadas na mesma leva, inclusive Ana Maria Braga.
Abaixo anexamos matéria do site de Paulo Henrique Amorim, que assume o fato de ter levantado o envolvimento de Veronica Serra com os negócios suspeitos de Dantas.
É importante que se elejam senadores e deputados federais não vinculados à Serra/DEM/PSDB/PPS e até mesmo PT, procurando candidatos independentes que são encontrados em partidos como PDT, PSB, PV, PSOL, PC do B, PSTU e outros, para evitar a politização exagerada no Congresso, como aconteceu nesta gestão, que visou na maioria das vezes resolver questões partidárias, sem se interessar pelo que seria importante para o País.
Pedimos desculpas aos nossos contatos pela remessa de nossos emails, mas estamos sendo forçados a isto por não termos mídia, o PIG não nos dá espaços, só trocam "figurinha" com a oposição, ora a oposição acusa e o PIG "apimenta", ora o PIG "levanta a bola" e a oposição faz os comentários mais abusivos, dizendo "até a imprensa...".