Fui bancário por 17 anos e presenciei diversos atos de desvios, os quais vou relatar aqui, sem dar "nome ao bois".
Iniciei minha carreira bancária como contínuo, o "oficce boy" da época, tendo chegado à gerência passando por todos os cargos, escriturário, contador, etc.
Em um dos casos o caixa "encostou" cheques de parentes, os quais iam ficando dia após dia, até ser descoberto.
Outro funcionário que atendia à uma carteira, era o responsável pelos empréstimos e aumentava os valores, tendo como cúmplice o caixa, sem que o cliente ficasse sabendo pois assinava os documentos em branco, com a justificativa do funcionário de que estava com muito serviço e demoraria demais, preencheria depois.
Em outro caso um contador, tendo como cúmplice o caixa também, desviava os valores de pagamentos de empresas, que faziam ordens de pagamento diárias para as matrizes, uma via do documento, a que seria do cliente era autenticada e a segunda via era autenticada em um depósito para um cúmplice, fazia retiradas no Banco do Brasil também e só dava entrada na agência dias depois, quando concretizava o negócio. Neste caso, para verificar se a conta no Banco do Brasil estava correta, pedia ao contador o saldo da conta, o que sempre estava certo, e a Inspetoria modificou a fiscalização, solicitando o extrato bancário e verificando.
Enfim, temos diversos casos, e um dos maiores golpes acontecia no final dos anos 60, começo de 70, onde funcionários faziam retiradas contábeis de contas de pessoas idosas que não movimentavam por anos, não sabemos se todos foram ressarcidos, pois se faleceram provavelmente nem a família sabia dos valores depositados.
Mas os gerentes e contadores não eram responsabilizados, a não ser que tivessem participação direta, pois o erro não era na direção da agência, mas na maneira que a Inspetoria determinava que os trabalhos fossem realizados.
Na questão do vazamento de dados da Receita Federal, como falou o Ministro Mantega, também foram sendo alterados os sistemas de fiscalização, mas se um funcionário, como provavelmente aonteceu em Mauá, resolver vender os dados, só se verificará se houver denúncia, e os dados estavam sendo vendidos nas ruas de São Paulo, indiscriminadamente, de políticos ou não.
As denúncias de que Verônica Serra mantinha sociedade com a filha de Dantas já vinham sendo noticiadas há muito pelo site de Paulo Henrique Amorim, portanto eram de domínio publico, não foi o vazamento que levantou a questão.
Serra/DEM/PSDB/PPS demonstram uma indignação irreal na história, desejando apenas tirar proveito eleitoral, e é neste fato que reside a baixaria.
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