sábado, 30 de julho de 2011

Ouço uma nuvem a vagar no céu

Carlos Diegues, 29 de julho de 2011

Comecei a ouvir o disco novo de Chico Buarque, “Chico”, no mesmo sábado em que tomei conhecimento da morte trágica (mesmo que tão anunciada) de Amy Winehouse. Durante as primeiras horas de audição do CD e do simultâneo noticiário na televisão, meu coração esteve partido entre dois mundos tão igualmente inspirados, criativos e exemplares. E eu chorava, sem saber por quem chorar.
A felicidade não é um estado permanente em nós, apenas vivemos momentos felizes e infelizes ao longo de nossas vidas. E é preciso fazer render os primeiros, que devem ser serenos e cheios de pudor, algo que se curte como quem bebe um bom vinho de garrafa que sabemos que um dia vai precisar de outra. A euforia é a cara de uma moeda juvenil cuja coroa é a depressão.
Ninguém pode saber, ninguém tem o direito de ousar dizer do que morreu a grande artista que foi Amy Winehouse. Ninguém conhece a origem exata de sua dor, muito menos o tamanho dela.  Só nos cabe deplorar que tal fogo, chama que nos iluminou tanto em tão pouco tempo, tenha se apagado tão mais cedo do que gostaríamos.
Já Chico, sem comparações impossíveis, nos ensina a viver.
Arthur Nestrovski, em notável artigo no Estado de São Paulo, nos lembra que, sendo talvez o nome mais recorrente no país, cada vez que dizemos apenas Chico sabemos que é a ele que estamos nos referindo.  Como se ele fosse não apenas íntimo nosso, mas também único.
Neste “Chico”, são admiráveis as rimas toantes (“sobra/abóbora”,  “toca/vodca”, “mapa/rapta”, tantas outras tão belas). Como é incrível a astúcia de suas canções na passagem de tons maiores a menores e vice-versa. Ou como está cada vez mais barroca a sensual e rigorosa estrutura arquitetônica de suas canções. Ou ainda como a originalidade  de seu canto se aproxima paradoxalmente de um encontro entre a ironia do sambista esperto (sua dicção nas primeiras sílabas da palavra “esquecimento”, por exemplo, nos remete a um hilário “uísque”) com o romantismo de chansonnier contemporâneo.
Mas, de tudo que esse grande artista nos entrega em seu novo disco, o que me toca fundo é a serenidade ao encarar a vida, essa “obscura trama”. Como ele mesmo diz, Chico chega “macio” à sua idade, tratando o amor como algo que, mais do que excita, impregna. Só um homem capaz de preservar sua identidade em total liberdade é capaz de chegar a tal integridade artística e existencial.
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E por falar em liberdade, seu preço é mesmo o da eterna vigilância.
Essa semana, a Justiça, a pedido de um partido político, o DEM, proibiu a exibição do filme “A Serbian Film – Terror sem Limites”, do diretor sérvio Srdjan Spasojevic. A decisão foi reiterada pelo Ministério da Justiça que, mais adiante, se negou a dar-lhe uma classificação indicativa, o que impede a circulação nacional da obra.
Não vi esse filme sérvio. Mas pela descrição feita por quem já teve essa oportunidade, ele deve ser mesmo muito violento, como seu título informa. Mas certamente será menos perverso, desumano e insuportável do que aquilo que se viu acontecer na Sérvia real, há alguns anos, durante a guerra étnica em que foram massacradas multidões de inocentes com métodos cruelmente sofisticados.
Podemos até supor que esse “Terror sem Limites” não passe de uma pobre alegoria didática do horror real que a Sérvia conheceu durante a guerra. Uma daquelas obras que nos permite assumir que nunca mais algo parecido deve acontecer de novo, sob hipótese alguma.
Mas a questão fundamental não está no conteúdo do filme proibido e sim na própria idéia de proibi-lo. O autoritarismo está sempre no ovo da serpente que extingue a liberdade.
Se o filme assim o merece, crianças, adolescentes e jovens menores de idade devem ser protegidos de vê-lo, basta para isso interditá-lo para menores de 21 anos. Mas, ao cidadão adulto e livre, deve-se no máximo uma informação do que se trata a obra, para que não seja apanhado de surpresa, se for o caso.
O que não podemos admitir é que alguém pretenda pensar por nós,  nos dizer o que devemos e o que não devemos ver, ler ou ouvir.
Não precisamos de governantes que tratem a população como um bando de crianças imbecis, às quais se interdita o conhecimento e a informação que os poderosos não julgam convenientes, sejam de que natureza forem. O maior prazer que um ser humano pode ter é o de pensar por sua conta, não quero que ninguém o faça por mim.
A chamada Constituição Cidadã de 1988, vigente no pais, proibiu qualquer tipo de censura à obra de arte, a não ser a classificação indicativa por idade. O contrário disso é a barbárie de uma ditadura pura e simples. Esse filme a gente já viu e ele ficou em cartaz durante longos 21 anos.


Antes que eu me esqueça. Para seu conhecimento, o titulo desse artigo é um verso tirado da canção “Sem você 2”, do disco “Chico”.
                                                                                                           carlosdiegues@uol.com.br

quarta-feira, 27 de julho de 2011

UNE CHAPA BRANCA

A "grande mídia", na tentativa de continuar conduzindo a "base da pirâmide" segundo seus pensamentos, leva para a opinião publica a idéia de que a  União Nacional dos Estudantes é chapa branca.
Os jornais e revistas de direita sabem que a UNE não pode esquecer quem sempre esteve com ela, bem como não é possível que não saiba quem queimou sua séde, quem perseguiu, quem evitou que se manifestasse nos anos da ditadura das elites.
O DEM que nasceu PFL, que foi criado da Arena, do PDS, participou ativamente dos "anos de chumbo", retirando da população o direito de se manifestar e agora desejam que a UNE esteja com eles? Mas daí perguntarão, e o PSDB que foi contra a ditadura? Paga pelas companhias de partidos que a apoiaram, e neste caso DEM, PTB, criado pelas mãos do general Golbery, PP, PPS que se submeteu ao DEM/PSDB de São Paulo, todos juntos agora.
A UNE por sua história, sabe quem é quem, aqueles que sempre estiveram a favor da liberdade de expressão e os que manipularam e a colocaram praticamente na ilegalidade.
O nosso pensamento em relação as atitudes da "grande mídia" tem resposta em blogs como o de Nassif, do qual reproduzimos parte de matéria abaixo, de Zeno Otto, de Paulo Henrique Amorim, de Pedro Porfírio e de muitos outros que não concordam com o facciosismo de nossa imprensa, não significando que sejamos contra investigações que mostrem supostas corrupções como esta no Ministério dos Transportes.
Nassif comenta em seu blog que um dos pontos centrais das politicas de direitos humanos é o chamado direito à privacidade.
Diz Nassif que comentaristas da Fox, acumpliciados com redes anônimas de internautas atacavam Barack Obama, da mesma maneira que fizeram com a candidata Dilma Roussef no ano passado, contaminando o processo com acusações de que teria assassinado pessoas e que seria a favor do aborto.      
Agora a "grande mídia" fala que o governo não investiga os ministérios cujos ministros são indicações do PMDB, a exemplo da limpeza que esta fazendo no Ministério dos Transportes.
Irresponsabilidade é o que se pode chamar de uma acusação generalizada destas, pois a Presidente Dilma demitiu praticamente toda a cúpula indicada pelo PR seguindo acusações desta imprensa, porque não divulgam como sempre fazem, onde estão as administrações do PMDB que acontece o mesmo que no Ministério dos Transportes? 
Falam que o PDT esta instrumentalizando os sindicatos para cooptá-los, esquecendo-se de que desde os tempos do grande Presidente Getúlio Vargas havia uma ligação muito forte com os trabalhadores deste País, inclusive Jango sendo chamado para participar das negociações com os mesmos a cada reivindicação, a cada greve? É novidade a defesa dos trabalhadores pelo partido? 
Somos favoráveis a imprensa responsável, não facciosa, e temos a certeza de que a Presidente Dilma Roussef será agradecida se comprovarem atividades ilegais, para que ela tome as providências, as mesmas medidas que tomou para acabar com a suposta corrupção do Ministério dos Transportes.
Para desespero dos conservadores e reacionários, o Brasil alcança hoje o 5º lugar na preferência de investimentos internacionais.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

INDIGNAÇÃO REFREADA - Por estas por outras...

Redação Conversa Afiada

Caixa 2 de Furnas de FHC financiou
Aécio, Cerra, Alckmin e Kassab ?

    Publicado em 25/07/2011
 
Ué, a Renata Lo Prete não confia mais nas informações dele ?
Saiu no site de Leonardo Attuch notícia inacreditável:

Caixa 2 de Furnas: R$ 6 mi para eleição de Aécio ‘02

Documentos obtidos com exclusividade por 247 mostram que o atual senador por Minas teria sido beneficiado, nas eleições de 2002, pelo esquema montado na estatal; “recebedor/repassador” teria sido o atual secretário de Governo Danilo de Castro.

Marco Damiani_247 – Sem despertar qualquer tipo de desmentido, a divulgação com exclusividade por 247 da “Declaração para Fins de Prova Judicial ou Extrajudicial” assinada pelo ex-presidente de Furnas Dimas Fabiano Toledo – e registrada no 23º Ofício de Notas do Rio de Janeiro, em 6 de novembro de 2008 – contém mais revelações sobre políticos que teriam sido beneficiados, nas eleições de 2002, pelo esquema de caixa dois montado na estatal.

Há, no documento, um trecho inteiro dedicado aos benefícios em dinheiro vivo que teriam sido usufruídos pela campanha eleitoral do atual senador Aécio Neves (PSDB). Em 2002, ele concorreu e venceu as eleições para governador de Minas Gerais. A Declaração do ex-presidente de Furnas registra o seguinte:

“Nessa vereda, o Secretário de Governo de Minas Gerais Danilo de Castro, sendo mais um recebedor/repassador e operador do esquema de desvios de recursos públicos, originados do caixa dois da empresa Furnas Centrais Elétricas S/A. Os valores ultrapassaram a cifra de R$ 38.000.000,00 (trinta e oito milhões de reais). Danilo de Castro repassou estes recursos não declarados para vários políticos do Estado de Minas Gerais, incluindo o atual Governador Aécio Neves da Cunha com o valor de R$ 6.575.980,00 (seis milhões, quinhentos e setenta e cinco mil e novecentos e oitenta reais), e para a campanha de José Serra e Geraldo Alckmin com a importância de R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais)”.

A Declaração prossegue:

“Foram verbas sequer declaradas na Receita Federal e muito menos no Tribunal Regional Eleitoral, conforme constam nos relatórios que foram encaminhados pelo próprio Danilo de Castro para este declarante Dimas Fabiano Toledo”.

247 está procurando os políticos citados para registrar suas reações.

Para os outros textos de 247 a respeito da Declaração assinada e registrada pelo ex-presidente de Furnas Dimas Fabiano Toledo, leia nos links as notícias publicadas por 247 na sexta-feira 22:

http://www.brasil247.com.br/pt/247/poder/9059/Fantasma-do-caixa-2-de-Furnas-assombra-Kassab.htm


http://www.brasil247.com.br/pt/247/poder/9082/Pressionado-por-d%C3%ADvida-ex-de-Furnas-revela-caixa-2.htm


http://brasil247.com.br/pt/247/poder/9100

quinta-feira, 21 de julho de 2011

INDIGNAÇÃO

CONTRA QUEM?

Quando o povo foi para as ruas no final dos anos 70 na luta para acabar com os "anos de chumbo" com o golpe das elites de 1964, mostrava toda a sua indignação contra uma ditadura que torturou, empastelou jornais, endereçou uma carta bomba para a OAB, militares expodiram uma bomba dentro de um carro no Riocentro, cujo objetivo era culpar os que faziam oposição e mataram, como fizeram com o jornalista Wladimir Herzog e com Rubem Paiva e tantos outros.
Quando a população indignou-se com o governo Collor de Mello, o povo igualmente foi para as ruas, os estudantes pintaram seus rostos e derrubaram Collor com o auxílio da grande mídia que elegeu-o mas não confiava nele.
Quando a população começa a se indignar com o MST, percebe que os governos não tiveram sensibilidade para entender que não poderiam construir barragens e jogar as famílias para  as cidades sem qualificação alguma, eram indenizadas por valores que até poderiam ser justos mas que logo acabavam, a única coisa que sabiam fazer era plantar e criar algumas galinhas e porcos mas que davam para o seu sustento e mais, durante a ditadura distribuiram milhares de hectares de terra para os latifundiários, o que dificulta nos dias de hoje a reforma agrária.  
Agora a "grande mídia" representada pela Rede Globo e emissoras conveniadas nos estados, Estadão, Fôlha de São Paulo e Revista Veja iniciam uma campanha calcada na falsidade por jornalistas contratados, com artigos que falam da "perplexidade" pelo povo brasileiro não sair para as ruas como os países árabes criticando os "mal feitos" pelos governos como se vivessemos uma ditadura.
Mas eles só fazem que não entendem, porque é sabido que o povo não consegue se indignar porque não tem certeza contra quem.
Quando a oposição critica o governo atual porque não concorda com a abertura de CPIs, a população não se indigna porque lembra que no governo FHC as CPIs eram engavetadas sem dó nem piedade, como no caso da suposta compra de votos para a reeleição e privatizações altamente suspeitas.
Quando o povo pensava em se indignar com as acusações de supostos exageros de assessores do Governo Lula com os cartões corporativos, ficou estupefata com o arquivamento da CPI pelos opositores, quando os aliados resolveram investigar os tempos do Governo FHC.
Quando a população pensava em se indignar pela acusação de opositores de que um aliado de Lula, senador, teria um funcionário comissionado em seu gabinete, morando há anos no exterior, surgiu a acusação de aliados, de que Arthur Virgilio também teria um comissionado nas mesmas condições, o que foi confessado por ele.
Quando o povo iniciou um processo de indignação com o Caixa 2 do PT, apelidado de "mensalão" por Roberto "corrupto" Jefferson, eis que surge o caixa 2 de Eduardo Azeredo (PSDB) em Minas Gerais e o de Arruda (DEM) do Distrito Federal. 
Quando iniciamos um processo de indignação com tudo o que esta sendo descoberto no Ministério dos Transportes, nos lembramos das acusações de corrupção no Detran do Rio Grande do Sul, com a governadora Yeda Cruzius (PSDB) supostamente envolvida.
O povo foi para as ruas unânime contra a ditadura e Collor de Melo porque todos entenderam onde estava tudo aquilo com o que não de conformava, não aceitava.
Mas agora a oposição tenta incutir na população que deve se indignar com o que acontece, mas perguntamos, contra quem? Onde estão os que são mais ou os que são menos corretos?
A Presidente Dilma já demonstrou que não vai deixar "pedra sobre pedra" no Ministério dos Transportes e onde houver irregularidades.
O PR, ligado à Igreja, deve fazer um "mea culpa" e reconhecer que quem errou foram eles por indicarem para o Ministério pessoas que não eram idôneas, e nós entendemos, como já expressamos, que o partido que indicar alguém para um ministério que não se comporte com as obrigações de um homem publico deve perder o direito de permanecer, deve enfrentar uma "quarentena" e, se tiver alguém acima de qualquer suspeita poderá indicar para outra função no governo.

sábado, 16 de julho de 2011

O CALOTE DA DÍVIDA AMERICANA POR CACÁ DIEGUES

O fator das mudanças

Carlos Diegues, 15 de julho de 2011

Para nós da geração que viveu o auge da Guerra Fria e da obsessão anti-imperialista, o anúncio do potencial calote da dívida americana mais parece uma abertura de conto surrealista, ficção científica de esquerda agravada pelo papel da China como seu principal credor. Em nossa memória, a ruína do Império Soviético, naqueles anos de Gorbachev, de Yeltsin e da queda do muro de Berlim, se torna até plausível, razoável e muito simples de entender se comparada à quebra dos Estados Unidos, o império mais rico e poderoso que a humanidade já conheceu.
Nesta semana, aqui mesmo em O Globo, o economista Joseph E. Stiglitz, insuspeitável prêmio Nobel e professor da Universidade de Columbia, em Nova York, analisa essa possibilidade com muito realismo, acusando a direita americana de querer “revogar as leis básicas da matemática e da economia”.
Como não sou economista e não entendo muito de contas públicas ou privadas (à exceção das que faço com Renata, para produzir nossos filmes!), quando tomei conhecimento pelos jornais do quebra-quebra de bancos, durante aquela bolha imobiliária de 2008, imaginei que o tempo do mercado soberano e sem restrições, o mercado absolutista que se impusera desde os anos 1980, havia chegado ao fim. E quando vi as agências de crédito dos estados americano e europeus socorrerem com dinheiro público os que iam à bancarrota, até pensei que um novo keynesianismo estivesse se impondo à economia mundial pela força mesma das coisas.
O caso me interessou mais ainda quando li no New York Times que, do primeiro montante de recursos então solicitado pelo presidente Barack Obama e aprovado pelo Congresso americano, cerca de 800 bilhões de dólares, um pequeno pedaço ia para a ampliação da rede de exibição digital de filmes, nos Estados Unidos e no mundo, garantindo assim maior circulação para a produção de Hollywood. Em plena crise nacional, o estado americano não estava se esquecendo de socorrer também a cultura que há pelo menos um século ajudava a consolidar seu poder planetário.
Mas, como insiste Stiglitz e outros comentaristas em pânico,  a lição de 2008 não se converteu em costumes mais sadios, não provocou um novo, mais sensato e mais razoável comportamento de um mercado indisciplinado, desembestado e cego pelo voluntarismo do lucro imediato, a qualquer custo. O outro, também conhecido como o “próximo”, continuou fora da planilha das empresas, a sociedade seguiu sendo uma distante superstição de alguns chatos, a felicidade voltou a bater à porta do mercado, agora que ele sabia que o estado está aí mesmo para cobrir-lhe qualquer imprevisto mais desagradável.
Como num daqueles formidáveis thrillers morais dos anos 1940, com Humphrey Bogart, Edward G.Robinson e Veronica Lake, a segunda chance ofertada ao vilão não foi aproveitada por ele. O vilão não se regenerou e continuou a cometer os mesmos excessos de sempre, agora até mais confiante – se o próprio mercado não resolver a parada, o estado paga a conta por ele. A conta e os bônus de seus executivos sortudos.
Bem, não me sinto nem de longe capaz de prever o que vai acontecer com a economia americana ou com a China ou com o resto do mundo. Nunca tive, nem posso almejar vir a ter, um prêmio Nobel a me garantir sobre minha estante.  Mas é evidente que Obama não deseja a bancarrota da economia americana, assim como Wen Jiabao não vai gostar nada de dormir cheio de papéis podres do tesouro ameriano debaixo de seu travesseiro. A tragédia desses novos senhores do mundo é que eles podem muito pouco, se comparado ao que já puderam um dia.
Esses anos todos de hegemonia absoluta do mercado criaram uma rede de poder inconsútil, às vezes maior e mais poderosa que a do próprio estado. Não se trata mais dos lendários “barões ladrões” que fundaram o capitalismo americano no século 19 e que estavam muitas vezes dentro do próprio estado, manipulando seus recursos e seu poder político. Trata-se agora de um poder que não se confunde com o outro, pois não é institucional, não tem eleitor a quem prestar contas, não deseja o peso e o prejuizo dos compromissos políticos, muito menos se interessa pela pequena corrupção autárquica.
Se frequentarmos com atenção o mundo das coisas, veremos que não somos, nesse universo, os únicos seres sociais com um projeto coletivo para sua comunidade ou para sua própria espécie. A formiga, a abelha, o golfinho, muitos animais vivem uma vida social tão intensamente organizada quanto a nossa. Mas enquanto eles cumprem seu papel sem consciência do que fazem ou do que são, nós somos os únicos a ter consciência de nossa individualidade. Ou seja, a ter consciência do que somos e a ter consciência da existência do outro.  
Mas a economia de mercado sem limites não pode levar em consideração o benefício dos outros. O tipo de compromissos enredados nessa economia globalizada, e portanto dependente, dificilmente permite mudanças em nome da ordem politica ou simplesmente humana. E as mudanças necessárias no mundo de hoje deixaram o terreno da pura economia, seja de direita ou de esquerda, mesmo que dentro da legalidade representativa.
O que pode mudar o mundo de hoje passa necessariamente por um valor moral – a divisão entre os que se importam e os que não se importam com o outro. E isso nenhum político, por mais virtuoso, resolverá sozinho.
 
carlosdiegues@uol.com.br
  
 

sexta-feira, 15 de julho de 2011

CRISE AMERICANA - DE NOVO...

O MUNDO AMEAÇADO PELOS NEO-LIBERAIS

Depois da "bolha americana" que assolou o mundo em 2008, estamos ameaçados novamente, ao ponto da China ter pedido ao governo Barack Obama que agisse com responsabilidade.
Sabemos que a economia americana é dirigida pelo Congresso capitalista neo-liberal, o Presidente fica à mercê da "gula" costumeira dos que comandam o processo, acostumados a jogar os prejuízos para os países mais pobres, emergentes, nos dias de hoje bem mais difícil porque o comércio que passava pelos Estados Unidos da América tanto na venda como na compra, agora é independente, há negociações diretas.
Mas os Estados Unidos estão pagando caro ainda pelos descalabros do governo Bush que ao invadir o Iraque com a mentira da ameaça de terrorismo por armas químicas, com cálculos dos lucros com a tomada dos poços de petróleo e inclusive a suposta recuperação do País já dividida com empresários americanos totalmente inviabilizada pela reação iraquiana.
A crise chegou ao ponto do governo americano ter resolvido investigar o banco Credit Suisse por supostamente ter enviado para o exterior bilhões de dólares sem o pagamento de impostos, o que há muito pouco tempo atrás era um fato que atingia somente os países emergentes, cuja remessa favorecia aos Estados Unidos.
Para piorar a situação ainda têm os americanos que enfrentar a ameaça do aumento do desemprego, até porque o mundo hoje não tem condições de deflagrar as "guerras" constumeiras, que permitiam o aquecimento da indústria da fábrica de armas e munições, o que vai causar mais problemas pelos equívocos a que levavam estas atitudes.
Como fizeram os chineses, esperamos que o Congresso e o Governo Obama "aja com responsabilidade".

ESCÂNDALO LALAU

DESVIO NA CONSTRUÇÃO DO TRT DE SÃO PAULO

Sob o título "CORRUPÇÃO PUNIDA", o Globo de hoje escreve matéria sobre o desvio na construção do Tribunal Regional do Trabalho, que ficou conhecido como "Caso Lalau".
Atendendo ordem do juiz da 19ª Vara da Justíça Federal, R$ 54,9 milhões desviados já estão na conta do Tesouro Federal, devolvidos pelo ex-senador Luiz Estevão, enquanto o juiz Nicolau dos Santos Neto cumpre prisão domiciliar em São Paulo. 
Foram desviados na construção do prédio do TRT R$ 169,5 milhões, valor este que acrescido de juros, correção monetária e multa chega ao montante de R$ 800 milhões.
O ex-senador Luiz Estevão foi obrigado a devolver parte do dinheiro desviado, foi cassado, preso diversas vezes mas sempre libertado no máximo poucos dias depois.
Gostaríamos de entender o que significa "Corrupção Punida", se o ex-senador não teve uma prisão merecida, foi o principal personagem do desvio e foi punido? 
O juiz Nicolau dos Santos Neto recebeu do Grupo OK de Luiz Estevão parte dos valores desviados, mas perguntamos , o juiz teria como receber a propina se não fosse repassada pelo grupo presidido pelo ex-senador? Nunca! O ex-juiz só reconhecia os servíços prestados e autorizava o pagamento que lhe era devolvido indevidamente.
Quem foi o principal protagonista do roubo? O ex-senador Luiz Estevão que, em nosso entendimento, deve responder por todo o desvio caso não seja possível o ressarcimento através dos bens penhorados do ex-juiz Lalau.
O ex-senador é multi-milionário e a corrupção poderá ser realmente considerada punida se Luiz Estêvão responder por tudo aquilo que faltar para o ressarcimento da dívida, apesar de ainda entendermos que, se o juiz Nicolau dos Santos Neto esta cumprindo prisão domiciliar o ex-senador deveria estar preso também.
 

terça-feira, 12 de julho de 2011

PARA QUEM ACHA QUE O CAPITALISMO NEO-LIBERAL É MELHOR

 

A crise ideológica do capital ocidental

12/07/11 00:03 | Joseph Stiglitz 


 
 
Ainda há bem poucos anos, uma ideologia poderosa – a crença nos mercados livres e sem restrições – colocou o mundo à beira da ruína.
E até mesmo no seu apogeu, desde o início dos anos 80 até 2007, o capitalismo desregulado ao estilo norte-americano trouxe maior bem-estar material mas só para os muitos ricos no país mais rico do mundo. Na verdade, nos 30 anos de ascensão desta ideologia, a maioria dos norte-americanos viu os seus rendimentos baixar ou estagnar ano após ano.
E o crescimento da procura nos EUA não foi economicamente sustentável. Com tanto do rendimento nacional norte-americano a ir para tão poucos, o crescimento só podia mesmo continuar através de um consumo financiado por um endividamento crescente.
Estava entre aqueles que esperavam que, de certo modo, a crise financeira ensinasse os americanos (e os demais) quanto à necessidade de uma maior igualdade, uma regulação mais forte e um maior equilíbrio entre mercado e governo. Mas não foi esse o caso. Pelo contrário, o ressurgimento das economias de direita, movida, como sempre, pela ideologia e por interesses especiais, volta a ameaçar a economia global - ou pelo menos as economias da Europa e da América onde essas ideias continuam a florescer.
Mas existem alternativas, no caso da Europa: uma estratégia de crescimento economico suportado pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional. O crescimento reporia assim a confiança de que Grécia conseguiria a amortizar as suas dívidas, levando as taxas de juro a cair e dando uma maior margem de manobra orçamental para investimentos que fomentem um maior crescimento. O próprio crescimento conduz a um aumento das receitas fiscais, assim como o apoio aos desempregados e a confiança que isto gera conduzem a um maior crescimento.
Infelizmente, os mercados financeiros e os economistas e a direita perceberam o problema ao contrário: acreditam que a austeridade gera confiança e que a confiança gerará crescimento. Mas a austeridade afeta o crescimento, agravando a posição orçamental do país, ou pelo menos gerando menos melhorias do que os defensores da austeridade prometem. E sempre que a confiança é afetada inicia-se assim uma espiral descendente.

Até que ponto devemos continuar a experimentar ideias que falharam? Não devemos, mas ao que parece é isso que vai acontecer. A incapacidade da Europa ou dos EUA de regressarem a uma via de crescimento robusto será sempre má para a economia global. E se essa incapacidade se verificar aos dois ao mesmo tempo, estaremos perante um cenário desastroso - por mais que as grandes economias emergentes consigam um crescimento auto-sustentado. Infelizmente, e se não prevalecer a sensatez, será para aí que o mundo caminha.
Tradução de Carlos Tomé Sousa

Joseph E. Stiglitz, Prémio Nobel da Economia

segunda-feira, 11 de julho de 2011

DEMISSÃO DE MINISTROS

Estamos acompanhando as críticas que vem sofrendo o Governo Federal, pela demissão dos Ministros Alfredo Nascimento e Palocci, o primeiro por supostos crimes de corrupção e por já ser personalidade que não inspira confiança em ninguém por seu passado e o segundo por não ter dado as explicações necessárias para a população brasileira, pela "confidencialidade" constante nos contratos com seus clientes.
A Presidente Dilma Roussef como não poderia deixar de ser demitiu ambos pela tranquilidade que deve ter para governar, o que não impede que os mesmos lutem para provar que são inocentes.
Mas eu pergunto, deveria a Presidente deixar de demiti-los?
Com certeza não, foi uma atitude das mais corretas e deve demitir todos aqueles que não demonstrem a honestidade inerente, que deveriam nortear suas vidas permanentemente, a um homem publico não basta ser honesto, tem que demonstrar sê-lo.
Mas a oposição esta a fazer uma crítica política, como se fosse possível alguém saber de antemão as qualidades positivas ou não de todos, e muitos foram indicados e defenestrados por não demonstrarem ter uma vida ilibada, mesmo que supostamente até com injustiça.
Êrro seria acobertar os funcionários porque foram nomeados pelo Governo e agora ter que demiti-los.
Ao Congresso Nacional cabe trabalhar e não ficar alimentando "picuinhas" para atingir o Governo ao qual devem servir para o engrandecimento de nosso Brasil.
Cabe também aos partidos escolher melhor suas indicações para não colocar em risco o Executivo, e já sugeri que nomeado um assessor indicado por um partido, o mesmo deve perder a oportunidade de nomear o substituto, não é possível a Presidente da Republica ficar a responder pela irresponsabilidade de quem não sabe escolher pessoas honestas que, felizmente ainda temos muitas em nosso País.
Não importa demitir um, dois ou 10 Ministros ou funcionários, importa é fiscalizar e fazer com que o povo comece a acreditar que estamos mudando.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

ACABAR COM OS FEUDOS - SERRA VIVE

PARA A EXCELENTÍSSIMA PRESIDENTE DILMA ROUSSEF!
 
Caras Amigas e Amigos!
 
O Brasil tem um número interminável de partidos, instituições, clubes de futebol e associações cujos presidentes se elegem e se perpetuam nos cargos.
É preciso que se criem leis para evitar a permanência indefinida de pessoas à frente de qualquer entidade para acabar com os feudos, sinônimo do poder dos antigos "coronéis".  
Os casos de corrupção em nosso País, que não são de agora mas sempre aconteceram, infelizmente com a mídia insuflando a opinião publica quando os governos não são de seus gostos.
Temos que reconhecer o trabalho da imprensa na descoberta de falcatruas, corrupções, falta de decoro etc.etc., como no caso agora divulgado do caso no Ministério dos Transportes, e é preciso destacar o afastamento dos acusados, mas com a triste informação de que o Ministro Alfredo Nascimento participaria da escolha do seu substituto.
É preciso que os partidos conheçam as pessoas que fazem parte de sua executiva e, ao sugerirem nomes para compor os ministérios ou mesmo funcionários do 2º e 3º escalão assumam as responsabilidades. É praticamente impossivel que a Presidente da República conheça os filiados de todos os partidos, até do seu partido é dificil, então que se crie um código de ética.
O "partido" que sugerir um nome para ocupar qualquer cargo no executivo, caso este funcionário não corresponda as expectativas, principalmente recebendo acusações sem resposta como esta do Ministério dos Transportes, perde o direito de permanecer a frente do mesmo, cabendo a Presidente preencher o cargo com pessoa de sua inteira confiança.
Isto acaba com os "feudos", é uma vergonha que se troque um Ministro nomeado pela Presidente da Republica, atendendo a sugestão de partido, por acusações como estas e passado algum tempo se verifique que nada foi alterado, apenas mudou a equipe mas a corrupção continua a correr solta.
 
SERRA VIVE
 
O candidato à Presidência no ano passado, José Serra, em discurso, sugere que o PSDB faça uma oposição rigorosa ao governo Dilma Roussef, esquecendo-se que a campanha de 2010 foi uma das mais "baixas", a "grande mídia" apoiando descaradamente o candidato do PSDB/DEM/PPS.
Mas não foi só a "grande mídia" que baixou o nível da campanha, na internet recebemos matérias com acusações mentirosas, com total falta de responsabilidade, elaboradas supostamente pela cúpula que apoiava José Serra.
Resultou em algo este tipo campanha? De maneira alguma, e só Serra não entendeu isto, Aécio Neves, Sérgio Guerra e Tasso Jereissati já declararam que pretendem estruturar o PSDB e fazer uma política propositiva, apresentando um programa em que a população acredite.       


terça-feira, 5 de julho de 2011

AS PRIVATIZAÇÕES QUE NÃO PUDERAM SER INVESTIGADAS

DO BLOG DE PAULO HENRIQUE AMORIM

Redação Conversa Afiada

RedaçãoConversa Afiada

Bueiros da Light
explodem a privatização do FHCAvaliação NegativaAvaliação Positiva (+6)

 
Além de vender a Vale, ele vendeu a Light. Um jenio !

Segundo O Globo, os bueiros da Light explodem nas ruas do Rio à razão de quatro por dia !

A reportagem do Globo mostra a dificuldade de o poder público obrigar a Light a impedir as explosões – já houve mortes – ou puní-la.

É uma situação inacreditável em que a empresa decide se quer se punir ou não.

Absurdo que se pode repetir com o
“PNBL do Bernardo, em que as telefônicas não vão fazer nada muito diferente do que fazem hoje”.

Em São Paulo, a
Eletropaulo não consegue produzir eletricidade quando chove, segundo o testemunho insuspeito do tucano Governador do Estado.

Nas duas pontas – Light e Eletropaulo – figurou, exuberante, na privatização do Farol de Alexandria, a empresa americana AES.

Foi uma privatização que se lubrificou com o BNDES, da mesma forma que se lambuzaria a francesa do Abiliô: o casamento do Pão de Açúcar com o Carrefour.

(
Se os franceses do Casino fossem bobos.)

Ou, como diz o Zé Simão: o pão é francês mas a rosca é brasileira.

Esse BNDES …

(Diz a Folha (*) na primeira página que a
operação do Abiliô foi para o saco. Bem que este ansioso blogueiro avisou que o Abílio não era o Dantas e nem o Casino os fundos de pensão da BrOi.)

Quando os bueiros  do Rio explodem, explode  junto o programa de privatização do Farol de Alexandria.

Ele fez uma privatização sem xerife.

Sem controle.

Sem punição.

Tão desastrosa para o consumidor que nenhum tucano candidato a presidente consegue defendê-la.

O Geraldo Alckmin em 2006 vestiu o colete da Petrobras.

A campanha do Cerra de 2010, além de mostrar um cano que ia de Sergipe ao Ceará – até hoje ele não explicou o que ia fazer com o cano – acusou a Dilma de entreguista e se apresentou como mais  estatista que o Chávez.

Se os homens públicos brasileiros tivessem um grama da coragem do Brizola, em nome do interesse público, recompravam a Light e a Eletropaulo por R$ 1 – R$ 1 pelas duas.

Paulo Henrique Amorim

domingo, 3 de julho de 2011

MERVAL EM "O GLOBO" DE HOJE

NA TENTATIVA DE ESCONDER A REALIDADE
O jornalista "imortal" Merval Pereira faz considerações sobre direita, esquerda, DEM, PSD, etc., sempre defendendo as mesmas posições em defesa da direita a que eles negam pertencer.
A direita tenta se autodenominar de "centro", sabem que ser considerado de "direita" é sinônimo de insensibilidade com as questões sociais, mas na realidade de "centro" somos nós considerados de "esquerda" apenas porque estamos nesta posição em relação a eles.
O PSD de Kassab pode até tentar ser considerado de esquerda mas quem acompanha política sabe que a ideologia do partido sempre será a mesma do DEM, esta sendo criado apenas por uma questão de espaço, pela "môsca azul" ter picado o Prefeito de São Paulo, cujo real objetivo é a candidatura ao Governo do Estado de São Paulo, enfraquecendo a posição do Governador Geraldo Alkmin em favor de José Serra.
Diz Merval que o DEM defende é que esta na hora de uma verdadeira experiência liberal, com uma reforma do pacto federativo para diminuir o tamanho do Estado para conseguir também a redução de impostos.
Nada mais falso, não foi uma verdadeira experiência liberal o governo FHC/DEM/PSDB?
E os impostos foram reduzidos com Fernando Henrique Cardoso?
Na expressão dos componentes do PSDB/DEM/PPS se pode perceber a tentativa de demonstrar um pensamento que não corresponde aos seus atos, dizer que entre social democracia; centro direita e liberal o Democratas fica entre os dois últimos é a maior demonstração de "cara de pau", é radical de direita.
Cita o jornalista que o Senador Agripino Maia se reuniu com líderes de diversos países latino-americanos para combinar um trabalho conjunto para se contrapor aos governos de esquerda.
Diz ainda o senhor Merval que o Democratas tenta se reerguer dos seus próprios escombros para assumir um papel de centro-conservador.
De "centro"? O DEM jamais vai ser de centro, nasceu das cinzas da "ditadura das elites", da Arena, do PFL. que usaram os militares para "segurar a vaca para mamarem",  mudando de nome por falta de identificação com as aspirações populares, buscando fugir à negatividade de suas posições..
Aqueles que já se socorreram do Estado para fugir da falência esquecem que se o Brasil não estivesse estabilizado economicamente de maneira forte não poderia ter saído da crise de 2008, entrou por último e saiu primeiro, sendo elogiado internacionalmente.
Vamos estar atentos porque "aqueles que não foram querem parecer que são"!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

CONDENAÇÃO DE DOMINIQUE STRAUSS-KAHN



NOVA YORK (Reuters) - O ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn foi liberado nesta sexta-feira sem pagamento de fiança, depois de uma audiência sobre as acusações de crime sexual contra ele.
Promotores disseram na audiência que a credibilidade da camareira de hotel que está no centro do caso após ter acusado Strauss-Kahn foi colocada em dúvida.
"Entendo que as circunstâncias desse caso mudaram substancialmente e concordo que o risco de que ele não compareça aqui diminuiu consideravelmente. Eu libero o sr. Strauss-Kahn sem o pagamento de fiança", disse o juiz Michael Obus ao tribunal.
Strauss-Kahn foi acusado de tentativa de estupro, abuso sexual e agressão sexual.
(Reportagem de Basil Katz)