domingo, 29 de janeiro de 2012

O FIM DO CAPITALISMO SELVAGEM

Capitalismo em xeque no encontro de bilionários em Davos

28/1/2012 15:03,  Por Redação, com agências internacionais - de Davos, Suíça
5


Davos
Manifestantes, em Davos, culpam os ricos pela pobreza mundial
A conferência organizada entre as empresas e países mais ricos do mundo, neste sábado em Davos, na Suíça, começou com um protesto no qual um grupo de ativistas ucranianas, conhecido como Femen, tirou a roupa contra o capitalismo e seus efeitos na sociedade moderna. “Somos pobres por culpa de vocês”, escreveu no torso nu uma das manifestantes, num recado ao sistema que, mundialmente, experimenta seus piores dias desde que foi idealizado, ainda na Revolução Industrial britânica, há quatro séculos.
Nos dias de hoje, o capitalismo tem futuro? Ainda serve à sociedade do século XXI? As perguntas cabem perfeitamente nas palavras de ordem dos movimentos de protesto que já ocuparam as praças e alamedas da pequena estação de esqui nos Alpes suíços, quando não tiram a roupa no frio abaixo de zero. Mas, na realidade, estão no centro do primeiro debate do Fórum Económico Mundial, que reúne desde os ministros das finanças dos países ricos aos grandes banqueiros, sobretudo norte-americanos, diante da herança de erros da crise financeira dos últimos anos. Mas poderá haver pouco tempo para reflectir sobre isso, com a Europa e o mundo em suspenso por causa de outra crise, a da dívida soberana.
A própria agenda encarregou-se de antecipar as principais preocupações. Dentre os 2,6 mil líderes políticos, empresariais e financeiros que se hospedaram, este ano, para o Fórum de Davos, foi a chanceler alemã Angela Merkel a escolhida para abrir o primeiro dos cinco dias do encontro. Com uma nova cúpula europeia já na próxima segunda-feira, os labirínticos corredores e os luxuosos hotéis de Davos servem de palco às discussões paralelas entre os líderes europeus, às voltas com a perspectiva de recessão na zona euro, com um difícil acordo para a reestruturação da dívida grega e com a necessidade de travar o contágio da crise às grandes economias da moeda única.
Enquanto isso, os organizadores do FEM ainda tentam, uma vez mais, elevar a discussão a outro patamar, em linha com o tema deste ano: A Grande Transformação: Dar Forma a Novos Modelos. Klaus Schwab, fundador do Fórum de Davos, foi o primeiro a atirar contra o modelo econômico que naufraga:
– O capitalismo, na sua forma atual, não se adequa ao mundo à nossa volta.
Declarações que cabem feito luva ao movimento Ocupar Wall Street e aos demais protestos que circundam o planeta, em Davos ecoam desde os luxuosos hotéis onde ocorrem as principais discussões do encontro de bilionários até os acampamentos de iglus dos manifestantes contrários ao sistema, na montanha suíça, a 1,5 mil metros de altura. As perguntas sem respostas, porém, encontram-se no momento com os “homens de Davos”. Ou seja, muitos dos banqueiros que tiveram de pedir a ajuda dos Estados, dos economistas que não previram a crise e dos líderes políticos que continuam sem dar uma resposta convincente aos problemas actuais.
Após um breve afastamento de Davos, entre 2009 e 2010, no início da crise do capitalismo mundial, e de um tímido regresso no ano passado, os banqueiros voltam este ano a afirmar a sua presença. Vikram Pandit, o diretor executivo do Citigroup, é um dos co-presidentes do Fórum, o primeiro de um banco norte-americano desde 2008. No momento em que as atenções se voltam para os bancos europeus, expostos à dívida grega e dependentes da ajuda do Banco Central Europeu (BCE), a história recente do Citigroup até passa despercebida: foi o banco norte-americano que mais pediu ajuda ao Estado assim que a crise mundial eclodiu e foi o que apresentou a pior performance aos acionistas na última década e Vikram Pandit. Desde o início de 2009, Pandit reduziu o seu salário a US$ 1 até o banco ultrapassar os seus problemas, mas já recebeu, no ano passado, um bónus de US$ 16 milhões.
Ao presidente do Citigroup junta-se uma delegação com os líderes dos maiores bancos, como o Bank of America e o JP Morgan Chase. São eles que, lado a lado com a classe empresarial de topo, com as dezenas de multimilionários e com cerca de 40 líderes políticos, ficaram com a espinhosa tarefa de discutir cenários de mudança e os modelos económicos que podem fazer essa transição do capitalismo para um outro sistema, que ainda não sabem qual, exatamente. E isto quando a confiança nos “homens de Davos” está mais frágil que nunca.
Esta semana, o barômetro Edelman, realizado no âmbito do FEM, revela um forte declínio na confiança pública nos governos e no setor empresarial. Outro estudo do Fórum, sobre os Riscos Mundiais em 2012, colocava o agravamento das desigualdades sociais no topo das preocupações de mais de 400 especialistas do mundo acadêmico, empresarial e governamental para a próxima década. Depois da Primavera Árabe ter gerado uma onda revolucionária de protestos, o receio patente no relatório é que o crescimento do fosso entre ricos e pobres, o desemprego jovem e a falta de confiança no futuro possam plantar as “sementes da desordem” e abrir caminho à agitação social.
O aumento do desemprego, o abrandamento da economia mundial e o risco de protecionismo são algumas das questões no topo da agenda de Davos. Contudo, no meio das mais de 280 sessões oficiais – painéis, discursos eworkshops- há de tudo um pouco. Desde as descobertas científicas que deverão moldar o mundo este ano às diferenças entre uma sonata de Beethoven tocada em instrumentos musicais velhos ou modernos. Desde os discursos do presidente do BCE (Mario Draghi), da líder do FMI (Christine Lagarde) ou do secretário do Tesouro americano (Timothy Geithner) à presença dos líderes da Unilever e da General Electric. Tudo isto polvilhado com as famosas festas, que têm conferido a Davos uma aura de exclusividade, luxo e decadência.
DO BLOG CORREIO DO BRASIL

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

"ELES NÃO MORRERAM DE OVERDOSE"

Em "O Globo" de ontem o administrador de empresas João Luiz Mauad, sob o título acima, derrama suas lágrimas ao afirmar "desde priscas eras, a imagem dos empresários sempre foi a pior possível, não raro considerados ladrões, sonegadores ou exploradores do trabalho alheio".
Chega a dar pena do senhor Mauad e dos empresários deste País, tão mal avaliados...ehehehehe.
E faz da repercussão da morte de Steve Jobs a mais radical defesa do empresariado, como se isto possível fosse. Como algum  iluminado já disse "uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa".
Se há alguma radicalização, e há, é dos economistas e jornalistas que escrevem no PIG, que não reconheceram nada de bom que Lula fez, e fez muito, conquistando a admiração do mundo, colocando o Brasil no G20, com uma avaliação positiva de 80% que lhe permitiu eleger, depois de reeleito, a Presidente Dilma Roussef, o que FHC, tão defendido por Merval, Sardenberg, Ancelmo, Noblat, Constantino e toda a imprensa reacionária, não conseguiu.
O que precisa o governo fazer para receber o reconhecimento destes economistas e do PIG que se dizem independentes?
Todos os dias tomamos conhecimento de avanços alcançados que não são citados a não ser pelos blogueiros independentes.
Na fronteira do México com os Estados Unidos há muitos anos que sabemos que existem os "coiotes", que atravessam pessoas do mundo todo que tentam entrar no País americano, atrás do progresso, na procura de trabalho, inúmeros brasileiros já entraram por lá, outros foram enganados e voltaram frustrados. 
Pois agora, na busca de oportunidades, aproveitando-se do progresso alcançado pelos governos brasileiros nos últimos nove anos, "coiotes" estão atuando na fronteira do Brasil, atravessando haitianos, quadrilhas de mexicanos especialistas nesta área estão oferecendo passagens ao preço de US$ 2 mil a US$ 5mil aos interessados.
Nos últimos três dias de 2011 cerca de 550 haitianos entraram no Brasil por Brasileia, no Acre.
E não só haitianos que estão buscando trabalho no Brasil, da Nigéria, Libéria, África do Sul, Tanzânia, Zimbábue, Afeganistão e Paquistão chegam famílias inteiras pedindo refúgio.
Isto é sinal de um País em dificuldades? Não, isto é prova de que o Brasil é o preferido na busca de oportunidades, assim como é o mais procurado pelos investidores internacionais.
Os blogueiros independentes não têm esta idéia de que todos os empresários merecem toda a sorte de críticas, assim como em todos os segmentos, existem empresários que merecem o respeito, que administram seus negócios se preocupando com o bem estar de seus empregados.
Não podemos dizer que todos os políticos, policiais, membros do judiciário, etc.etc. são corruptos, jamais foi entendido que não existem empresários sérios, que merecem o nosso maior respeito.
Mauad com malícia, pretende fazer entender que sejamos considerados radicais, quando radical é o PIG e os economistas que os defendem.
Mas esta estratégia da oposição, de radicalizar, acusando a nós de radicais não vai "colar", a falta de discurso é que esta ocasionando este comportamento.
O ato mais "esperto" da oposição no ano passado foi protagonizado por Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo, ao pular do barco naufragando do DEM e criando o PSD, que já é um dos maiores partidos brasileiros, não porque signifique nada diferente dos Democráticos mas porque é uma oportunidade de navegar sem a "pecha" de "oposição raivosa", dizendo que irá votar de acordo com o governo, apoiando os bons projetos, o que não é nada diferente do que dizem PSDB/DEM/PPS.
José Agripino Maia, presidente do DEM, disse ontem :"O PSD é um partido feito por pessoas que não têm uma história", o que corrobora nosso entendimento de buscam apenas uma "tábua de salvação".

domingo, 1 de janeiro de 2012

Feliz Livro Novo

Do blog de nosso amigo Zeno Otto
Feliz Livro Novo.
 
Imagem Activa
Quando 2011 começou, ele era todo seu. Foi colocado em suas mãos...
Você podia fazer dele o que quisesse...
Era como um Livro em Branco, e nele você podia colocar um poema, um pesadelo uma blasfêmia, uma oração. Podia... Hoje não pode mais; já não é seu. É um livro já escrito... Concluído.
Como um livro que tivesse sido escrito por você, ele um dia lhe será lido, com todos os detalhes, e você não poderá corrigi-lo. Estará fora de seu alcance.
Portanto, neste início de ano, reflita, tome seu velho livro e o folheie com cuidado. Deixe passar cada uma das páginas pelas mãos e pela consciência; faça o exercício de ler a você mesmo.
Leia tudo...
Aprecie aquelas páginas de sua vida em que você usou seu melhor estilo.
Leia também as páginas que gostaria de nunca ter escrito. Não, não tente arrancá-las. Seria inútil. Já estão escritas.
Mas você pode lê-las enquanto escreve o novo livro que lhe será entregue.
Assim, poderá repetir as boas coisas que escreveu, e evitar repetir as ruins.
Para escrever o seu novo livro, você contará novamente com o instrumento do livre arbítrio, e terá, para preencher, toda a imensa superfície do seu mundo.
Se tiver vontade de beijar seu velho livro, beije-o. Se tiver vontade de chorar, chore sobre ele. Não importa como esteja... Ainda que tenha páginas negras, reflita e diga apenas duas palavras: Obrigado e Perdão!!!
E, em 2012, lhe será entregue outro livro, novo, limpo, branco todo seu, no qual você irá escrever o que desejar...

FELIZ LIVRO NOVO!!!
Texto enviado pela Tânia Krueger e Gilda Poli. Autor desconhecido. Quem souber, nos informe por favor. Não é um daqueles textos chatos, em PPS, cheios de imagens tiradas do Google.

Deus segundo Spinoza

Que matéria especial para um primeiro de ano.


Deus segundo Spinoza
Pára de ficar rezando e batendo o peito! O que eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida. Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti.
Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa. Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias. Aí é onde Eu vivo e aí expresso meu amor por ti.
Pára de me culpar da tua vida miserável: Eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade fosse algo mau. O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria. Assim, não me culpes por tudo o que te fizeram crer.
Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filhinho... Não me encontrarás em nenhum livro! Confia em mim e deixa de me pedir. Tu vais-me dizer como fazer meu trabalho?

Pára de ter tanto medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor.
Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz... Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso te culpar se respondes a algo que eu pus em ti?
Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez? Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade? Que tipo de Deus pode fazer isso?
Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti.
Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti. A única coisa que te peço é que prestes atenção a tua vida, que teu estado de alerta seja teu guia.
Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso. Esta vida é o único que há aqui e agora, e o único que precisas.
Eu te fiz absolutamente livre. Não há prêmios nem castigos. Não há pecados nem virtudes. Ninguém leva um placar. Ninguém leva um registro. Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno.
Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um conselho. Vive como se não o houvesse. Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. Assim, se não há nada, terás aproveitado da oportunidade que te dei. E se houver, tem certeza que Eu não vou te perguntar se foste comportado ou não. Eu vou te perguntar se tu gostaste, se te divertiste... Do que mais gostaste? O que aprendeste?
Pára de crer em mim - crer é supor, adivinhar, imaginar. Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti. Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho no mar.
Pára de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja? Aborrece-me que me louvem. Cansa-me que agradeçam. Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas relações, do mundo. Sentes-te olhado, surpreendido?... Expressa tua alegria! Esse é o jeito de me louvar.
Pára de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim. A única certeza é que tu estás aqui, que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas. Para que precisas de mais milagres? Para que tantas explicações?
Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro... Aí é que estou batendo em ti.
Baruch Spinoza.

Estas palavras são de Baruch Spinoza - nascido em 1632 em Amsterdã, falecido em Haia em 21 de fevereiro de 1677. Acreditem, essas palavras foram ditas em pleno Século XVII.