Ao ler "O Globo" de hoje, resolvi escrever esta matéria, seguindo a coluna de Merval Pereira e do sempre iluminado Veríssimo.
Veríssimo confessa que votou em Jânio Quadros, este erro eu não cometi, motivado pela corrupção do governo Juscelino, e é importante que se diga "governo Juscelino", porque não se pode debitar em sua conta toda a corrupção que aconteceu na construção de Brasília.
A Juscelino se dizia que ao decidir construir Brasília, sua esposa teria comprado incontáveis terrenos que, com a mudança da capital, trouxeram para a família um lucro exorbitante.
Muito se ouviu falar que nos canteiros de obras, os caminhões chegavam carregados de cimento, pedra, cimento, ferro, etc. e saiam igualmente carregados, fazendo a volta e entrando na fila novamente, não se sabe quantas vezes.
Na época da "ditadura das elites" o povo sabia que rolava a corrupção mas não podia se manifestar porque quem denunciasse seria preso com a acusação de ser subversivo e a grande mídia, uns por medo e outros por estarem de acordo com o poder, não mencionavam nada.
Delfim Neto que foi Ministro da Fazenda era apelidado por autoridades francesas, segundo noticias de jornais, de "10%", porque não se assinava contrato nenhum com o Brasil sem que o ex-ministro recebesse sua comissão.
Em todos os governos houve corrupção, e neste quesito o governo Collor teria sido considerado o "grande campeão", mas rolou no governo Dilma, Lula, FHC e Sarney, e não estamos aqui acusando nenhum destes de ser cúmplice dos desmandos, o que desejamos explicitar é que, apesar da grande mídia dizer que a corrupção foi inventada a partir de Lula, não há nada mais descabido.
A corrupção deve ser combatida fortemente como esta fazendo a Presidente Dilma Roussef, ao ser acusado um assessor de qualquer que seja o escalão terá que dar explicações convincentes, pois não basta ao servidor publico ser honesto, tem que mostrar que é.
Não somos favoráveis ao julgamento de casos de corrupção pelo Congresso através de CPIs pois sempre será político-partidário, todos os casos devem ser investigados pelo Ministério Público, Polícia Federal e julgados pela justiça, quem tem a maioria poderá inocentar ou culpar indevidamente alguém.
Os casos de corrupção denunciados nos ministérios, por funcionários indicados pelos diversos partidos se multiplicam porque não há uma preocupação em analisar a idoneidade do indicado, o que caberia ao partido, no entanto estamos presenciando escolhas sem o menor cuidado, o que respinga no executivo.
Não concordamos com corrupção alguma, de qualquer partido, todos devem responder, sempre.
Dentro desta situação, como podemos entender que os partidos vão fazer uma relação idônea para o "Voto em Lista"?
Os partidos, infelizmente, não têm demonstrado credibilidade para fazer as escolhas adequadas, se não conseguem nem indicar pessoas para os altos cargos sem os problemas que o País tem enfrentado.