sexta-feira, 11 de abril de 2014

DELFIM NETO PARA ROBERTO D'ÁVILA

DELFIM NETO PARA ROBERTO D'ÁVILA
Ouvindo agora há pouco na "Globo News" a entrevista do ex-ministro Delfim Neto ao jornalista Roberto D'Ávila, duas colocações de Delfim nos surpreenderam.
Instado por Roberto a dar uma nota de 1 à 10 para Lula, Delfim disse 9,5.
Sobre o Bolsa Família, "é um grande programa sendo copiado no mundo inteiro".
A "direita retrógrada" deve estar se derramando em lágrimas.
Sobre os economistas disse Delfim, "são muito mentirosos".
Basicamente, precisa mais?
Para se ter conhecimento e poder analisar e criticar é necessário que se acompanhe quase tudo, incrível como existem pessoas que, sem fundamentos básicos, chamam este ou aquele de ladrão ou incompetente.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

CPI DA PETROBRÁS

A oposição representada por PSDB, DEM, PSOL, PSB e independentes do PDT e do PMDB foram ontem ao STF com o objetivo de forçar uma CPI exclusiva sem que sejam incluídas as investigações sobre o cartel de trens de São Paulo e as obras da refinaria de Abreu e Lima em Pernambuco.
Nós entendemos que o açodamento da oposição em criar a CPI é pela busca dos "holofotes" da grande mídia e, neste sentido, achamos que a abertura de investigações pelo Congresso sempre têm este objetivo, seja de parte destes ou daqueles partidos.
Consideramos que uma CPI deveria ser aberta, ou não, após uma investigação criteriosa pela Polícia Federal e Ministério Publico.
E neste caso temos as opiniões conflitantes dos ex-presidentes Lula e Fernando Henrique Cardoso.
Lula diz que não é a primeira vez que se tenta levantar coisas contra a Petrobrás em época de eleição, em 2009 foi assim. A oposição não tem apresentado propostas, programas de governo, e busca em situações como esta "por lenha na fogueira" com objetivos político eleitoreiros.
O ex-presidente da Petrobrás declarou que a compra da refinaria de Pasadena foi um bom negócio e esta dando lucro.
Diz ele que na realidade a refinaria não custou o que a oposição e grande mídia dizem, mais de um bilhão de dólares, os ativos representaram US$ 486 milhões de dólares, o restante foi decorrente de estoques de petróleo, comprados e vendidos, foi um negócio absolutamente normal.
A oposição esta afoita pelo desespero de não conseguir crescer nas pesquisas de intenções de votos, "apela".
E, por mais incrível que possa parecer,  vem o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso apoiar a criação da CPI, dizendo que "a investigação é de interesse nacional".
E não era de "interesse nacional" a criação da CPI para investigar as privatizações suspeitas em seu governo e a compra de votos para aprovar a reeleição?
FHC com sua "tropa de choque" impediu a criação de qualquer CPI em seus governos e tem a "cara de pau" de exigir CPI agora.

A VINGANÇA DE JOAQUIM BARBOSA

O ex-presidente Lula declarou ontem que nomeou Joaquim Barbosa para a Suprema Corte porque queria um advogado negro no STF e o currículo dele era o melhor.
Continuando diz que não se arrependeu, o nomearia novamente se fosse hoje. Considera que Joaquim Barbosa exagera na maneira que conduz a prisão de José Dirceu, condenado no regime semiaberto, permanecendo fechado desde novembro.
Diz o ex-presidente que houve um "massacre apoteótico" nunca visto, no caso de Minas Gerais o Supremo Tribunal Federal devolveu o processo contra Eduardo Azeredo (PSDB) para a Primeira Instância e ninguém reclamou, parcialidade injustificável, houve "dois pesos e duas medidas".
Por tudo o que aconteceu no julgamento do mensalão do PT, considerando os exageros, a parcialidade, chegamos à conclusão de que Joaquim Barbosa resolveu vingar-se de Lula, por incrível que pareça, por este tê-lo nomeado com o "suposto" objetivo de usufruir de vantagens em futuros julgamentos. Inacreditável.

terça-feira, 8 de abril de 2014

HÁ IMINÊNCIA DE GOLPE NO BRASIL?


O PODER MUNDIAL NÃO PRECISA DE GOLPE NO BRASIL
         As riquezas minerais, especialmente o petróleo, continuam sendo o grande motivo de muitos golpes em diversas partes do mundo, para garantir a exploração e posse desses bens por alguns poucos países ricos. É óbvio, há interesse por outras riquezas também.
         Há quem pense, talvez a grande maioria, que quem conduz todo o esquema de exploração das riquezas dos países periféricos seja apenas o imperialista EUA. Desconhecem o verdadeiro poder mundial das 300 famílias detentoras de imensas fortunas, lideradas por 13 dinastias, que habitam em vários países. Manejam o poder através de mecanismos que se pode conhecer em meu blog, no artigo “Governo Mundial”.
         Diversos países foram invadidos ou sofreram golpes patrocinados pelos EUA, França, Grã Bretanha etc.
No Brasil, Getúlio Vargas, ao sair do poder em 1945, deixou créditos de cerca de US$ 500 milhões junto aos EUA e £100 milhões junto a Inglaterra. José Linhares exerceu a presidência por seis meses, passando para o Marechal Eurico Gaspar Dutra que cedeu às pressões daqueles dois países devedores.
O primeiro, EUA, obrigou o Brasil a dilapidar os créditos em mercadorias que ainda não fabricava: importou rádios de pilhas, geladeiras, iô-iôs, canetas esferográficas etc. Não pôde aplicar em bens de capital.     O outro país devedor, obrigou o governo Dutra a encampar a falida e sucateada “The Leopoldina Railway Co.”, por quase todo o valor dos créditos brasileiros e, pior, faltando, pelo contrato, apenas alguns meses para voltar para a União sem nenhum custo. E Dutra, de quebra, criou a Escola Superior de Guerra, sob figurino desenhado por oficiais norte-americanos.
Voltando à presidência, em 1951, Getulio imprimiu orientação de defesa das riquezas nacionais. Caiu em 1954, após a aprovação da Lei 2004 (monopólio estatal do petróleo) e a limitação da remessa de lucros.
         Jânio Quadros caiu em agosto de 1961, após restabelecer relações diplomáticas com países da “Cortina de Ferro”, preparar o reslabelecimento com a URSS, mandar limitar a remessa de lucros para o exterior e impedir a criação de uma Força Interamericana para invadir Cuba, proposta pelos EUA.
         João Goulart, foi derrubado após editar decreto de limitação da remessa de lucros e medidas que desgostaram a burguesia rural. O golpe que o derrubou em 1964, iniciou-se em 1954, pois o poder mundial não permitia nenhum governo que tivesse autonomia. Em 1964, devido também à conjuntura internacional, militares, com apoio de civis, consumaram o golpe idealizado, conforme o embaixador Lincoln Gordon, pelos EUA. Afinal, Cuba estava atravessada na garganta do poder internacional e já se avizinhavam outros governos populares.
Quando Obama anunciou que iria bombardear a Síria, para derrubar o governo de Bashar Assad, era a aplicação da política de dominação universal concebida no final da II Guerra Mundial. Recuou devido à indecisão do Congresso e repúdio da opinião pública, mas não significa modificação da política para o Oriente Médio. Em 1953, ao derrubar o governo nacionalista de Mossadegh no Irã, recolonizou o pais e estabeleceu uma base para toda a região.
Foi no governo de Franklin Roosevelt (1882/1945) – quatro mandatos 1933/45 -, que foi criado o “War and Peace Program” visando ao domínio perpétuo dos EUA sobre todo o mundo, quando ainda se pensava que, com a desagregação do Império Britânico, a Grã Bretanha deixaria de ser imperialista.
         No início da ditadura militar-civil no Brasil, o grande capital internacional gozava de ampla liberdade. Porém, Geisel (1974/1979) impôs algumas medidas de defesa da nossa soberania. Fez acordo com a Alemanha para construir a usina nuclear de Angra, desagradando aos EUA, e denunciou o Acordo Militar Brasil-EUA, que Lula veio a restabelecer.
David Rockefeller cria e preside, em 1982, o “Diálogo Interamericano” e a política imperialista para a America Latina começa a mudar.
      Sofreram golpes também, o Chile (grandes reservas de cobre), a Bolívia (gás natural), Argentina (petróleo) e até o pequenino Uruguai, estratégico para o pleno desenvolvimento das ditaduras latino-americanas.
Os golpes foram efetuados para liberdade de exploração das riquezas minerais dos diversos países. Essa necessidade dos países dominantes persiste até hoje, para que possam desenvolver suas próprias economias  e dominar a economia mundial.
Esperava-se que, com o restabelecimento da democracia no Basil, os governos eleitos tivessem autonomia, devido à legitimidade conferida pelas urnas, e defendessem os interesses nacionais e populares. Ledo engano. Os grandes grupos internacionais continuam dando as cartas.
Sarney, igual a peru tonto, empurrou com a barriga seus cinco anos. Collor foi mais incisivo na implantação da política econômica neoliberal que Fernando Henrique consolidou e aprofundou a desnacionalização da economia com as privatizações, a derrubada do monopólio estatal do petróleo, beneficiando as petroleiras multinacionais e atacou os direitos sociais, trabalhistas e previdenciários e outras medidas lesivas aos interesses nacionais.
Lula manteve a mesma política e, mais realista que o rei, aceitou a nomeação para a presidência do Banco Central do Brasil do indicado por David Rockefeller. Anunciou o Sr. Meireles em Washington, em Nov/2002, após sair de uma reunião como George Bush. E, no mesmo mês e ano, passou um final de semana na fazenda da família Moreira Salles, testa de ferro da multinacional Molycorps que explora nióbio no Brasil e é dona da maior reserva do mundo em Araxá. Esse preciosíssimo mineral está saindo desbragadamente para a Grã Bretanha e para os EUA, países que não dispõem em seus sub solos de nenhum grama do metal. O manganês do Amapá já acabou, e ficou apenas com os buracos.
Dilma, aceita tudo e as empresas nacionais estão sendo adquiridas, livremente, pelas multinacionais que já dominam a rede de supermercados, lanchonetes, laboratórios, indústrias, distribuidoras de energia, telefonia etc. E privatizou o pré-sal.
PORTANTO, se o poder mundial, o grande capital, os bancos, os grandes órgãos de mídia, o agronegócio, estão à vontade e lucrando como nunca, por que tirar do poder quem lhe atende completamente? E, de quebra, se a oposição vencer, nada mudará. Será o original derrotando a cópia.
Interessa a esse poder, sim, derrubar governos que acabaram com a exploração de suas riquezas nacionais, como Venezuela, Bolívia, Equador, Nicarágua e até a Argentina, que está tomando medidas de defesa de suas riquezas.
Em abril de 2014
RONALD SANTOS BARATA

sábado, 5 de abril de 2014

RETORNO DE SERVIÇOS - ALTOS TRIBUTOS

Em uma análise sobre os altos tributos pagos pela população brasileira ao governo e o retorno em serviços, o IBPT - Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação o Brasil é colocado em 30º lugar, tendo os EUA, com um índice de retorno de 165,78 %, carga tributária sobre o PIB em 2012 24,30% e  IDH de 0,937, tendo ficado a Austrália em 2º lugar e a Coréia do Sul em 3º.
Para fazer uma análise completa sobre o assunto teríamos que ter um assessoramento completo, com uma equipe de pesquisadores.
Então, apelamos para um grande amigo, compadre, para tentar comparar, considerando-se as diferenças.
O Brasil é um dos países onde os salários são os mais baixos, as diferenças são gritantes, a distribuição de renda é uma das mais injustas do mundo.
Então, apelamos para um grande amigo, compadre que mora nos EUA, para tentar comparar, de maneira simplista, mas não menos que a análise do IBPT o que acontece no Brasil e nos Estados Unidos.
O salário mínimo nacional nos EUA é de $ 7,20 a hora, na Califórnia, onde reside meu amigo é de $ 8,50, em Chicago $ 9,20.
Considerando um valor médio de $ 8,00 a hora atingiria $ 64,00 diários, $ 1.920 mensais.
Uma empresa de limpeza cobra $ 12,50.
Uma faxineira, numa casa de classe média baixa cobra $ 100, veem em duas, ficam pouco mais de duas horas.
Os supermercados pagam de $ 9 à $ 11 a hora.
O salário em uma empresa gira em torno de $80.00 à $ 100.000 anuais.
No Brasil temos um salário mínimo de R$ 724,00, acho que nem precisaria falar mais nada, mas dá para se entender que nos EUA não é preciso proteger ninguém com SUS e escolas publicas, todos podem pagar, apesar de terem que dispender uma fortuna em "ticket refeição", sem o qual milhares de americanos morreriam de fome, mas vê-se daí um dos motivos de tanta diferença no maior retorno em serviços públicos.