sexta-feira, 8 de outubro de 2010

JORNALISTA CENSURADA

Incrível! A "direita raivosa" que acusa Lula de censurar a imprensa, demitiu a psicanalista Maria Rita Kehl após coluna sobre o obscurantismo. Leiam e tirem suas conclusões.
No dia 02 de outubro ela postou um artigo que coloquei em meu blog (ABAIXO), e dois dias depois foi demitida pelo Estadão.
Mas, pelo menos o Estadão teve a coragem de confessar que apoia José Serra, o que as Organizações Globo nem isto tem a coragem de fazer.

Matéria da CARTA CAPITAL :


 Maria Rita Kehl é demitida do Estadão após coluna contra o obscurantismo

A liberdade de expressão é um direito universal ou só de uma casta? O Estado de S. Paulo, ao que parece, escolheu a segunda opção. O mesmo jornal que informa diariamente aos seus leitores o número de dias que está supostamente sob censura, decidiu enviar ao gulag a colunista Maria Rita Kehl.
Renomada psicanalista, ela mantinha coluna regular aos sábados no jornal. Até que no dia 2 de outubro ousou publicar um artigo intitulado “Dois pesos”. Passados quatro dias, Rita Kehl recebeu um aviso: sua coluna seria extinta. Surpresa, pediu reconsideração. Mais surpresa ainda, deu-se conta de que o assunto já corria pela internet como rastilho de pólvora.
Na quarta-feira 6, ela estava demitida e o assunto era um dos mais comentados pela rede. No dia seguinte, chegou a ocupar o topo da lista dos mais falados pelo Twitter no mundo e manteve a liderança entre os brasileiros.
Para compreender o ocorrido é inevitável ler o texto. É um libelo contra o preconceito disseminado pela internet e comum entre a “minoria branca”, durante as semanas finais de campanha eleitoral. Com a percepção aguçada de psicanalista, desmontava as “correntes” que descreviam “casos verídicos” a comprovar que os programas sociais do governo federal formavam seres vagabundos e incapazes de votar de forma qualificada.
Com argumentos irretocáveis, Rita Kehl concluía seu artigo: “Agora que os mais pobres conseguiram levantar a cabeça acima da linha da mendicância e da dependência das relações de favor que sempre caracterizaram as políticas locais pelo interior do País, dizem que votar em causa própria não vale. Quando, pela primeira vez, os sem-cidadania conquistaram direitos mínimos que desejam preservar pela via democrática, parte dos cidadãos que se consideram classe A vem a público desqualificar a seriedade de seus votos”.
O diretor de conteúdo do Grupo O Estado de S. Paulo, Ricardo Gandour, afirmou à imprensa que não houve censura, mas revezamento de colunistas.
Entendemos que o Estadão, como empresa particular, tem o direito de escolher quem escreve em suas páginas. Fica acertado, porém: o jornal paulista não deve mais se valer do epíteto de publicação independente ou pluralista.
Para ler o texto de Maria Rita Kehl publicado no Estadão, clique aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário