Um dos problemas que um colunista diário de jornal enfrenta é o caso de, um dia ou outro, não ter inspiração sobre nenhum assunto e, se vendo forçado, escreve bobagens para "encher linguiça".
Hoje é um destes dias para Merval.
Primeiro critica o lobista Fernando Baiano que declarou ser sistemática a propina para políticos ou funcionários públicos quando se sabe que na maioria dos casos isto acontece. Até mesmo na venda de carros em leilão, os compradores se reúnem e acertam quem vai comprar qual, para conseguirem, neste caso, o menor preço.
Daí comenta sobre uma "corrupção generalizada", que o megarroubo na Petrobrás não tem comparação, dizendo que o Partido dos Trabalhadores aderiu a maneira brasileira de fazer política e transformou-a em um método de dominação do Poder Legislativo e da perpetuação de poder.
Se faz de "tonto" quando demonstra surpresa com as propinas pagas pelas empreiteiras, quando a vida inteira qualquer pessoa mais ou menos bem informada sabe que todas embutem 10% nos orçamentos porque entendem que no "meio do caminho" vai surgir alguém para "autorizar", desde que sua "mão seja molhada".
Deixe de "palhaçada" Merval! Não é a Petrobrás que é corrupta, não é o PSDB que é corrupto pelas acusações do "trensalão", dos desvios do ISS e do IPTU, de São Paulo, da compra de votos para a reeleição de FHC, não é o DEM que é corrupto pela prisão de Arruda no Distrito Federal fotografado recebendo propina, você sabe "do mal" que são pessoas, não se pode julgar a Polícia Militar corrupta porque algum policial se vende para os bandidos, não se pode dizer que médicos não trabalhem corretamente porque encontraram num posto alguém com dedos de silicone marcando suas presenças ou de outros que entravam nos seus locais de trabalho, assinavam o ponto e saiam e não é, também, o PT corrupto, são pessoas.
Você não gosta do PT, é um direito que tem, mas não pode é condenar qualquer segmento como um todo, acusando de corruptos, comete, com a mais absoluta certeza, uma das maiores injustiças, como é de seu feitio.
Hoje foi um daqueles dias em que você deveria estar escrevendo sobre as condições do tempo, talvez acertasse.
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