Foi de uma ingenuidade tremenda a convocação do contraventor Carlinhos Cachoeira para depor na CPI que apura seus crimes após os grampos de telefonemas com o Senador Demóstenes Torres, do DEM de Goiás.
Com um advogado renomado como o doutor Thomás Bastos o que esperavam os senhores congressistas?
Quem pode punir Cachoeira é a justíça, o Congresso só vai aparecer na mídia, alguns deputados e senadores aproveitarão para fazer campanha eleitoral, não vai passar disto.
A CPI foi criada para investigar o contraventor e o senador, após as centenas de telefonemas grampeados, onde o que dá para perceber é que Cachoeira seria superior ao senador, que agia de acordo com seus interesses, recebendo "presentes valiosos".
O DEM, no intuito de tirar o foco da investigação do senador Demóstenes quer porque quer que os governadores e a Delta sejam investigados imediatamente, mesmo com as poucas provas disponíveis.
Com certeza, depois de Demóstenes e Cachoeira os governadores de Goiás (PSDB) e do Distrito Federal (PT) deverão ser os primeiros investigados, mas não há dúvida que todos os contratos da Delta com a União, com os governos estaduais e prefeituras devem ter auditorias rigorosas, até porque o presidente da emprêsa, Fernando Cavendish, amicíssimo do governador Sérgio Cabral, auto-condenou-se ao afastar-se da presidência, transferindo o "pepino" para, provavelmente, um "laranja" que vai "segurar a onda" enquanto puder.
O senador Demóstenes Torres sim vai ter que falar na CPI, porque tem que responder para a Comissão de Ética e pode ser cassado, o que só não acontecerá se a votação for secreta, como defendem alguns congressistas, que desejam cometer barbaridades contra a opinião publica sem terem que "mostrar a cara".
Não é possível que os congressistas cometam outros equívocos como este da convocação do chefe de quadrilha Carlinhos Cachoeira.
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