sexta-feira, 27 de julho de 2012

OLIMPÍADAS


OLIMPÍADAS E CAMPEONATO MUNDIAL DE FUTEBOL

Temos visto no facebook comentários do tipo "não precisamos de olimpíadas, queremos mais verba para a educação e saúde".
Nada contra este desejo que é de todos os brasileiros, inclusive em uma de minhas matérias falei que para a Presidente Dilma se caracterizar como de centro esquerda teria que melhorar, prioritariamente, sensivelmente, os problemas da educação e saúde publicas.
Mas não podemos deixar de analisar os retornos que nos trazem um evento como as olimpíadas, inclusive na ocasião em que conseguimos trazer para o Brasil o Campeonato Mundial de Futebol em 2014 e as Olimpíadas em 2016 precisávamos de uma visibilidade que ainda não tínhamos.
Nos dias de hoje, pela crise mundial que nos assola, com os Estados Unidos, Europa e África principalmente com um endividamento e desemprego nunca vistos, que afeta também o Brasil mas não com a intensidade que comprometa o nosso crescimento, pelas questões econômico-financeiras somos conhecidos e muito bem avaliados pelos países ditos de primeiro mundo.
Além disto temos perto de quatrocentos bilhões de dólares de reservas para diminuir nossas preocupações.
Pegamos uma carona na matéria de Renato Maurício Prado em "O Globo" de hoje, que diz: "Tony Blair, ex-primeiro-ministro britânico, condenou as críticas às Olimpíadas, dizendo que deveria ser motivo de orgulho receber o maior evento esportivo do mundo. Admite, porém, que só em dez anos ficará claro se os investimentos valeram a pena.
A presidente da Empresa Olímpica Municipal, Maria Silvia Bastos, me conta que o orçamento original dos Jogos de Londres era de 2,4 bilhões de libras esterlinas (R$ 7,6 bilhões). O atual já esta em 9,3 bilhões(R$ 29,3 bilhões): "É deste último total que eles devolverão 500 bilhões de libras", comenta ela, com uma ponta de ironia.
O orçamento da Rio-2016 é parecido. Anda em US$ 12 bilhões (R$ 24,4 bilhões). Mas Maria Silvia garante que desta vez haverá sim um legado:
- A expansão do metrô e os 150 kms de BRT (ônibus rápidos, que circulam por corredores exclusivos) e 30 kms. de VLT (veículos leves sobre trilhos), cortando a cidade em todas as direções, permitirão que a utilização do transporte público que hoje anda em torno de 20% salte para 60%. E a rede hoteleira praticamente dobrará, saltando dos pouco mais de 20 mil quartos existentes para mais de 37 mil em 2016. Não há como não se empolgar com a grande oportunidade de crescimento e evolução que os jogos nos dão."
Portanto, as verbas para nossas necessidades essenciais precisam ser encontradas e deverão, mas não podemos parar. 

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