terça-feira, 28 de outubro de 2014

PLEBISCITO - PORQUE O MEDO?

Em 1987 a Associação dos Professores de Educação Física receberam a incumbência de elaborar a carta da área, do Estado do Rio de Janeiro para ser encaminhada para Brasília, a fim de contribuir para a elaboração da Constituição Brasileira.
A Associação dos Professores de Educação Física entendeu não ter conhecimentos suficientes para elaborar o que interessava às Pessoas Portadoras de Deficiências e pediu-me para articular o movimento de pessoas portadoras de deficiência para elaborar a carta no que concernia à área, já que era o responsável do Governo do Estado nas questões da politica a ser desenvolvida.
Convocamos as entidades e no Palácio Guanabara realizamos as primeiras reuniões com mais de 50 entidades das diversas áreas, deficientes cegos, auditivos, motores, hansenianos, ostomizados, síndrome de down, mentais leves e graves.
As entidades foram divididas nas áreas de interesse, acessibilidade, educação, transportes, enfim, em todas as áreas que desejassem participar.
Foi elaborada a carta e o Estado do Rio de Janeiro contribuiu para a elaboração da Constituição Brasileira que foi levada à Brasília com nossas sugestões.
O pedido dos constituintes para a participação das entidades populares foi para evitar a Constituição ser elaborada de cima para baixo, sem a participação do povo que realmente sabe o que é importante para melhorar e garantir os seus direitos.
Se os constituintes entenderam ser importante a participação popular, porque agora o Congresso Nacional se acha no direito de impedir que o povo participe do plebiscito que a Presidente Dilma pretende convocar para as reformas que se fazem para corrigir algumas situações clamadas pela população brasileira?
Não concordamos que o Congresso Nacional não ouça o povo em um momento dos mais importantes que norteará os seus destinos.

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