quarta-feira, 22 de outubro de 2014

PETROBRAS - PORQUE SERIA DIFERENTE?


Abri "O Globo" hoje, dei uma rápida olhada, e me deparei com as velhas estratégias de campanha eleitoral, de um jornal que não se dá o respeito.
Na página dois, no Panorama Político, uma nota que eu acordei hoje imaginando que iria acontecer "Pânico na CPI - Os integrantes da CPI da Petrobras desistiram de votar a prorrogação dos trabalhos. A CPI será finalizada dia 23 de novembro. O delator Paulo Roberto Costa mete medo em meio mundo", isto depois de surgir ontem o nome do envolvido mais novo no caso Petrobrás, "o queridinho dos indignados", senador Álvaro Dias.
Mas o Globo não noticia o fato, fica em "brancas nuvens", como de costume.
Mas a CPI iria virar uma "briga de foice no escuro" tal o número de envolvidos, de todos os grandes partidos, um acusando o outro, alguns sumindo, outros com o objetivo alcançado, não foram acusados antes da eleição, até como o caso da falta d'água em São Paulo que se fosse divulgado antes provavelmente Alkmin não seria eleito no 1º turno.
Mas porque o titulo acima?
Desde que me conheço por gente ouço que as empresas que participam de licitações colocam cerca de 10% acima nos preços das obras para atender os interessas de quem autoriza, e só a ingenuidade pode nos fazer acreditar que uma Petrobras ficaria fora deste vergonhoso mas institucionalizado esquema.
Um grande amigo meu, falando em corrupção anos atrás, me dizia que vendia materiais cirúrgicos para os hospitais nos tempos da ditadura, administrados por militares, e tinha que embutir nos preços os 10% senão era impossível fechar a venda. E não estamos aqui afirmando que a corrupção foi inventada pelos militares, assim como não o foi agora.
Não é difícil de entender porque os ministérios que administram os maiores orçamentos são os mais procurados, o PP, partido de direita que apoia Aécio, na época da nomeação de Paulo Roberto Costa, exigiu o posto para si e Janene montou o esquema, quando faleceu foi repassado para o doleiro Youssef.
Assim como aconteceu com a "CPI dos Cartões Corporativos" que a oposição pediu a abertura e depois, quando seria investigado o governo FHC desistiu, acontece o mesmo com esta agora, que alguns ingênuos demonstravam uma indignação exagerada por não conhecer os meandros políticos.
Existem corruptos nos "dois lados da cerca", as acusações é que mudam de lado de acordo com o momento.
Nosso desejo e forte expectativa agora é que o Ministério Publico e a Polícia Federal investiguem, não deixem "pedra sobre pedra" e o STF julgue com rigor, com um ministro revisor que seja somente revisor, não cometa os erros de Joaquim Barbosa que transformou-se também em promotor e "carcereiro", o que significa julgar de acordo com a lei.

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