terça-feira, 2 de novembro de 2010

IMPRENSA - DEPENDÊNCIA

A oposição desde o início, ainda no ano passado, pensava em pautar a discussão da campanha eleitoral nas questões da corrupção, idéia abortada quando surgiu o escândalo no Distrito Federal, com o governador Arruda, do DEM, filmado recebendo dinheiro de empresas contratadas pelo governo, juntamente com inúmeros deputados distritais.
O problema maior que a disputa eleitoral trouxe para estas eleições foi a falta de programa da oposição, que apelou para as acusações, respaldada pela midia que apoiou José Serra.
O governador de São Paulo Claudio Lembo, do DEM, declarou mêses atrás "quando a mídia escolhe apoiar uma candidatura causa intranquilidade", perguntado sobre quem a mídia estaria apoiando, respondeu "Serra".
Quando Lula queixou-se da imprensa que estaria fazendo uma campanha aberta contra a candidata do governo, os jornalistas, a OAB, queixaram-se de que desejava acabar com a liberdade e que não fossem relatados atos de corrupção.
Mas "O Globo" colocava na página destinada às "Eleições", "Erenice vai depor...", "Os filhos de Erenice receberam...". O que isto tem a ver com eleições? É caso para a pagina policial.
Quando o PSDB, vejam "PSDB", acusou Paulo Preto de ter desviado 4 milhões da verba destinada a campanha de Serra/PSDB/DEM/PPS, Serra não respondeu à Dilma no debate eleitoral e no outro dia ao ser questionado por jornalistas disse que era algo falso, levantado por Dilma para que eles perguntassem sobre o assunto   "(Paulo Preto e os negócios em família
Posted: 29 Oct 2010 03:59 PM PDT
Paulo Preto e os negócios em família
Empresa de transportes criada pelo genro e pela mãe do ex-diretor do Dersa alugou guindastes às empreiteiras que construíram o rodoanel paulista

Alan Rodrigues, Claudio Dantas Sequeira e Sérgio Pardellas
À medida que são esmiuçados os passos de Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, nos subterrâneos do governo tucano, vão ficando cada vez mais claras as relações comprometedoras do ex-diretor do Dersa com as empreiteiras responsáveis pelas principais obras de São Paulo. Em agosto, quando trouxe a denúncia formulada por dirigentes do PSDB do sumiço de pelo menos R$ 4 milhões dos cofres da campanha de José Serra à Presidência, ISTOÉ revelou que a maior parte da dinheirama fora arrecadada junto a grandes empreiteiras responsáveis pela construção do rodoanel. Agora é descoberto um elo ainda mais forte entre o engenheiro e as construtoras da obra, considerada uma das vitrines do governo tucano em São Paulo.)"

Se colocavam o caso Erenice na página de eleições, deveriam colocar o caso de Paulo Preto também, mas nós entendemos que nenhum dos assuntos era de eleição, era caso de ser anexado à página policial.
Em "O Globo" de ontem temos diversos exemplos da parcialidade da imprensa, já que os jornalistas das organizações Globo não demonstram independência, exemplo da psicanalista que escreveu uma matéria que não correspondia aos interesses do PIG, ao qual "O Globo faz parte, foi sumariamente demitida.
João Ubaldo Ribeiro diz "nenhum dos candidatos ofereceu uma visão de futuro, um projeto". Ora, Dilma apresentou o seu programa, com 13 itens e, principalmente, sempre disse que seria a continuidade do governo Lula, de sucesso.
Serra é que não apresentou programa porque qualquer coisa que falasse Lula já vinha fazendo, então sua campanha baseou-se na tentativa de desconstruir a imagem de Dilma, através de uma campanha caluniosa, na mídia e na internet, levantando as questões do "sigilo fiscal" e do aborto, mentiras que o povo não engoliu.
A coluna de Merval Pereira/DEM/PSDB em "O Globo" de 31/10 diz que "o presidente eleito hoje terá pela frente como uma de suas tarefas inevitáveis desarmar os espíritos radicalizados nesta eleição como há muito não se via neste país, mais precisamente desde a eleição de 1989...
No processo que se encerra hoje, quem radicalizou foi o Presidente Lula..."
Se o Presidente Lula não participasse da campanha de Dilma, se contrapondo a esta mídia de direita sem vergonha que temos em nosso Brasil, Serra ganharia facilmente a eleição, em cima de calúnias e mentiras.
Critica em sua coluna a baixa qualidade da educação, igualmente a falta de infraestrutura e saneamento, como se isto fosse só problema a que Lula deveria responder. E no governo FHC isto não foi problema?
Fala da alta carga tributária do País, uma das maiores do mundo, como se isto só acontecesse agora, não acontecia nos governos anteriores, com a diferença de que Lula destinou verbas grandiosas para a defesa da população que vivia em situação de miserabilidade.
Fala da necessidade de alternância de poder, com o que concordamos, mas quando a eleição de um candidato significa mudança para melhor, no caso atual seria a volta de uma politica que não deu certo com FHC, no que Serra seria diferente?
O editorial de "O Globo" diz "estratégia lulista do plebiscito ajudou a empobrecer o embate". Ora, o que empobreceu o embate foi o radicalismo da oposição que, na falta de propostas caluniou e mentiu.
Um dos principais defeitos desta direita raivosa é a soberba, acham que sabem mais do que todo o mundo, exemplo é o que escreve Claudio Salm, professor do Instituto de Economia da UFRJ, dizendo que Lula seria imaturo. Imaturo? Um cara que é bem avaliado por 80% da população brasileira? Nem o senhor, professor, tem 80% de avaliação positiva em sua sala de aula.
Ontem, por ocasião da apuração, estavam comentando na TV o Senador Álvaro Dias e o jornalista Demétrio Magnoli. Ambos dissertavam sua irritação com os institutos de pesquisa, que estariam errando vergonhosamente, induzindo o eleitor ao êrro, faltando cerca de 30 % dos votos a serem apurados.
Tiveram que engolir a crítica porque nos votos que faltavam Dilma aumentou a diferença e os institutos acertaram o prognóstico, praticamente iguais.
A imprensa reclama preventivamente da ameaça que estariam recebendo de fiscalização, dizendo-se independente, mas discordamos desta "independência", prova maior foi a demissão da psicanalista Rita Maria Kehl, demitida sumariamente por escrever uma matéria com a qual os donos do jornal não concordavam, o que significa, só é funcionário se escrever de acordo com o pensamento do chefe.
Isto é independência?
Esta questão precisa ser discutida, um jornal que só mantém jornalistas que escrevem de acordo com sua orientação não é imparcial, muito pelo contrário.

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