sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

CORRUPÇÃO, DIREITA E ESQUERDA...

Pretendo que esta seja minha última análise política do ano de 2011, para descansar quem lê minhas matérias, aos quais agradeço a paciência.
A imprensa comenta persistentemente a questão de governos de direita e de esquerda, como se os que administram defendendo ideologias de um ou outro são máus ou bons.
Nós crescemos defendendo governos que se preocupam com as questões sociais porque são os menos favorecidos que precisam de atitudes para diminuirem os seus tormentos.
Lula com o Bolsa Família tirou mais de 30 milhões da extrema pobreza, contrariamente ao que fazia o "coronelismo" que conquistava os votos dos nordestinos distribuindo apenas caminhões de água.
Mas é um equívoco pensar que um governo por ser de direita ou de esquerda vá significar que atende aos interesses da população.
É necessário que haja equilíbrio, não pode defender os interesses de parcela da população deixando os outros à míngua.
Lula conseguiu mais de 80% de avaliação positiva porque atendeu à população carente mas não deixou de se preocupar com a economia, muitos empresários capitularam pela competência do Govêrno na defesa do comércio e da indústria na hora da crise, mas temos muitos exemplos por este mundo afora de governos de esquerda e de direita que caíram porque só se preocuparam com uma das partes.
Ninguém se mantem no poder por ser de esquerda ou de direita, se mantem se for competente.
A corrupção também não é privilégio deste ou daquele governo, havia durante a "ditadura das elites", na França o ex-presidente de direita Jaques Chirac, de 79 anos, foi condenado por corrupção e só não sofrerá uma pena maior por seus problemas de saúde.
A oposição no Congresso conseguiu aprovar a CPI dos Cartões Corporativos, acusando o governo Lula de abusos. Quando os aliados conseguiram levar a investigação para os tempos de FHC também, a oposição após o escândalo proporcionado por Álvaro Dias, o principal suspeito de quebrar o sigilo e fornecer para a imprensa o dossiê de Fernando Henrique aprovaram o arquivamento e o fim da CPI.
O livro de Amaury Jr. que foi lançado esta semana sobre a "privataria no governo FHC" mostra os porões de um governo neo-liberal que lança todos os dias acusações ao atual mas não deixou de cometer ilícitos quando no poder.
A Presidente Dilma Roussef vem conseguindo o apoio do Congresso nas votações e veem sendo atendidos os interesses do Governo, através de destinações de verbas para as áreas de uns e de outros, nomeações de Ministros e assessores de 2º e 3º escalões, nada diferente de outros governos, no de Lula foi assim, no de FHC, no de Collor e de Sarney também, é utopia imaginar que alguém não vá governar com companheiros de partido, com apoiadores de campanha, apesar de mínimas exceções, exemplo do ex-presidente do Banco Central de Lula que era do PSDB.
E este é um dos motivos que sempre defendi a inexistência do "mensalão", acusação que não sái das telas de televisão da Globo e dos jornais e revistas do PIG.
Foi "Caixa 2", e aí alguem vai dizer "mas Caixa 2 não é crime?", é, por "Caixa 2" deve ser julgado.
Roberto "corrupto" Jefferson", presidente do PTB, coloca em "xeque" a moral do partido, apelidou o "Caixa 2" de mensalão para causar impacto, evitando assim que se dissesse "mas Caixa 2 todos os partidos fazem". 
O Ministro do Supremo Tribunal Federal declarou que a condenação de José Dirceu com relação ao mensalão foi por pressão da imprensa, pode-se dizer "pressão do PIG", votaram com a "faca no pescoço".
Mas porque os partidos aliados foram buscar Marcos Valério para montar o esquema de arrecadação que havia dado certo em Minas Gerais atendendo os interesses de Eduardo Azeredo (PSDB) candidato ao governo?
Porque na eleição de Lula contra Serra os bancos e as emprêsas destinavam ainda os maiores apoios financeiros aos partidos de direita, o que obrigou aos candidatos da base aliada de Lula a contraírem dívidas de campanha elevadas que eram impagáveis.
Marcos Valério conhecia o "caminho das pedras", sabia onde procurar os apoios financeiros para que as dívidas fossem saldadas.
Um dos maiores programas do governo Lula foi o dos "Empréstimos Consignados", criticado pelos bancos que gostariam de estar cobrando de quem se beneficiou de 8 á 16 % de juros.
Um FELIZ NATAL e ANO DE 2012 pleno de desejos realizados.

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