quinta-feira, 21 de julho de 2011

INDIGNAÇÃO

CONTRA QUEM?

Quando o povo foi para as ruas no final dos anos 70 na luta para acabar com os "anos de chumbo" com o golpe das elites de 1964, mostrava toda a sua indignação contra uma ditadura que torturou, empastelou jornais, endereçou uma carta bomba para a OAB, militares expodiram uma bomba dentro de um carro no Riocentro, cujo objetivo era culpar os que faziam oposição e mataram, como fizeram com o jornalista Wladimir Herzog e com Rubem Paiva e tantos outros.
Quando a população indignou-se com o governo Collor de Mello, o povo igualmente foi para as ruas, os estudantes pintaram seus rostos e derrubaram Collor com o auxílio da grande mídia que elegeu-o mas não confiava nele.
Quando a população começa a se indignar com o MST, percebe que os governos não tiveram sensibilidade para entender que não poderiam construir barragens e jogar as famílias para  as cidades sem qualificação alguma, eram indenizadas por valores que até poderiam ser justos mas que logo acabavam, a única coisa que sabiam fazer era plantar e criar algumas galinhas e porcos mas que davam para o seu sustento e mais, durante a ditadura distribuiram milhares de hectares de terra para os latifundiários, o que dificulta nos dias de hoje a reforma agrária.  
Agora a "grande mídia" representada pela Rede Globo e emissoras conveniadas nos estados, Estadão, Fôlha de São Paulo e Revista Veja iniciam uma campanha calcada na falsidade por jornalistas contratados, com artigos que falam da "perplexidade" pelo povo brasileiro não sair para as ruas como os países árabes criticando os "mal feitos" pelos governos como se vivessemos uma ditadura.
Mas eles só fazem que não entendem, porque é sabido que o povo não consegue se indignar porque não tem certeza contra quem.
Quando a oposição critica o governo atual porque não concorda com a abertura de CPIs, a população não se indigna porque lembra que no governo FHC as CPIs eram engavetadas sem dó nem piedade, como no caso da suposta compra de votos para a reeleição e privatizações altamente suspeitas.
Quando o povo pensava em se indignar com as acusações de supostos exageros de assessores do Governo Lula com os cartões corporativos, ficou estupefata com o arquivamento da CPI pelos opositores, quando os aliados resolveram investigar os tempos do Governo FHC.
Quando a população pensava em se indignar pela acusação de opositores de que um aliado de Lula, senador, teria um funcionário comissionado em seu gabinete, morando há anos no exterior, surgiu a acusação de aliados, de que Arthur Virgilio também teria um comissionado nas mesmas condições, o que foi confessado por ele.
Quando o povo iniciou um processo de indignação com o Caixa 2 do PT, apelidado de "mensalão" por Roberto "corrupto" Jefferson, eis que surge o caixa 2 de Eduardo Azeredo (PSDB) em Minas Gerais e o de Arruda (DEM) do Distrito Federal. 
Quando iniciamos um processo de indignação com tudo o que esta sendo descoberto no Ministério dos Transportes, nos lembramos das acusações de corrupção no Detran do Rio Grande do Sul, com a governadora Yeda Cruzius (PSDB) supostamente envolvida.
O povo foi para as ruas unânime contra a ditadura e Collor de Melo porque todos entenderam onde estava tudo aquilo com o que não de conformava, não aceitava.
Mas agora a oposição tenta incutir na população que deve se indignar com o que acontece, mas perguntamos, contra quem? Onde estão os que são mais ou os que são menos corretos?
A Presidente Dilma já demonstrou que não vai deixar "pedra sobre pedra" no Ministério dos Transportes e onde houver irregularidades.
O PR, ligado à Igreja, deve fazer um "mea culpa" e reconhecer que quem errou foram eles por indicarem para o Ministério pessoas que não eram idôneas, e nós entendemos, como já expressamos, que o partido que indicar alguém para um ministério que não se comporte com as obrigações de um homem publico deve perder o direito de permanecer, deve enfrentar uma "quarentena" e, se tiver alguém acima de qualquer suspeita poderá indicar para outra função no governo.

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