terça-feira, 29 de novembro de 2011

Caras Amigas e Amigos!
Nesta matéria do blog de Luiz Nassif dá para verificar a verdade, principalmente, sobre a inoperância dos Ministros e Presidentes do Banco Central de Fernando Henrique Cardoso, que o PIG esta tentando elevar à uma "capacidade" que não demonstraram.
Um abraço
 
Terça-feira, 29 de Novembro de 2011 6:01

Corpo da mensagem

A pauta imutável da economia
Coluna Econômica - 29/11/2011
A economia brasileira está em franco desaquecimento.
Estudos de consultorias econômicas respeitadas prevêem que o PIB de 2011 registrará uma expansão de apenas 4% nos investimentos, contra 21,9% em 21010. A demanda interna não deverá avançar mais do que 4%, em comparação com 9% do ano passado. Desses 4%, mais de 1% será atendido por importações, reduzindo ainda mais a projeção de crescimento do PIB.
Há um dado adicional. Como o ano iniciou relativamente aquecido, significa que o crescimento corrente - o que está ocorrendo agora - provavelmente está perto de zero, com ameaça de registrar queda nos próximos trimestres.
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Significa que o Banco Central errou no ritmo de redução da taxa de juros - apesar da queda de meio ponto, em setembro, ter sido saudada como uma mudança de linha. Significa que não acreditou no efeito das medidas prudenciais adotadas no final de 2010. Manteve a taxa Selic em alta até a penúltima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), quando já se temia que a economia pudesse desabar.
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No entanto, quem ler o Estado de São Paulo de ontem, levará um susto: "economistas temem volta da inflação". A reportagem é com três ou quatro economistas.
Com a economia desabando, apenas um dos entrevistados comete essa enorme bobagem de defender juros elevados porque a inflação "poderia" voltar: Gustavo Loyolla, ex-presidente do Banco Central, em cuja gestão o país acumulou a maior dívida da sua história, sem contrapartida de ativos.
No regime militar, ao endividamento criado correspondiam obras, estatais levantadas. No período Loyolla, foi desperdício puro, com a dívida líquida subindo de 20 para mais de 50%, sem acrescentar um tijolo aos ativos nacionais.
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Em março de 1995, Pérsio Arida aumentou violentamente a taxa Selic, para 45% ao ano. Havia uma justificativa, uma corrida contra o real que ameaçava desestabilizar o câmbio.
Nessas circunstâncias, todo país racional aumenta os juros. Passada a corrida, trata de trazê-lo para baixo o mais rapidamente possível.
Loyolla nada fez. Baixou os juros de forma lentíssima e gradual, sob a alegação estúpida de que "ficaria mal se o BC derrubasse os juros e depois precisasse elevá-los novamente".
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Em qualquer país sério do mundo, com uma opinião pública minimamente informada, essa declaração custaria o cargo ao presidente do BC, pela falta de senso.
Ao longo da história econômica do país, poucas decisões individuais foram tão nefastas e com consequências negativas tão duradouras quanto a política monetária de Loyolla, consolidada em cima de bordões de mesa de bar.
Apenas uma se iguala em malefícios: a decisão do Ministro Maílson da Nóbrega, em 1988, de permitir a conversão de dívidas de dólares em cruzados novos - que catapultou a inflação para mais de 80% ao mês.
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Ambos jamais tiveram formação acadêmica sólida, jamais desenvolveram análises sofisticadas sobre a economia, provavelmente seriam incapazes de uma análise acurada sobre os dados do PIB.
Limitam-se a dar palpites, tão válidos quanto qualquer discussão de bar.
O mundo mudou, as fontes mudaram, as análises mudaram. Mas a pauta da imprensa econômica continua a mesma de 20 anos atrás.
Pior: em cima de fontes que erraram em todos os momentos graves da economia.
Inflação oficial volta a subir, diz Focus
Os prognósticos para a taxa oficial de inflação apresentaram um leve crescimento na última semana, e voltaram a ficar próximos do teto da meta inflacionária, segundo dados divulgados pelo relatório Focus, divulgado pelo Banco Central: os indicativos para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) avançaram de 6,48% para 6,49%, enquanto a variação para novembro foi mantida em 0,50% pela sétima semana. Para 2012, os dados subiram de 5,55% para 5,56%.
Dinamismo econômico deve ser retomado em 2012
O índice de perspectiva econômica elaborado pela consultoria Serasa Experian subiu 0,2% em setembro ante o período imediatamente anterior, atingindo 98,9 pontos. Esta foi a segunda variação mensal positiva consecutiva do indicador. Pela metodologia do índice, o resultado aponta que após ter entrado em estagnação neste segundo semestre, a economia brasileira deverá retomar a sua trajetória de crescimento a partir do primeiro trimestre do ano que vem.
Grupo argentino compartilha controle da Usiminas
O grupo argentino Techint é um dos novos controladores da siderúrgica brasileira Usiminas, ao anunciar a aquisição de 43,31% das ações com direito a voto da companhia brasileira pelo valor de R$ 900 milhões. A operação foi realizada por intermédio das subsidiárias Ternium S.A., Siderar e Confab Industrial, e também envolve a assinatura de um acordo para o compartilhamento do controle da siderúrgica. A Nippon Steel segue sendo a principal acionista, com 46,1% do total.

Vale anuncia investimentos para 2012
A Vale anunciou que pretende realizar investimentos no valor de US$ 21,4 bilhões durante o ano de 2012, valor pouco abaixo do anunciado para este ano, quando o total estimado chegou a US$ 24 bilhões. Desse total, US$ 12,9 bilhões foram destinados à execução de projetos, US$ 2,4 bilhões com pesquisa e desenvolvimento (P&D) e US$ 6,106 bilhões dedicados à sustentação das operações existentes, sendo que 63,7% do montante estimado será direcionado aos investimentos no Brasil.
Consumo de energia avança 3,7% em outubro
O consumo do sistema brasileiro de energia subiu 3,7% em outubro, atingindo um total de 36.457 gigawatts-hora (GWh), de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). No ano, o total acumulado subiu 3,8%, para 357.488 GWh. O consumo industrial subiu 1,2% ante 2010, chegando a 15.618 GWh, enquanto o segmento comercial elevou o consumo em 7,8%, para 6.159 GWh. O segmento residencial avançou 4,5% em outubro em relação ao mesmo período do ano passado.
OCDE revisa estimativas de crescimento
A OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) reduziu suas estimativas para o ritmo de crescimento econômico, e sinalizou que tanto a zona do euro como a Grã-Bretanha podem estar entrando em um processo de recessão. A Grã-Bretanha deve avançar apenas 0,02% no quarto trimestre deste ano, enquanto que a estimativa para a zona do euro é de queda de 1% no último trimestre e de 0,4% no primeiro trimestre de 2012. Para o Brasil, alta de 3,4% em 2011 e 3,2% em 2012.

Blog: www.luisnassif.com.br
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