terça-feira, 5 de abril de 2011

INSTITUTO NACIONAL DE SURDOS

Mais uma vez o governo resolve modificar critérios de acordo com seus interesses, sem que se entenda os motivos.
O Ministro Fernando Haddad recomendou, em resolução de 2010, o fechamento do INES, com a transferência dos deficientes auditivos para escolas regulares.


Nos anos 80 e 90, com a responsabilidade de coordenar a administração do Estado do Rio de Janeiro na área de Pessoas com Necessidades Especiais já iniciamos, junto com a Secretaria de Educação Especial o projeto para permitir que as pessoas nesta situação fossem sendo transferidas para as escolas regulares.
Mas impedimos, com o respaldo da saudosa Dona Neusa Brizola, já naquela época, o fechamento da Escola Caluste Gulbenkian, que atendia pessoas com Paralisia Cerebral leves, que pretendia fechar a escola com o compromisso de criar uma situação que os recolocasse em outras escolas.
Nos reunimos com a direção da escola e foi determinado que a escola primeiro resolveria o problema do local para onde estes alunos seriam transferidos, após termos sido procurados pelos pais das mesmas.
Juntamente com a Educação Especial do Estado do Rio de Janeiro, chegamos à conclusão de  que haveria a necessidade de qualificar os professores com conhecimentos, que conhecessem por exemplo a linguagem dos sinais e outros requisitos básicos para atender a todas as categorias de pessoas com deficiência, com um acompanhamento suplementar para fazer com que pudessem estar com o aprendizado o mais perto possível dos alunos ditos como normais.
Pelo que sabemos, os recursos pedagógicos não foram alterados até agora para qualificar o maior número de professores possível para colocar em prática o projeto e o Ministro planeja iniciar o processo pelo lado equivocado, primeiro transferindo e depois resolvendo a questão de uma educação de qualidade.
A nossa luta, como tem sido sempre, avançou muito pouco, mas medidas como esta do Ministério da Educação devem receber a repulsa da população brasileira, para que não seja cometida mais uma injustíça contra as Pessoas com Necessidades Especiais, já tão penalisadas

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