Após as eleições para a Presidência da República no ano passado, comentamos o fato do Partido Verde ter resolvido ficar neutro, não apoiar Serra ou Dilma, colocando Marina em cima do muro, propositadamente, para que a cúpula partidária ficasse liberada para apoiar Serra no Rio de Janeiro pela coligação com Fernando Gabeira e igualmente em São Paulo, por ter filiados ao partido compondo os governos do PSDB no Estado e do Prefeito Kassab (DEM) na Prefeitura de São Paulo.
Marina Silva, que teve uma votação expressiva como candidata do PV à Presidência da República, mais de 20 milhões de votos, jamais concordaria em coligação para apoiar José Serra, por suas raízes ideológicas e pelas posições do PSDB/DEM/PPS que sempre apoiaram a bancada ruralista que não obedece aos princípios de defesa do meio ambiente, só pensam em desmatamentos, queimadas e, gananciosamente, em lucros custe o que custar.
Nós entendíamos que Marina Silva teria tomado uma posição logo após as eleições, pela "rasteira" que sofreu, demorou, provavelmente na tentativa de modificar a atitude do partido de deixar-se cooptar, como o PPS de Roberto Freire, por cargos nos governos DEM/PSDB.
Quando Marina deixou o PT porque o partido não estaria agindo com os princípios que defendia, jamais esperava que fosse enfrentar os mesmos problemas no partido que não justifica nem o nome que tem, Partido Verde.
A direita brasileira, representada por partidos como DEM, PSDB, PPS, e outros que não se identificam apenas por interesses eleitoreiros, quando as eleições chegarem, com certeza estarão juntos, coligados, além do PSD de Kassab que esta sendo criado, em uma estratégia elaborada, premeditada, ao contrário da esquerda, que se divide e fica lutando entre sí, favorecendo às elites representadas por estes partidos.
É positivo que haja a divergência partidária, mas a esquerda esta se deixando levar por brigas internas, enquanto esquerda, que não vê pelo menos o que é menos pior.
Leonel de Moura Brizola chegou a apelidar o ex-Presidente Lula de "sapo barbudo", mas na hora do "vamos ver", por mais que tivesse divergências naturais, inclusive porque o PT teria ocupado espaços que seriam do PDT, optou pelo mais identificado com a ideologia que sempre defendeu.
Não pretendemos aqui criticar por exemplo o PSOL que foi criado pelas acusações de que foi alvo o PT nos casos de suspeita de corrupção, mas e o PSDB deixou de se coligar com o DEM dos escândalos do Distrito Federal e do Rio Grande do Sul?
É necessário que se faça uma reflexão, a direita separa-se mas esta sempre junto, e a esquerda?
Alguém vai perguntar, mas e o PMDB? Ora,a ideologia do PMDB é GOVERNO, sempre estará junto! Não foi assim nos governos Sarney, Collor, Itamar, Fernando Henrique Cardoso, duas vêzes com Lula e agora com Dilma? 70 ou 80 % do partido sempre será governo.
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