quinta-feira, 29 de setembro de 2011

BERÇO DA FORMAÇÃO

O berço da formação permite que pessoas se transformem
com uma diferença que muitas vezes passa despercebida pelos que a analisam, causando surpresa que algumas se sobressaiam de maneira significativa enquanto outras permanecem num outro patamar.
Pessoas que nascem protegidas por famílias de posses, ricas ou de classe média não conseguem competir com outras nascidas na pobreza que, pelas dificuldades enfrentadas, de repente, como um pinheiro que nasce no pé de árvores já adultas, as ultrapasse e surja altaneiro produzindo frutos.
É natural que tenhamos pessoas nascidas em "berço de ouro" que se sobressaiam mais no conjunto, mas não significa que em algum momento não surjam descendentes nascidos "debaixo de um máu tempo" que cheguem com uma fôrça difícil de compreender.
Veja-se o caso de Leonel de Moura Brizola, Sarney, Collor, Fernando Henrique Cardoso, José Alencar, Lula, Dilma, partidos políticos, imprensa brasileira.
"Quem nasce aos seus não degenera".
Quando se vê a trajetória de Brizola, muitas pessoas não entendem a paixão pela educação que sempre norteou as administrações na luta politica, como deputado e governador.
Brizola nasceu no pequeno distrito de Cruzinha, no município de Carazinho, Rio Grande do Sul, em um pequeno sítio de família pobre. Dona Oniva, mãe de Brizola, apesar da pouca instrução, desejando dar ao filho uma oportunidade maior na vida, entendia que só com educação o filho poderia alcançar um patamar mais elevado do que em que viviam.
Permitiu que Brizola fosse morar na casa de um pastor metodista em Carazinho, e pela demonstração de uma inteligência diferenciada, líderes comunitários do município resolveram mandá-lo para estudar em Pôrto Alegre, pagando-lhe uma passagem de trem, o transporte mais adequado na época.
Brizola cresceu lutando em situação de dificuldade, se sobressaindo através do estudo, da luta dos tempos de escola, dos embates políticos.
Não fugiu a sua origem humilde, priorizando a educação em seus governos porque entendeu que não seria o que foi se não tivesse estudado, sempre defendeu aos que mais precisavam.
Sarney e Collor foram remascentes dos anos da "ditadura das elites", o primeiro galgado à Presidência pelo falecimento de Tancredo Neves, criou o "Plano Cruzado" por estar passando por uma crise política grave, as lideranças do País estavam se organizando para eleger alguém que administrasse com competência.
Lembro que estiveram reunidos no Rio durante o carnaval, Covas, Brizola e outras personalidades politicas nacionais, e com o plano criado, equivocadamente, abandonaram o projeto e o PMDB se favoreceu, elegeu 23 governadores. Mas olhávamos o plano de Sarney com desconfiança, para nós estava muito bom, os preços congelados e o salário aumentava normalmente, mesmo assim, não entendendo muito bem porque, não acreditávamos e de repente, em um momento de reflexão, lembramos que o plano de um remanescente dos "anos de chumbo" não poderia dar certo, não tinham a visão para resolver, só para enganar, como realmente aconteceu.
A imagem de Collor foi desenhada para evitar que Brizola e Lula ganhassem a eleição, medo muito mais de Brizola do que de Lula, tanto é que quando a "grande mídia", Globo, Estadão, Fôlha de SP, revista Veja entendeu que a eleição de Collor estava garantida começaram a favorecer a candidatura de Lula para levá-lo para o 2º turno em detrimento de Brizola, o que aconteceu.
Mas Collor não tinha a confiança da elite brasileira, da grande mídia e trataram de derrubá-lo assim que encontraram motivos para tal, com a denúncia do irmão da corrupção junto com PC Farias.
Fernando Henrique Cardoso nasceu de classe média alta, formou-se na Sorbonne, dizia-se comunista, não acreditava em Deus, tinha um discurso de extrema esquerda mas ao assumir o governo retornou às suas origens administrou de acordo com os interesses do capitalismo, dos neo-liberais, aliando-se a partidos originários da Arena, PDS, o DEM, PPS, PTB.
Jose Alencar nasceu de família pobre, estudou só até o quinto primário e, mercê de uma força extraordinária, a mesma que demonstrou em sua luta por anos e anos contra o câncer, formou um dos maiores conglomerados empresariais do País, terminando por merecer o respeito de todos os brasileiros, e convidado por Lula aceitou a candidatura à vice-presidência, contribuindo para o sucesso do governo nas questões sociais.
A origem de Lula é paupérrima, conheceu a sêca e a miséria com que viviam seus conterrâneos, veio de "pau de arara" com sua família do nordeste para São Paulo.
A família travou uma batalha para conseguir sobreviver nos primeiros anos, Lula, trabalhando, conseguiu sobressair-se por sua inteligência e foi líder do movimento dos trabalhadores, sendo o encarregado das negociações com os grandes empresários conquistando o respeito deles.
Como José Alencar, teve pouca instrução, estudou um pouco mais, até o sétimo ano do elementar, mas as negociações com os patrões o fez ganhar uma experiência ímpar, que lhe proporcionou tornar-se no Presidente da República mais prestigiado no Brasil, 80% de avaliação positiva, e no exterior, onde recebeu vários títulos de "Doutor Honoris Causa", tem muitos já oferecidos no Brasil e libertou nosso País do FMI, as crises nos EUA quem pagava era o povo brasileiro através dos "gatilhos" que permitiam que os juros fosse elevados de acordo com os interesses americanos.
Se Lula não tivesse fortalecido o estado brasileiro como fez, o Brasil não teria conseguido entrar na por último e sair na frente na crise de 2008, auxiliando a economia com diminuição de impostos para estimular o comércio, solicitando às grandes emprêsas que não demitissem e colocando a Caixa Economica Federal e o Banco do Brasil com as portas abertas na oferta de financiamentos.
Lula não esqueceu de seus conterrâneos e do povo brasileiro que mais necessitava.
A origem da Presidente Dilma Roussef é de classe média, mas desde os tempos de estudante destacou-se por defender um País mais justo ao combater a "ditadura das elites", que não deixava falar, censurava a imprensa, quem falasse contra era considerado subversivo e sujeito a prisão, tortura e até a morte.
Seu pensamento de esquerda fez com que se filiasse ao PDT de Brizola e posteriormente se transferisse para o PT, sob o qual elegeu-se Presidente da República, tendo demonstrado que não vai tolerar corrupção, aquele que for denunciado terá que se explicar, provando ser inocente ou cái.
O que escrevemos aqui ratifica "QUEM SAI AOS SEUS NÃO DEGENERA".

terça-feira, 27 de setembro de 2011

A HISTORIA SE REPETINDO...

A invisibilidade dos “indignados”

26/9/2011 17:10,  Por Gilson Caroni Filho - do Rio de Janeiro
  PIG - Partido da Imprensa Golpista
O jogo é repleto de velhos subterfúgios. A grande imprensa, na tentativa de desconstruir o legado do governo Lula, organiza o movimento, mas não pode revelar o sujeito do enunciado. As últimas manifestações contra a corrupção, urdidas nas oficinas do Instituto Millenium, não evidenciam apenas o vazio de uma oposição sem projeto. Vão além. Seus verdadeiros objetivos são por demais ambiciosos para serem expostos à luz do dia. Na verdade, o que se tem em mente é o combate às políticas de redistribuição de renda e os diversos programas de inclusão social levados a cabo nos últimos nove anos de governo petista.
Para tanto, as redações interagem com os “indignados” das redes sociais, apresentados como  protagonistas de uma nova esfera pública singular. Sem organicidade, enraizamento e ojeriza a qualquer coisa que coisa que remeta a práticas políticas transformadoras, os “movimentos espontâneos” são a imagem espelhada de tantos setores que endossam a verdadeira corrupção a ser combatida: aquela que promove a concentração de renda, de terras e a exclusão social, além de assegurar os privilégios das corporações midiáticas.

Mais uma vez, é preciso voltar no tempo para apreender a dinâmica do ocultamento das taxonomias, pressuposto básico para a eficácia do poder simbólico, da capacidade, cada vez mais limitada, de formatar antigas agendas.
Terça-feira, 20 de março de 2007. Mais uma vez, “empenhado” em repor a verdade factual de episódio recente da política brasileira, Ali Kamel, diretor-executivo de jornalismo da TV Globo, voltava à página de “Opinião” do jornal da família Marinho. Desta vez escreveu um artigo que tinha por título “Collor”. Como de hábito, uma redação formalmente correta, escorreita e elegante. Como sempre, uma petição de meias verdades. Algo como um Legacy com problemas no mapa aeronáutico e no painel do tranponder. Se a história tomasse a forma de um Boeing, uma colisão inevitável teria que desaparecer do noticiário do Jornal Nacional.
Dizendo-se chocado com a “reação do Senado ao discurso de estréia de Fernando Collor” na quinta-feira (15/3), o jornalista abria o artigo manifestando indignação com a forma como o ex-presidente classificou seu impeachment: “Uma litania de abusos e preconceitos, uma sucessão de ultrajes e acúmulo de violações das mais comezinhas normas legais”.
Para Kamel, a passividade dos senadores deu margem a uma perigosa releitura da história. Segundo ele, o que Collor queria caracterizar como momento de arbítrio, foi, na verdade, “um exemplo pleno do funcionamento de nossa democracia”. Até aqui não havia o que objetar ao texto do segundo cargo de maior importância na hierarquia da Central Globo de Jornalismo. Os problemas começavam quando, após relato detalhado do funcionamento da CPI e do julgamento de Collor pelo STF, Kamel explicitava o que o levou a escrever o artigo: “A preocupação com os jovens, que não conhecem essa história”. Se a motivação fosse sincera, deveria, então, contar o processo histórico inteiro, não se atendo apenas a seus momentos finais.

Teria que recordar que o ex-presidente foi uma aposta de Roberto Marinho para dar início à desconstrução do Estado, conforme solicitava o receituário neoliberal. O criador do maior conglomerado de mídia e entretenimento do Brasil não hesitou em jogar sujo para assegurar a vitória do “caçador de marajás” em 1989.
A apresentação do debate de Fernando Collor e Luiz Inácio Lula da Silva, às vésperas do segundo turno da eleição presidencial de 1989, é um exemplo dos métodos empregados por Roberto Marinho quando resolvia intervir na política. Em matéria para o Estado de S.Paulo (8/8/2003), José Maria Mayrink revela que…
“…Roberto Marinho não gostou da edição que a Rede Globo fez no noticiário da tarde e determinou que o diretor de jornalismo, Alberico Souza Cruz, reeditasse o material. Seu argumento era que estava parecendo que Lula ganhara o debate quando, de fato, o vencedor havia sido Collor. O episódio provocou uma crise interna na emissora e levou o candidato do PT a dizer que perdeu a eleição por causa da TV Globo“.
Em sua dissertação de mestrado, “Marajás e Caras-Pintadas: a memória do governo Collor nas páginas de O Globo“, o professor e jornalista Luis Felipe Oliveira mostra como a mídia construiu representações identitárias que marcaram o período Collor, da ascensão ao impeachment. Da necessidade de apresentar, acatando a agenda do neoliberalismo ascendente, o serviço público como algo oneroso, inoperante e injusto, nasceu a funcionalidade do “marajá”. Um construto tão eficaz quanto simplificadora.
Para os fins deste artigo, é interessante reproduzir como a Globo afirma suas representações negando o princípio do contraditório. Segundo Luis Felipe…
“…no esforço de representar o marajá, foi preciso evitar que as pessoas identificadas como tal pudessem apresentar ao leitor a sua versão. Nas poucas oportunidades em que permitiu aos acusados o direito de se manifestar, O Globo selecionou e redigiu de tal forma as informações que elas acabavam por corroborar as denúncias das quais os servidores estariam se defendendo. Recursos como este não foram usados apenas com os supostos marajás. Os governadores que não aderiram à caça também eram apresentados nas matérias de O Globo de tal maneira que suas intervenções não faziam efeito”.
O protagonismo da Globo na consolidação da imagem de Collor junto a parcela expressiva do eleitorado foi inegável. Marinho nunca ocultou que escondeu suas cartas. Foi enfático quando declarou à imprensa que “até as acusações, o Collor era para mim motivo de orgulho” (Estado de S.Paulo, 12/9/1992).
Deixemos claro que entre a Globo e Collor não houve relação de causalidade. Um precisava do outro para atingir seus fins. Era um típico caso de afinidade eletiva, formatado do princípio ao fim.
Convém lembrar que as Organizações Globo só abriram espaços para as manifestações públicas quando a sustentabilidade de Collor se tornou inviável. Em momento algum houve inflexão ética. Imolaram um personagem para manter intacto o projeto. Na mobilização pelo impeachment, a conhecida antecipação histórica de Roberto Marinho se fez presente. Os caras-pintadas eram o retorno do movimento estudantil como farsa. A ação política teatralizada neutralizava qualquer possibilidade contra-hegemônica. O espetáculo sobrepujava as contradições históricas. A TV Globo aparecia como vanguarda de um processo que, inicialmente, buscou esvaziar.
Já era possível antever, em meados de 1992, que o saldo final do movimento seria favorável às forças conservadoras. O clamor pela ética, quando acompanhado de vazio político, sempre produz um vaudeville burguês. A edição doJornal Nacional de 2/10/1992, dia do impeachment, foi o modelo acabado da informação espetacularizada. Mostrou multidões concentradas em diversas capitais e terminou ao som de Alegria, Alegria, de Caetano Veloso.
Ainda que reposta parcialmente, a história da Globo e seu candidato talvez explique melhor porque, segundo Kamel, “este é um país em que o decoro pode ser quebrado sem infringir o Código Penal”. Sem meias verdades, encontraremos as digitais do império de Roberto Marinho no que há de mais indecoroso no Brasil. Quem sabe, até o próprio DNA do monopólio informativo.
E que nenhum leitor pense que, passados 18 anos, a Globo atualizou seus métodos. Continua fiel seguidora da velha sentença de Nélson Rodrigues: “Se as versões contrariam os fatos, pior para os fatos.”  Nos critérios de noticiabilidade da emissora não há lugar para fiascos.
Pior para os gatos-pingados que, no vazio de suas palavras de ordem, perdidos no centro do Rio de Janeiro, ficaram no limbo das editorias que tanto apostaram no êxito das articulações. Os caras-pintadas de 20 de setembro de 2011 conheceram a invisibilidade do próprio fracasso.Foi patético, mas de um didatismo exemplar.
Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista de Carta Maior e colaborador do Correio do Brasil e do Jornal do Brasil.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

GOVERNO LULA É REFERÊNCIA

DO BLOG DE LUIZ CARLOS AZENHA
25 de setembro de 2011 às 12:14

Valor: Lula mais popular depois de deixar o governo

Maioria prefere que Lula concorra à Presidência

Por Cristian Klein

De São Paulo, no Valor Econômico, sugestão do MVM
A maioria da população brasileira (57%) gostaria que a presidente Dilma Rousseff desistisse de tentar uma reeleição para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se candidatasse em seu lugar. Apenas 29% preferem que Dilma busque um novo mandato em 2014. Esse é um dos principais resultados de pesquisa do Instituto Análise, que entrevistou 2 mil pessoas entre os dias 5 e 11 deste mês, em cem municípios de todas as regiões do país.
A pesquisa mostra como, depois de oito meses de governo Dilma, a boa lembrança de Lula e sua administração predomina a avaliação do eleitorado e pode influenciar o tabuleiro político e eleitoral.
Para o cientista político Alberto Almeida, coordenador do instituto, um dos dados que chamam mais atenção é a permanência da popularidade de Lula – o que o torna um fator de extremo desequilíbrio no jogo presidencial.
No auge de sua popularidade, Lula alcançou 80% de aprovação (ótimo + bom), quando a campanha de Dilma Rousseff divulgava os feitos de seu governo. Agora, depois de cair um pouco pela falta de exposição na mídia, a aprovação do ex-presidente, de acordo com a pesquisa, chegaria a 82%.
“Isso significa não apenas um reconhecimento de bom desempenho, mas também que parte importante do eleitorado está com ’saudades de Lula’”, afirma Alberto Almeida.
A aprovação ao governo Dilma Rousseff é exatamente a metade da de seu antecessor: 41% de respostas “ótimo” e “bom”. A desaprovação é ainda mais contrastante: enquanto apenas 3% dos entrevistados consideram que o governo Lula foi ruim ou péssimo, 16% avaliam a administração Dilma como tal. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais.
Outro fator que reforçaria a imagem e o peso de Lula é a transformação de seu governo numa espécie de referência à qual a população toma como medida. Ao serem questionados por que avaliam a administração Dilma Rousseff boa ou ótima, a principal justificativa (25%) dos entrevistados é que a presidente “está dando continuidade ao que o Lula fez”. A manutenção do Bolsa-Família é a segunda razão e apareceu em 14% das respostas.
O modelo desenvolvimentista, marca do segundo mandato Lula, também ressurge como uma preferência do eleitorado. Em três questões, os entrevistados se mostraram mais tolerantes, em relação a pesquisa feita no ano passado, com um leve aumento da inflação desde que isso gere mais empregos (62% a 46%), com o risco de crescimento da inflação, se isso acelerar a geração de empregos (56% a 45%) ou se implicar mais gastos na solução dos problemas sociais (45% a 32%). Os resultados deste ano são semelhantes aos de 2009.
A pesquisa também traça cenários eleitorais para a disputa presidencial de 2014 nas quais Lula aparece na liderança absoluta, seja com que candidato for.
Enquanto Dilma, numa simulação de segundo turno, venceria o senador Aécio Neves (PSDB-MG) por 57% a 18% (diferença de 39 pontos percentuais), Lula elevaria essa vantagem para 65 pontos percentuais: 76% a 11%.
Numa hipotética disputa entre Lula e Dilma, criador venceria criatura por 65% a 18%.
Almeida afirma que pesquisas com comparações como estas serão cada vez mais comuns e, caso os resultados se mantenham, farão com que cresçam as pressões para que Lula volte a disputar a Presidência da República, mesmo que Dilma Rousseff esteja bem avaliada pela opinião pública.
“O importante para o cálculo dos políticos é a expectativa de poder. A candidatura Lula significa minimizar os riscos”, diz.
Para Almeida, a pressão virá de governadores, deputados federais e estaduais, que preferirão ter Lula como seu puxador de votos do que a presidente Dilma.
Por outro lado, diz o cientista político, a enorme popularidade de Lula, que põe o PT em situação confortável para 2014, permite a ela mais margem de manobra no governo, seja para arriscar mais, ou pelo, contrário, para adotar um estilo mais conservador.

NEGOCIATA : MERVAL PEREIRA

Merval Pereira e a “negociata” da ABL

DO CORREIO DO BRASIL
25/9/2011 9:24,  Por Altamiro Borges - de São Paulo
Em mais um triste momento da sua história, a Academia Brasileira de Letras (ABL) elegeu o “calunista” da TV Globo, Merval Pereira, como o novo titular da cadeira 31, desocupada com a morte do escritor Moacyr Scliar. A deprimente escolha confirma o servilismo da chamada “elite da literatura” brasileira à ditadura midiática.
Entre o escritor Antônio Torres, autor reconhecido no mundo inteiro por sua vasta obra literária – em 1999, o governo francês concedeu a ele o título de “Cavaleiro das Artes e das Letras” – e o jornalista global, os “imortais” da ABL preferiram premiar o segundo. Merval publicou dois livros: um em 1979, feito a quatro mãos, e outro do ano passado, que reúne artigos publicados no jornal O Globo – a maioria de oposição raivosa e golpista ao governo Lula.
“Uma cloaca de fazenda”
Como aponta Luis Nassif, a escolha de Merval Pereira evidencia a pequenez da “elite” literária do país. “A ABL, a casa de Machado de Assis, que deveria ser a guardiã implacável dos valores da literatura, a defensora intransigente da meritocracia, a defensora dos escritores, o selo de qualidade, o passaporte final para a posteridade, é uma casa menor, em alguns momentos parecendo mais uma cloaca de fazenda do que um lugar de luzes e de letras”.
Na prática, os “imortais” fizeram uma negociata com a “cadeira” da ABL num escambo dos mais vergonhosos. Afinal, como diz Luis Nassif, “Merval tem a visibilidade e o poder proporcionados pela Rede Globo. Tem moeda de troca – o espaço na TV Globo, podendo abastecer o ego dos seus pares e as demandas da ABL. Poderia até ganhar prêmios jornalísticos, jamais a maior condecoração da literatura brasileira”.“Calunista” do mercado e da direita.
Como lembra Mário Augusto Jakobskind, esta não é a primeira vez que a ABL serve aos poderosos. Em pleno regime militar, ela elegeu como “imortal” o general Aurélio Lira Tavares, ministro do Exército da ditadura. Agora, ela escolhe Merval Pereira, um dos colunistas preferidos do “deus-mercado”, inimigo golpista do ex-presidente Lula e amiguinho dos “milicos de pijama” e da direita nativa. Na campanha eleitoral do ano passado, o “calunista” global virou estrela no Clube Militar e nos debates do Instituto Millenium. Agora, passará a freqüentar as festanças dos “imortais”, destilando o seu veneno elitista contra tudo o que há de progressista na sociedade. A Academia Brasileira de Letras se apequenou ainda mais com este lamentável escolha!
Altamiro Borges é jornalista.

sábado, 24 de setembro de 2011

VERGONHA, VERGONHA, VERGONHA...

BRASIL - O PAÍS DO FAZ DE CONTA...
 
É incrível o que vem acontecendo em nosso Brasil, a cada dia nos surpreendemos com mais e mais absurdos.
"Desleixo e falta de compromisso (eu diria "falta de respeito") com eleitores", dizem especialistas, esta é manchete em "O Globo" de hoje sobre a aprovação de 118 projetos na Câmara dos Deputados.
Há pouco tempo a imprensa noticiou e mostrou na TV os deputados assinando o ponto na Câmara e logo após embarcando no aeroporto para as suas cidades de origem, eles fazem que trabalham e o povo finge que acredita.
Na última quinta feira os senhores deputados aprovaram os projetos acima, com apenas dois deputados, com os demais 33 apenas comprovando a presença através de assinaturas.
Os 33 deputados, cuja lista esta no Globo de hoje, que assinaram presença cometeram um ato falho da máxima gravidade? Cometeram, mas os que não compareceram igualmente deveriam estar lá presentes, são pagos para isto com o dinheiro do povo, não são menos pecadores.
Diz o deputado que presidiu a sessão que o regimento permite que se aja assim, mas a ética foi, como tem sido em outras circunstâncias, JOGADA NO LIXO.
O problema do Brasil esta vinculado muito mais ao Congresso Nacional do que no Executivo, pois o executivo se troca com até uma certa facilidade, mas a Câmara e o Senado Federal permanecem os mesmos, gozando com a cara dos brasileiros, passa eleição e mais eleição e só se trocam alguns mas a atitude é a mesma.
Já disseram alguns anos atrás que o Congresso tinha "300 picaretas", será que é só isto?
É preciso que a imprensa coloque repórteres na Câmara e no Senado e façam uma verificação constante, denunciando os que não trabalham pelo menos 3 dias por semana, terça, quarta e quinta, que já é lugar comum mesmo não estando correto, se um trabalhador tem que trabalhar 5 ou 6 dias por semana porque o deputado e o senador não precisam?
Os movimentos contra a corrupção devem ser convocados para promover uma luta contra atos como este e neste aspecto a grande imprensa se faz necessária.
 
A GRANDE MÍDIA, O PIG...
 
Se faz muitas críticas contra a grande imprensa, e ela se faz de desentendida quando se defende do Governo, que estaria tentando criar leis para imedi-la de agir.
O que a opinião publica deseja é que as Organizações Globo, RBS, Estadão, Folha de São Paulo, Veja e outras não façam é política partidária, a exemplo da página de "Opinião do leitor" do Globo, que pinça nas opiniões só o que esta de acordo com o pensamento da direção do jornal mas deve continuar levantando os casos de corrupção, como o fez com Palocci, Ministério dos Transportes e do Turismo, permitindo que a Presidente Dilma tomasse a iniciativa de cobrar de seus comandados, esperando uma explicação e, não vindo, fossem afastados.
 
TRANSPORTE COLETIVO NO RIO DE JANEIRO
 
Já fomos tomar um ônibus coletivo no Terminal de Passageiros na Alvorada, na Barra da Tijuca e jamais encontramos um com o elevador funcionando para permitir o acesso de uma pessoa com cadeira de rodas, tivemos que ser carregados pelos funcionários das emprêsas, diga-se de passagem, com muito boa vontade.
Agora, se vê ônibus e mais ônibus no Rio de Janeiro circulando com os emblemas característicos do portador de necessidades especiais que se locomove em cadeira de rodas, só que na realidade isto significa "ônibus que tem lugares para pessoas deficientes, desde que possa embarcar".
Pela lei já deveriam estar circulando um número mínimo de ônibus para atender a demanda das Pessoas com Necessidades Especiais, com as renovações de frota com as adaptações pertinentes, MAS ONDE ESTA A  FISCALIZAÇÃO DA PREFEITURA? ONDE ESTÃO OS POLÍTICOS QUE DEVERIAM DEFENDER TODOS OS CIDADÃOS?
É importante que todos nós, os sem mídia, nos mobilizemos e denunciemos tudo aquilo com o que não concordamos, precisamos votar certo.